Em
qualquer país minimamente decente, sempre que há uma votação onde é a maioria
que decide, essa votação que se arrasta no STF é considerada como
desnecessária, para não dizer que é uma palhaçada. Ora, o que está acontecendo
neste supremo, que decido escreve-lo com sua inicial em minúsculo exatamente
por sua falta de coerência, é um baita de um tapa na cara do povo. Entendamos por
que: Se é a maioria que decide, e é isso o que determina a nossa CF, e o STF
conta com 11 ministros, podemos afirmar sem medo de equivoco que, quando uma
das partes interessadas atinge 6 votos, automaticamente essa parte torna-se
a vencedora, pois ela conta com 50% mais um voto do total, portanto, jamais
podendo ser alcançada pela outra parte. Logo, essa insistência em empurrar com
a barriga uma decisão tão importante como é o caso da delação da JBS, é uma
prova inequívoca de que o supremo não está nem um pouco preocupado em resolver
essa pendenga o mais rápido possível, dando dessa forma, mais tempo para que o
governo comprovadamente corrupto do senhor Temer, continue decidindo o futuro
do Brasil e de todos os brasileiros.
Saiba
mais:
Após
três sessões, o Supremo Tribunal Federal (STF) não conseguiu finalizar hoje
(28) o julgamento sobre a validade das delações da JBS e a manutenção do
ministro Edson Fachin como relator dos processos. Até o momento, o placar da
votação está 9 a 1, a maioria dos ministros votou pela permanência de Edson
Fachin como relator dos casos na Corte e pela competência dele para homologar
as delações. O julgamento será retomado amanhã, a partir das 14h.
Apesar
da maioria formada, os debates seguiram intensos e a sessão desta quarta-feira
se prolongou. Além do relator, Edson Fachin, votaram pela validação da
homologação das delações da JBS e pela manutenção do relator os ministros
Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli,
Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Celso de Mello. Falta o voto da presidente
do STF, Cármen Lúcia.
Apesar
dos votos proferidos, o placar do julgamento pode mudar porque os ministros
podem revisar suas manifestações.
Divergência
Gilmar
Mendes votou a favor da manutenção da Fachin na relatoria dos processos da JBS,
mas entendeu que a Justiça pode rever acordos de delação premiada assinados
pelo Ministério Público que sejam considerados ilegais.
Em
seu voto, Mendes disse que há delações firmadas nas quais o delator é
incentivado a entregar provas, entre outros atos ilegais. Dessa forma, segundo
o ministro, o Judiciário não pode deixar de avaliar a legalidade dos acordos.
Citando a Operação Lava Jato, Gilmar disse que o “combate ao crime não pode ser
feito cometendo crimes”.
Julgamento
O
Supremo julgou os limites da atuação dos juízes, que são responsáveis pela
homologação das delações premiadas. O julgamento foi motivado por uma questão
de ordem apresentada pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos que
tiveram origem nas delações da JBS.
Os
questionamentos sobre a legalidade dos acordos com a JBS foram levantados pela
defesa do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, um dos citados
nos depoimentos dos executivos da empresa.
As
delações premiadas assinadas com investigados na Operação Lava Jato e nas
apurações envolvendo a JBS estão baseadas na Lei 12.850/2013, conhecida como
Lei das Organizações Criminosas. De acordo com o Artigo 4º da norma, o acordo
deve ser remetido ao juiz para homologação. Cabe ao magistrado verificar a
regularidade, legalidade e voluntariedade da delação.
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