O
presidente Michel Temer reuniu hoje (20) a base aliada do governo após o
pronunciamento no qual rebateu as denúncias do empresário Joesley Batista, que
fez acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Leia
também:
De
acordo com deputados que estiveram presentes à reunião, Temer reuniu no Palácio
da Alvorada os líderes das legendas aliadas para tentar retomar, apesar da
crise política, as atividades do Congresso e a tramitação das votações
prioritárias para o governo, como a reforma da Previdência. O presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também esteve no Alvorada.
De
acordo com o deputado federal Beto Mansur (PSB-SP), o governo espera remontar a
base nesta semana para garantir cerca de 330 votos na Câmara para aprovar a
reforma.
Em
uma entrevista após deixar a reunião, Mansur também criticou a delação da JBS e
o áudio no qual Temer foi citado.
"Lógico
que nós tivemos um problema com a fita, essas declarações do presidente da JBS,
mas a gente está demonstrando que a fita não tem validade jurídica, ela teve
uma série de cortes em função das declarações dos peritos, e crise política
que, eventualmente se instalou, ela está se dissipando em poucos dias, e a
gente vai retomar os trabalhos segunda ou terça-feira dando tranquilidade à
sociedade brasileira", disse.
Apesar
do anúncio feito hoje pelo PSB, que deixou a base aliada e a crise política
envolvendo o presidente Temer, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS)
garantiu que o governo vai manter os trabalhos no Congresso.
"É
óbvio que essa crise dá alguns arranhões. O governo está trabalhando,
mobilizado e o calendário está mantido. Devemos votar a reforma previdenciária
na última semana de maio ou na primeira de junho, a reforma trabalhista no
Senado em junho. As reformas são fundamentais", afirmou.
Mais
cedo, em novo pronunciamento à nação, Temer anunciou um recurso ao Supremo
Tribunal Federal, questionou a legalidade da gravação e disse que há muitas
contradições no depoimento de Joesley Batista, como a informação de que o
presidente teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo
Cunha, que está preso em Curitiba.
Dificilmente Temer vai conseguir rearticular o mesmo apoio que tinha antes desse terremoto. Agora é tirar logo o presidente e fazer eleições indiretas pondo lá um nome de consenso como os senadores Cristovam Buarque ou Álvaro Dias.
ResponderExcluir