A
produção industrial caiu na maioria das regiões pesquisadas pelo IBGE, a
cesta básica subiu em todas as capitais do país em abril, o
setor público registrou o maior déficit da história para meses de fevereiro, a
dívida Pública Federal aumentou em 2,66% em fevereiro, As
companhias aéreas registraram a primeira queda no número de passageiros em 10
anos, A
dívida pública subiu em março para R$ 3,2 trilhões, O
governo Temer registrou o maior déficit dos últimos 20 anos.
O
secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, disse hoje (9) que o governo
deixou de arrecadar R$ 18,6 bilhões anuais ao longo dos últimos anos devido aos
programas de parcelamentos tributários. Rachid apresentou dados sobre o sistema
tributário brasileiro durante audiência pública da Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) do Senado.
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“Tivemos
quatro grandes parcelamentos. Observa-se grandes contribuintes que buscam esse
comportamento que acabam influenciando negativamente a arrecadação. Em torno de
R$ 18,6 bilhões por ano deixaram de ser arrecadados. Para nós é muito
expressivo”, disse o secretário da Receita.
Na
semana passada, uma comissão mista do Congresso Nacional aprovou parecer do
relator a Medida Provisória 766/2016, que instituiu o Programa de Regularização
Tributária, espécie de Refis, para parcelamento de dívidas com a Secretaria da
Receita Federal do Brasil e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. O parecer
concede desconto nas multas e nos juros das dívidas parceladas, o que estava
vetado no texto inicial. Essas e outras medidas previstas no relatório
desagradaram o governo.
Aos
senadores da CAE, Jorge Rachid disse que atualmente tramitam no Congresso Nacional
cerca de 900 projetos de lei que tratam de isenções tributárias e regimes
diferenciados de tributação.
O
diretor do Centro de Cidadania Fiscal, Bernard Appy, também participou da
audiência pública e fez críticas ao modelo tributário adotado no país ao dizer
que ele não tem as características que definem o que é um bom sistema
tributário. Segundo Appy, um sistema tribuário dever ser simples para o
contribuinte, neutro de modo a não distorcer a organização da produção no país
e transparente para que o contribuinte saiba o quanto está pagando de impostos.
Outra característica é ser isonômico, onde situações equivalentes sejam
tributadas de forma equivalente e aqueles que têm mais capacidade contribuam
mais e vice-versa.
“O
sistema tributário brasileiro não tem nenhuma dessas características, não é
simples, não é transparente, não é neutro, nem isonômico. As consequências
dessas disfuncionalidades são várias. Uma delas é que as distorções comprometem
a produtividade do país”, disse Appy. Ele ainda defendeu a necessidade de uma
ampla reforma no sistema tributário do país.
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