O
líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), acenou com a possibilidade
de a proposta da reforma trabalhista sofrer alterações durante o trâmite no
Senado. Dos 22 senadores peemedebistas, 19 se reuniram hoje (9) com o
presidente Michel Temer. A reunião contou, inclusive, com a participação do
líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros, que tem feito críticas públicas às
reformas trabalhista e da Previdência, além da terceirização.
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terceirizada
Além
da possibilidade de mudanças no texto da reforma trabalhista, Jucá disse também
que pretende apresentar um requerimento para que a matéria seja apreciada em
regime de urgência.
“Nós
temos urgência em votar, mas não vamos deixar de debater a matéria. O Senado é
soberano para debater, fazer sugestões, e eventualmente fazer alguma mudança.
Não há nenhum tipo de processo para tolher o debate no Senado”, disse Jucá após
a reunião no Palácio do Planalto.
“Se
surgirem modificações propostas que sejam consistentes nós vamos discutir para
verificar de que forma podemos fazer a modificação", reiterou Jucá.
Sobre
as divergências internas no PMDB, reforçadas pelas críticas feitas por Renan às
reformas de interesse do governo federal, Jucá disse que a participação do
líder peemedebista na reunião de hoje contribuirá para o aperfeiçoamento do
texto da reforma trabalhista.
“O
senador Renan Calheiros participou do debate e foi um dos primeiros a falar.
Levantou pontos que ele acha que devem ser debatidos. Portanto, deu uma
colaboração importante ao andamento do debate”, disse Jucá. “Volto a dizer que
a contribuição dele é importante para o avanço da reforma. Vamos convencê-lo de
que temos razão ou ele nos convencerá de que está com a razão. O debate está
aberto. Ele tem o direito de discutir”, argumentou o líder do governo no
Senado, ao negar qualquer movimento interno que tenha por objetivo tirar Renan
da liderança do PMDB.
“A
experiência que ele [Renan] tem deve se colocar a serviço da bancada, do Senado
e do país para ajudar a debater. Os pontos que puderem ser melhorados, o
governo agirá para melhorar. O governo quer uma lei mais perfeita e viável
possível, com a maior segurança jurídica possível para gerar empregos. Não há
apontado, até agora, nenhuma retirada de direito trabalhista”, acrescentou.
Ele
comentou também a ausência do senador Roberto Requião (PMDB-PR) na reunião da
bancada com o presidente Temer. “Se ele votar contra, nós vamos respeitar. Se
votar a favor vamos agradecer”.
Jucá
evitou falar sobre prazos para o trâmite da matéria no Senado. Ele explicou que
a proposta vai a plenário quando “estiver madura”. “Teremos até terça-feira
(16) que vem as audiências públicas. A partir do encerramento das audiências
públicas, a qualquer momento cada relator poderá apresentar seu relatório [nas
comissões por onde a matéria tramitará]. Não quero marcar data, eu não vou fixar
data. Vamos a par e passo caminhando. O importante é avançar”, disse ele.
Romero
Jucá acredita que a reforma trabalhista passará a ser bem vista pela população
a partir do momento em que começar a dar resultados, no sentido de gerar
empregos. “Impopular é a falta de emprego, é a situação que a população está
vivendo. Na hora que dermos consistência, modernidade e garantias para a
contratação, teremos até o final do ano a inversão do processo do crescimento
do desemprego”.
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