A
defesa do deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) informou
hoje (25) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que depositou R$ 35 mil em juízo. O
valor era o montante que faltava na mala que foi entregue pelos advogados à
Polícia Federal.
Saiba
mais:
Em
abril, Loures foi filmado pela PF recebendo a mala, que, segundo as
investigações, continha R$ 500 mil, e foi enviada pelo empresário Joesley
Batista, dono da JBS. Na terça-feira (23), após a deflagração da operação que
afastou Loures do mandato, os advogados dele devolveram a mala com R$ 465
mil, R$ 35 mil a menos.
No
documento em que atestaram a apreensão, os policiais contaram 9,3 mil notas de
R$ 50. Na ocasião, a defesa não se manifestou sobre a falta do
dinheiro. Os advogados não esclareceram se o valor devolvido hoje também
estava na mala.
Gravações
Pela
denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF, Loures
aparece também em uma das conversas gravadas com Ricardo Saud, ex-diretor de
Relações Instituições da J&F, controladora da JBS, concordando em
apresentar uma prévia do relatório da Medida Provisória do Refis, que ainda não
era público. Na conversa, os dois falam sobre esconder o que a JBS queria no
texto, incluindo os pontos como sugestão da Associação Brasileira das
Indústrias Exportadoras de Carnes.
Posteriormente,
Rocha Loures foi filmado recebendo R$ 500 mil enviados por Joesley Batista.
Loures é apontado como intermediário do presidente Michel Temer para assuntos
do grupo J&F com o governo, de acordo com denúncia do Ministério Público
Federal (MPF), com base em áudio de conversa gravada por Joesley.
Em
pronunciamento no último sábado (20), o presidente Temer afirmou que indicou
Rocha Loures apenas para ouvir “as lamúrias” de Joesley Batista e negou que,
com isso, o empresário fosse obter alguma vantagem ou benefício no governo.
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