A cidade de
Recife e o estado de Pernambuco decretaram neste sábado (29) situação de
emergência por causa da epidemia de dengue e do aumento de incidências de
chikungunya e zika, vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. A
decisão ocorreu um dia após o Ministério da Saúde confirmar a relação entre
infecção pelo vírus zika na gravidez e o nascimento de crianças com
microcefalia.
O decreto foi
assinado neste domingo pelo governador Paulo Câmara e pelo prefeito do
Recife, Geraldo Júlio, e será válido por 180 a partir da publicação, na
terça-feira (1º). A medida considerou a alteração no padrão epidemiológico de
ocorrências de microcefalia e também a necessidade de adotar medidas para
diminuir os riscos provocados pelos três vírus.
Em nota
divulgada ontem (28), o Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e o aumento de casos de microcefalia, principalmente em
Pernambuco. Exames feitos em um bebê nascido no Ceará com microcefalia e outras
malformações congênitas revelaram a presença do vírus em amostras de sangue e
tecidos.
Exames Já
haviam sido feitos em outras duas gestantes que tiveram os fetos diagnosticados
com microcefalia e o resultado tinha sido o mesmo. Em 2014, foram 147
registros de casos da malformação em todo país. Em 2015, só o estado de
Pernambuco já registrou quase 500 casos.
Com o decreto,
o governo e a prefeitura poderão adotar imediatamente, sem licitação, medidas
administrativas necessárias para imediata resposta à situação, como implantação
de força- tarefa para enfrentamento do mosquito e contratação temporária de
profissionais.
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