Atendendo
pedido do Ministério Público, a Justiça de Minas Gerais determinou a
quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador Zezé Perrella (PDT-MG) e do
deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG), filho dele; ambos são sócios de
uma empresa que teria feito contratos sem licitação com o governo do
estado; bloqueio é de até R$ 14,58 milhões, valor dos desvios apontados na
denúncia; senador diz que está "tranquilo" e vai recorrer da decisão
Brasília - A
Justiça de Minas Gerais determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do
senador Zezé Perrella (PDT-MG) e do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG),
filho dele. Ambos são sócios de uma empresa que teria feito contratos sem
licitação com o governo do estado, segundo o Ministério Púbico de Minas Gerais
(MP-MG).
Atendendo
pedido do MP, a juíza Rosimere das Graças do Couto, da 3ª Vara da Fazenda
Pública Estadual e Autarquias de Belo Horizonte, entendeu que medidas
solicitadas pelo Ministério Público devem ser aceitas para garantir a
investigação do processo instaurado e o eventual ressarcimento aos cofres
públicos. A magistrada determinou que os cartórios de Registros de Imóveis e o
Detran façam o bloqueio dos bens até o limite de R$ 14,58 milhões, valor dos
desvios apontados na denúncia.
"Estou a
entender que, de fato, diante da existência de indícios da prática da atos de
improbidade administrativa, justifica-se a decretação da quebra de sigilos
bancários e fiscal para que sejam informadas as movimentações financeiras
existentes daqueles que, em tese, direta ou indiretamente, possam estar
envolvidos na prática dos supostos ilícitos", decidiu a juíza.
Em nota
divulgada à imprensa, o senador negou que tenha ocorrido qualquer
irregularidade nos contratos e afirmou que vai recorrer da decisão. "O
senador Zezé Perrella está totalmente tranquilo, uma vez que todo o
procedimento realizado, entre a empresa de sua família e a Epamig, sempre
esteve pautado nas normas legais aplicáveis, não havendo qualquer ilegalidade
que denote improbidade administrativa, conforme será demonstrado ao longo do
processo", diz a nota.
Agência Brasil
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