terça-feira, 13 de agosto de 2013

Roberto Gurgel pede aos integrantes do MP para deixarem as divergências de lado

Jornal GGN - Após protagonizar desavenças entre colegas do Ministério Público com o grampeamento de, pelo menos, 16,4 mil telefones em investigações de promotores e procuradores por todo o país, conforme denúncia do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, prestes a deixar o cargo, conclamou aos integrantes do órgão a se unirem e deixarem as divergências de lado.

O pronunciamento foi feito durante a posse dos novos integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público, realizado ontem (12).
O procurador disse que a medida é necessária para fortalecer a instituição, que “já tem muitos adversários externos”. Gurgel deixa o cargo na próxima quinta-feira (15).
 “É preciso que vejamos que esses adversários externos estão presentes, como nos recentes episódios no Legislativo, e eles são bastantes, são suficientes”, disse, durante posse de novos integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público, realizado ontem (12).
Paradoxalmente Gurgel afirmou que “falta aos seus mais elevados deveres todo aquele que, de alguma forma, contribui para a divisão e desunião do Ministério Público brasileiro”.
Segundo Gurgel, os profissionais precisam evitar a divisão interna para trabalhar pela correção dos rumos do Ministério Público e pela garantia da autonomia da categoria.  “Devemos de uma vez por todas superar nossas divergências, equacioná-las da melhor forma possível, mas acima de tudo valorizar os pontos de convergência”, disse.
Novo procurador-geral
A presidente Dilma Rousseff ainda não escolheu seu substituto, embora não seja obrigada indicar o nome, esse encaminhamento vem sendo adotado desde o primeiro governo Lula.
Gurgel aproveitou o evento para criticar a demora na indicação de seu substituto. “Não é razoável que estejamos caminhando mais uma vez para a interinidade, que é indesejável, porque há sempre muitos assuntos de relevância submetidos à PGR e seria fundamental já ter o titular do cargo. [Ter um procurador-geral interino], não só em relação à Ação Penal 470, mas ao Ministério Público como um todo, traz prejuízo significativo”, disse, após o evento.
“mensalão”
A saída do procurador-geral coincide com o início do julgamento dos recursos da Ação Penal 470, que retoma sua segunda etapa nesta quarta-feira (14).
A posição de procurador-geral interino será ocupada pelo futuro vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, que será eleito hoje (13), às 18h. São cotados para o cargo os subprocuradores-gerais Raquel Dodge e Eitel Santiago.
Com informações do Conselho Nacional do Ministério Público e Agência Brasil

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