A
Justiça Federal no Distrito Federal (DF) condenou o ex-governador do DF José
Roberto Arruda (sem partido) por improbidade administrativa pela violação do
painel eletrônico do Senado, em 2000, na votação que resultou na cassação do
mandato do ex-senador Luiz Estevão. Na ocasião, Arruda, então líder do governo
na Casa e senador pelo Democratas (DEM), acabou por assumir envolvimento no ato
e renunciou ao mandato.
A
decisão diz que o ato de Arruda marcou negativamente a história política do
país. Conforme a decisão da Justiça, Arruda terá os direitos políticos
suspensos por cinco anos, não poderá receber benefícios fiscais do Poder
Público e nem participar de contratos. Arruda terá ainda que pagar multa –
equivalente a 100 vezes o salário de senador em 2000. Os bens do ex-governador
ficam indisponíveis até o pagamento da multa, segundo a decisão.
“As
penas aplicadas ao caso devem assim considerar a intensidade do dano causado ao
Senado Federal e às demais instituições públicas, pelo singular sentimento de
descrédito, desconfiança e desmoralização do sistema político nacional, além da
indignação pública que o episódio marcou na história do país”, diz a sentença
do juiz Alexandre Vidigal de Oliveira, da 20ª Vara da Justiça Federal.
Após
renunciar ao cargo de senador, Arruda ainda disputou vaga para a Câmara dos
Deputados, elegendo-se. Depois, concorreu ao governo do Distrito Federal e
venceu. Porém, em 2010, renunciou ao cargo de governador em meio às denúncias
de envolvimento com um esquema de corrupção e pagamento de propina. Nos últimos
dois anos, Arruda está afastado do cenário político.
A
condenação foi publicada no Diário da Justiça do Distrito Federal, no
último dia 16. Na mesma decisão, foram condenados também os servidores do
Senado Regina Celia Borges, Ivar Alves Ferreira e Heitor Ledur por crime de
improbidade administrativa. Cabe ainda recurso da decisão judicial.
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