A
atividade econômica brasileira registrou crescimento de 0,75% em junho, na
comparação com maio deste ano. É o que mostra o Índice de Atividade Econômica
do Banco Central (IBC-Br), dessazonalizado (ajustado para o período),
considerado o mais adequado pelos economistas para esse tipo de
comparação. O crescimento em junho é o maior desde março de 2011, quando
houve expansão de 1,47%. Em relação a junho do ano passado, sem
ajustes, houve crescimento de 0,99%.
Apesar
do resultado positivo, os dados indicam que o ritmo de expansão da atividade
econômica acabou sendo menor no segundo trimestre deste ano, ao
atingir 0,38%, ante o período de janeiro a maio deste ano. Na comparação
do primeiro trimestre deste ano com o quarto trimestre do ano
passado, o crescimento havia chegado a 0,63%.
Na
comparação entre o segundo trimestre deste ano e igual período de 2011,
houve crescimento de 0,68%, de acordo com os dados sem ajustes.
No
primeiro semestre deste ano, o IBC-Br cresceu 0,87% (sem ajustes), na
comparação com igual período de 2011. Em 12 meses encerrados em junho, o
IBC-Br, sem ajustes, registrou crescimento de 1,2%.
O
IBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar como está a evolução da atividade
econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível da atividade
dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária.
O
acompanhamento do indicador é considerado importante pelo BC para que haja
maior compreensão da atividade econômica e contribui para as decisões do Comitê
de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros,
a Selic. O Copom tem reduzido a taxa básica como uma forma de estimular a
atividade econômica brasileira, que enfrenta efeitos da crise econômica
internacional. Os cortes têm sido feito desde agosto do ano passado.
Atualmente, a Selic está em 8% ao ano.
O
governo também tem adotado outras medidas de estímulo. Na última
quarta-feira (15), foi lançado um programa de concessões de rodovias e
ferrovias. Ontem (16), o Ministério da Fazenda anunciou o aumento de R$ 42,2 bilhões
no limite de contratação de operação de crédito para 17 estados.
Este
ano, o governo também reduziu impostos para estimular a venda de
eletrodomésticos, móveis e carros e anunciou medidas para agilizar as compras
governamentais. Também houve redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP),
usada em financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), de 6% para 5,5%.
A
economia em ritmo mais lento tem levado à revisão das estimativas de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços
produzidos no país. Em junho, o BC revisou a projeção para este ano
de 3,5% para 2,5%. Já a de instituições financeiras consultadas todas as
semanas pelo BC caiu de 1,85% para 1,81%, este ano.
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