sábado, 30 de maio de 2015

Lista dos deputados que aprovaram a doação empresarial de campanha



Novo texto, bancado por Cunha, coloca na Constituição o direito das empresas de financiarem campanhas políticas.


Dag Vulpi,

A banalização da hipocrisia no nosso meio vem a cada dia forçando a sua quase aceitação por uma sociedade que vive impregnada daqueles que, ou a usam de forma satírica, ou sarcástica, mas ainda assim, ela não perde a essência objetivada. Tornando-a, portanto, tolerada, porém, jamais aceita.

A capacidade de esconder os sentimentos mais sinceros pode vir seguida das mais variadas formas, porém, essa característica da falta de honestidade nas ações é menos indigesta do que a hipocrisia do discurso. Esse hábito baseado na demonstração de uma virtude ou sentimento que inexiste.

Pode ser que alguns dos amigos questionem o que o Dagmar esta tentando passar com essa mensagem “nada a ver” com a postagem que ele está propondo. Mas me adianto para responder, caso esse “alguém” exista. Eu estou me referindo exatamente à essa capacidade que alguns, ainda que inconscientemente, possuem para fazerem um discurso que não corresponde com as suas atitudes, quando, são deveras duros ao criticarem determinados políticos de determinadas legendas, mas que, valem-se de uma postura inversa e desproporcional quando atitudes assemelhadas são tomadas por outros políticos de siglas distintas à aquelas dos primeiros.

Muito bem, leiam a postagem abaixo e confiram a relação dos políticos que votaram à favor na manutenção desse verdadeiro câncer da nossa política que é o financiamento privado de campanha eleitoral.

Observem que são exatamente aqueles políticos que criticam os efeitos do tal “financiamento” de campanha, ou seja, o combustível que toca a engrenagem da maioria das corrupções, que apoiam a sua continuidade. Aproveitando que falei de combustível, que tal recordarmos o último e talvez o maior e melhor exemplo do que digo. Refiro-me ao “Petrolão”, esquema onde grandes empresários que financiaram as campanhas milionárias de políticos desonestos, se juntaram para rapinar o erário público. Uns, os empresários, para recuperarem com altos índices de lucro, cada centavo que “investiram” nas campanhas, outros, os políticos, bem, esses roubam porque são desonestos mesmo.


- ||| - ||| - 

Leia também: 71 deputados mudaram o voto para aprovar financiamento empresarial

Um dia depois de impor uma dura derrota ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e rejeitar o financiamento empresarial de campanha, o plenário da Casa aprovou na noite desta quarta-feira 27 uma emenda que autoriza as doações de empresas aos partidos políticos e não aos candidatos. A votação ocorreu graças a uma manobra de Cunha, que foi apoiada por diversos partidos, incluindo o PMDB e o PSDB. Apenas quatro legendas (PT, PDT, PCdoB e PPS) recomendaram voto contra o texto, que acabou aprovado com 330 votos a favor e 141 contrários.

Parlamentar

UF
Voto

DEM

Alberto Fraga
DF
Sim

Alexandre Leite
SP
Sim

Carlos Melles
MG
Sim

Claudio Cajado
BA
Sim

Efraim Filho
PB
Sim

Eli Côrrea Filho
SP
Sim

Elmar Nascimento
BA
Sim

Felipe Maia
RN
Sim

Hélio Leite
PA
Sim

Jorge Tadeu Mudalen
SP
Sim

José Carlos Aleluia
BA
Sim

Mandetta
MS
Sim

Marcelo Aguiar
SP
Sim

Mendonça Filho
PE
Sim

Misael Varella
MG
Sim

Moroni Torgan
CE
Sim

Pauderney Avelino
AM
Sim

Paulo Azi
BA
Sim

Professora Dorinha Seabra Rezende
TO
Sim

Rodrigo Maia
RJ
Sim

Total DEM: 20   





sexta-feira, 29 de maio de 2015

Lava Jato: MPF obtém bloqueio de mais de R$ 130 milhões do grupo Mendes Júnior


Valor é referente à propina de 1% paga sobre o valor dos contratos firmados entre o grupo e a Petrobras, além de multa

Com informações do site do Ministério Público Federal - 29/05/2015

Em medida cautelar, paralela à ação civil pública por improbidade administrativa ajuizada pela Força-Tarefa da Operação Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 137.526.767,64 em bens da Mendes Júnior Participações S/A, da Mendes Júnior Trading e Engenharia S/A, do ex-vice-presidente executivo da trading, Sergio Cunha Mendes, do ex-vice-presidente corporativo Ângelo Alves Mendes e de Rogério Cunha de Oliveira, Alberto Elísio Vilaça Gomes e José Humberto Cruvinel Resende, todos ex-funcionários do grupo.

A ação do MPF visa o bloqueio de parte dos valores desviados da Petrobras, em contratos com empresas do grupo Mendes Júnior e pagos a título de propina a agentes públicos relacionados à diretoria de Abastecimento da Estatal. Os valores indisponíveis correspondem a 1% do total dos contratos firmados entre as empresas e a estatal no período – cerca de R$ 34 milhões –, além de multa civil de três vezes o valor do acréscimo patrimonial indevido.

Segundo a decisão da Justiça Federal, as provas apresentadas na medida cautelar confirmam que “em todos os contratos celebrados com as empresas cartelizadas havia o acerto de pagamento de propina de 1% do valor total dos contratos ao então diretor Paulo Roberto Costa” [da diretoria de abastecimento da Petrobras]”. O despacho tem caráter liminar e é de garantia, ou seja, no momento não haverá alienação de bens, destinação imediata dos valores objeto da indisponibilidade e a medida não atingirá o capital de giro das empresas.

Os réus da ação civil pública de improbidade administrativa têm até 15 dias para apresentarem em juízo bens livres e desimpedidos passíveis de constrição judicial.

Engevix – Em abril deste ano, outra medida cautelar do MPF já havia obtido o bloqueio de R$ 153.957.199,60 em bens da Jackson Empreendimentos S/A, de EngevixEngenharia S/A e do ex-vice-presidente das duas empresas, o executivo Gerson de Mello Almada. Ontem, 28 de maio, a Justiça Federal recebeu a ação civil pública de improbidade administrativa do MPF contra a Engevix Engenharia S/A. A ação foi ajuizada pelo MPF em 20 de fevereiro e é o desdobramento cível dos crimes investigados pela Operação Lava Jato.

Durante as investigações, foi constatado que a Engevix pagou propina para Paulo Roberto Costa, por meio de transações fictícias que envolviam empresas de fachada e operadores financeiros. O valor das propinas variava de 1% a 3% do montante total de contratos bilionários, firmados em licitações fraudulentas. O pagamento estendeu-se até 2014.

Além da Engevix e de Paulo Roberto Costa, são réus nessa ação de improbidade do MPF a Jackson Empreendimentos, Gerson de Mello Almada (sócio e vice-presidente da Engevix), Carlos Eduardo Strauch Alberto, Newton Prado Junior (ambos diretores técnicos da Engevix) e o engenheiro Luiz Roberto Pereira. A ação requer, além da condenação dos envolvidos, o ressarcimento ao erário dos valores obtidos ilicitamente:

- Danos materiais: R$ 38.489.299,90.
- Danos morais coletivos: R$ 384.892.999,00.
- Multa civil: R$ 115.467.899,70.
- Total: R$ 538.850.198,60.

Às empresas Engevix e Jackson Empreendimentos, ainda cabem sanções, extensíveis a outras pessoas jurídicas ligadas a elas. Caso a ação seja deferida pela Justiça Federal, essas empresas não poderão ser contratadas pelo serviço público e receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.

O próximo passo da ação é a apresentação de nova defesa pelos réus. A duplicação das defesas, uma imediatamente antes e uma imediatamente após o recebimento da ação, gera uma demora injustificada. Para sanar esse problema, o Ministério Público Federal propôs a supressão da defesa prévia ao recebimento da ação, permanecendo apenas a defesa posterior (contestação), com possibilidade de reconsideração do recebimento pelo juiz após o exame da contestação. Essa proposta é parte do pacote de dez medidas contra a corrupção e a impunidade do Ministério Público.

Saiba mais sobre a Lava Jato no Especial Lava Jato.

Mendes Júnior
Medida Cautelar 5016517-70.2015.4.04.7000/PR
Ação Civil Pública: 5006695-57.2015.4.04.7000/PR

Engevix
Recebimento da ACP
Ação Civil Pública: 5006628.92.2015.4.04.7000/PR


Mais uma pedalada?


O repasse de depósitos judiciais para a conta única de estados e municípios perenizaria a ineficiência

por Delfim Netto — publicado 29/05/2015
Está em tramitação no Congresso um projeto de lei que prevê o repasse aos cofres dos estados, Distrito Federal e municípios, de 70% de todos os depósitos judiciais e/ou administrativos pertencentes aos cidadãos brasileiros, nos quais aqueles entes públicos figurem como parte. Os 30% remanescentes serão mantidos em um fundo de reserva nas instituições financeiras públicas. Supõe-se serem suficientes para os pagamentos determinados pelo juiz, se o cidadão for vencedor da ação judicial.
O projeto tem a nobre intenção de minorar a grave situação fiscal de estados e municípios, obviamente, sempre consequência da “herança maldita do governo anterior”. É comum a crença de que o governo federal é um alquimista: pode transformar seus próprios déficits em “recursos reais” e transferi-los para amigos pródigos. Os depósitos judiciais são um novo achado. Serão um acréscimo de receita, sem o desgaste político de ter de aumentar os impostos, a custo baixo e muito bem-vindo no momento em que há uma expectativa de redução do crescimento da economia nacional.
A situação apresentada torna evidente a conclusão de que os estados e municípios, atualmente sem recursos para pagamento de suas dívidas, talvez não tenham, também, condições de recompor os depósitos judiciais, visto que o projeto de lei não estabelece a obrigatoriedade de previsão orçamentária para isso. O maior prejudicado será o cidadão brasileiro que, após longa batalha judicial, ainda correrá o risco de ser penalizado por não existir dinheiro disponível para o levantamento do seu depósito. A medida é apenas mais uma forma paliativa de não enfrentar a causa da deterioração fiscal das contas de estados e municípios: a péssima qualidade da administração pública.
O Congresso Nacional perde a oportunidade de debater se não seria mais eficiente normatizar para que as instituições financeiras depositárias, com a obrigação de aplicar em operações de crédito a liquidez gerada pelos volumes financeiros captados, direcionem parte da aplicação desses depósitos judiciais ao financiamento de setores produtivos efetivamente geradores de empregos, divisas e renda, como o agropecuário ou o habitacional, ameaçados de retração por falta de crédito. 
O agronegócio brasileiro, por exemplo, tem destacado protagonismo no cenário mundial: responde por 22% do PIB, 33% dos empregos e 44% das exportações, além de produzir alimentos, fibras e energia para o mercado interno e externo.  Apresentou, em 2014, 100 bilhões de dólares, em exportações, e 17 bilhões, em importações, contribuindo com 83 bilhões de superávit na balança comercial. O Brasil é o maior produtor e exportador do mundo de diversos produtos agrícolas, pecuários e florestais, que estão sob risco creditício. Foram as políticas públicas de apoio e financiamento ao segmento agropecuário que permitiram o suporte e a expansão de programas de relevância para o desenvolvimento do setor e do País, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro).
As receitas adicionais de estados e munícipios devem ter como fonte não o dinheiro retido em juízo, no qual milhares de brasileiros depositam a expectativa e a esperança de exercerem ou resguardarem os seus direitos, mas sim na capacidade e competência administrativa dos entes federados em investir e fortalecer setores que levem ao aumento da sua arrecadação de forma produtiva e sustentável. A utilização de parte desses depósitos judiciais para complementar o financiamento de tais setores, em momento de restrição de outras fontes, pode induzir um desenvolvimento com ênfase na geração de empregos e na melhoria das condições econômicas de produção de segmentos fundamentais para o crescimento do PIB.
A destinação dos recursos dos depósitos judiciais para a conta única dos estados e munícipios não será um avanço no processo de gestão da máquina pública. Continuará a mascarar e a perenizar a ineficiência, comprometendo os direitos das partes envolvidas e, principalmente, não ajudando nos ajustes estruturais tão necessários para o desenvolvimento do País. 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

71 deputados mudaram o voto para aprovar financiamento empresarial


Por Marcelo Pellegrini e Wanderley Preite Sobrinho

Após manobra de Eduardo Cunha, parlamentares que rejeitaram proposta na terça votaram “sim” na noite de quarta-feira; só no PRB foram 18 mudanças.

Nada menos do que 71 deputados federais mudaram de voto de um dia para o outro e, sob pressão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aprovaram na noite de quarta-feira 27, em primeiro turno, a inclusão, na Constituição, do financiamento empresarial de campanha. 

A Proposta de Emenda Constitucional 182/07 foi aprovada com 330 votos a favor, 22 acima do mínimo necessário (308), contra 141 votos e uma abstenção. Na terça-feira 26, o apoio do plenário havia sido insuficiente para aprovar a medida: 264 votos, 44 a menos do que o necessário para uma mudança constitucional. Na proposta de terça, o financiamento privado abrangia partidos e candidatos, enquanto na votação de quarta, a permissão é apenas para partidos políticos.

Ao todo, 68 parlamentares mudaram seu voto de “não” para “sim”, enquanto três deputados que se abstiveram na votação de terça 26 optaram pelo “sim” na quarta 27.

Após a derrota inicial, Cunha passou todo o dia pressionando seus aliados a mudar seus votos. Às pequenas legendas, o recado foi claro: se elas não seguissem sua orientação, ele trabalharia pela aprovação de uma proposta que aumenta a quantidade de deputados que um partido precisa ter para obter acesso aos recursos do Fundo Partidário, a chamada cláusula de barreira. Essa medida, se aprovada, pode asfixiar os chamados partidos nanicos.

Com isso, 15 deputados de partidos pequenos (PEN, PHS, PMN, PRP, PRTB, PSDC, PSL, PTC, PTdoB, PTN e PV) mudaram de lado. Dos 32 votos dessas legendas, 28 foram favoráveis à reforma política de Cunha.

Mas a pressão do peemedebista chegou a quase todas as siglas, a começar pelo PRB. Nada menos do que 18 deputados trocaram de voto. O PMDB de Cunha foi o segundo partido com mais parlamentares contraditórios, com nove mudanças do “não” para “sim” e um parlamentar que se absteve na terça, mas votou “sim” na quarta-feira.

Parlamentares vibram após aprovação do financiamento privado
DEM e PSC aparecem na sequência, com cinco deputados "vira-casaca" cada. No PSC, entretanto, o Irmão Lazaro (BA) rejeitou a mudança constitucional na segunda votação, embora tenha votado diferente no dia anterior. PP e PV registraram quatro mudanças pelo “sim”, enquanto Evair de Melo (PV-ES) fez o caminho contrário e votou pelo "não".

No PR e no PROS, três mudanças de voto em favor da reforma de Cunha, embora Silas Freire (PR-PI) e Antonio Balhamn (PROS-CE) tenham mudado seus votos para “não”. O PSB foi o único partido em que houve mais mudanças pela rejeição à emenda. Dois alteraram seus votos em favor da proposta de Cunha, enquanto três fizeram o oposto: Júlio Delgado (MG), Pastor Eurico (PE) e Rodrigo Martins (PI).

Até partidos cujas bancadas votaram em peso pelo financiamento privado viram parlamentares que votaram contra a medida na terça alterarem seu posicionamento no dia seguinte. No PSD e Solidariedade foram dois votos, enquanto no PSDB as duas abstenções da terça viraram “sim” na quarta-feira.

Além do DEM, toda a bancada do PTB e do PRB foi unânime no apoio à constitucionalização do financiamento empresarial de campanha. Entre os nanicos, a proposta teve o apoio de todos os deputados de PMN, PEN, PHS, PRP, PRTB, PSDC, PSL, PTC e PTdoB. Partidos como o PSDB, PSC, PSD e Solidariedade tiveram apenas um voto contrário à proposta.

Já o PP chama a atenção por outro motivo. Partido com mais nomes investigados na Lava Jato – operação da Polícia Federal que escancarou as fragilidades do financiamento privado –, assistiu boa parte dos suspeitos reafirmando o aval ao financiamento de empresas. Dos 19 investigados do partido, 15 compareceram à sessão e apenas dois votaram contra o financiamento empresarial. 

Autoridades do governo, como o ex-chefe da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, enxergam o financiamento empresarial como "a raiz mais profunda da corrupção". Entidades como a OAB, CNBB e movimentos sociais compartilham o mesmo entendimento.

Outro lado
Procurado por CartaCapital, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ) disse que a mudança do posicionamento dos deputados de seu partido se deve às propostas serem distintas. "São duas propostas diferentes, uma queria a doação empresarial para partidos e pessoas, outra apenas para partidos", disse.

Para ele, a proposta aprovada pela Câmara é melhor do que a anterior porque fortalece os partidos. "Ao permitir o financiamento empresarial apenas para partidos, tornamos a relação com os doadores mais institucional e menos personificada. Isso fortalece os partidos e os coloca como responsáveis pelo bom uso e pela transparência dos recursos", afirma.

Confira a lista completa dos 71 deputados que mudaram seus votos:

DEM:
Jorge Tadeu Mudalen (SP)
Mandetta (MS)
Misael Varella (MG)
Moroni Torgan (CE)
Professora Dorinha Seabra Rezende (TO)

PDT:
Roberto Góes (AP)
PMDB:
Baleia Rossi (SP)
Daniel Vilela (GO)
Edinho Bez (SC) – se absteve na terça e votou pelo “sim” na quarta-feira
João Arruda (PR)
Lelo Coimbra (ES)
Marinha Raupp (RO)
Rodrigo Pacheco (MG)
Ronaldo Benedet (SC)
Roney Nemer (DF)
Vitor Valim (CE)             

PMN:
Antônio Jácome (RN)
Hiran Gonçalves (RR)

PP:
Conceição Sampaio (AM)
Missionário José Olímpio (SP)
Odelmo Leão (MG)
Sandes Júnior (GO)

PR:
Cabo Sabino (CE)
Lincoln Portela (MG)
Paulo freire (SP)

PRB:
Alan Rick (AC)
André Abdon (AP)
Antonio Bulhões (SP)
Carlos Gomes (RS)
Celso Russomanno (SP)
Cleber Verde (MA)
Fausto Pinato (SP)
Jhonatan de Jesus (RR)
Jony Marcos (SE)
Marcelo Squassoni (SP)
Márcio Marinho (BA)
Roberto Alves (SP)
Roberto Sales (RJ)
Ronaldo Martins (CE)
Rosangela Gomes (RJ)
Sérgio Reis (SP)
Tia Eron (BA)
Vinicius Carvalho (SP)

PROS:
Domingos Neto (CE)
Leônidas Cristino (CE)
Rafael Motta (RN)

PRP:
Marcelo Álvaro Antônio (MG)

PRTB:
Cícero Almeida (AL)

PSB:
João Fernando Coutinho (PE)
Valadares Filho (SE)

PSC:
Edmar Arruda (PR)
Marcos Reategui (AP)
Pr. Marco Feliciano (SP)
Professor Victório Galli (MT)
Raquel Muniz (MG)

PSD:
Paulo Magalhães (BA)
Sérgio Brito (BA)

PSDB:
Daniel Coelho (PE) – Se absteve na terça e votou pelo “sim” na quarta-feira
Mara Gabrilli (SP) – Se absteve na terça e votou pelo “sim” na quarta-feira

PSDC:
Aluisio Mendes (MA)

PSL:
Macedo (CE)

PTC:
Uldurico Junior (BA)

PTdoB:
Luís Tibé (MG)
Pastor Franklin (MG)

PTN:
Bacelar (BA)

PV:
Dr. Sinval Malheiros (SP)
Penna (SP)
Sarney Filho (MA)
Victor Mendes (MA)
Solidariedade:
Augusto Carvalho (DF)
Elizeu Dionizio (MS)

terça-feira, 26 de maio de 2015

Lava Jato: Cerveró é condenado a 5 anos de prisão por lavagem de dinheiro


Denunciado pelo Ministério Público Federal em fevereiro deste ano, o ex-diretor da Petrobras ainda deverá pagar multa e sua cobertura em Ipanema será confiscada

Com informações do site do Ministério Público Federal - 26/05/2015

O Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) obteve a condenação, por lavagem de dinheiro, do ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cuñat Cerveró, nesta terça-feira, 26 de maio. A pena fixada pela 13ª Vara Federal de Curitiba foi de cinco anos de reclusão em regime inicial fechado. Além disso, o apartamento de Cerveró em Ipanema, no Rio de Janeiro, será confiscado e ele terá de pagar multa no valor de R$ 543 mil. A denúncia que originou a condenação foi feita pela Força-tarefa da Operação Lava Jato do Ministério Público Federal em 23 de fevereiro deste ano.

“A lavagem, no presente caso, envolveu especial sofisticação, com transnacionalidade, abertura de offshore no exterior, simulação de investimentos dela no Brasil e simulação de contrato de aluguel”, afirmou o juiz Sérgio Moro na sentença. Esse contrato de aluguel refere-se a uma cobertura em Ipanema e foi firmado por Oscar Algorta, também denunciado pelo MPF, mas ainda não julgado.

Os fatos – A investigação da Operação Lava Jato havia descoberto que parte dos valores recebidos a título de propina por Cerveró foi remetida ao exterior para empresas offshores situadas no Uruguai e Suíça. Posteriormente, constatou-se que uma parcela dos recursos retornou ao Brasil por meio da simulação de investimentos diretos na empresa brasileira Jolmey do Brasil Administradora de Bens Ltda, a qual, na realidade, tratava-se de uma filial da offshore uruguaia Jolmey S/A. A denúncia explicava que ambas as empresas eram de propriedade de Cerveró, mas estavam registradas e eram administradas formalmente por terceiros.

Algorta era o presidente do Conselho de Administração da Jolmey S/A no Uruguai e também foi o mentor intelectual da operação de lavagem de capitais que beneficiou Cerveró. Segundo o registro de imóveis, a cobertura em Ipanema foi adquirida pela Jolmey do Brasil pelo valor de R$ 1.532.000,00, depois reformado por R$ 700.000,00. Atualmente, está avaliado em R$ 7,5 milhões. Contudo, desde o início, o imóvel foi adquirido e pertencia a Cerveró, havendo forte conjunto probatório indicando que a Jolmey do Brasil era controlada por ele.

Depois da venda, o apartamento foi "alugado" a Cerveró por R$ 3.650,00, valor muito abaixo do mercado. "O objetivo de Cerveró e Algorta era simular uma locação do imóvel como forma de ocultar a real propriedade do bem e evitar que Cerveró pudesse ser alvo de investigação por enriquecimento sem causa – e claro, de corrupção", diz a denúncia do MPF.

Em sua sentença, Moro atendeu aos pedidos do MPF em relação à recuperação de, pelo menos, parte do montante apropriado ilicitamente por Cerveró. O apartamento de Cerveró será confiscado, alienado e o produto da venda será revertido à Petrobras, vítima do crime.

Ação Penal nº 5007326-98.2015.4.04.7000 (referente à denúncia nº 5000196-57.2015.404.7000, chave de acesso 479600746515).


segunda-feira, 25 de maio de 2015

De esperança dos paneleiros a ‘arregão’, o fim do governo paralelo de Aécio Neves.

Com os líderes do Vem Pra Rua no Congresso
Por Kiko Nogueira no DCM

Terminou de forma melancólica o governo paralelo de Aécio Neves. De grande esperança branca da oposição a “arregão”, foram cinco meses de fortes emoções.

Numa eleição apertada, Aécio cavou seu espaço na agenda nacional na marra. Sua cavalgada teve início com a não aceitação do resultado. Em sua volta ao Senado, em janeiro, Magno Malta, do Espírito Santo, uma das figuras mais grotescas de um Congresso grotesco, saudou-o num aparte sabujo: “Vossa Excelência recebeu um livramento”.

Vieram os protestos pelo impeachment. No primeiro, Aécio foi para a praia, para desespero de direitistas lelés como Lobão, que o aguardava na Paulista. Em março, deixou-se fotografar da janela do apartamento do Leblon numa camiseta da CBF. Sair na rua já era demais.

No último, sumiço total.

Como depositário dos desejos dos paneleiros, pediu pareceres a juristas, insuflando o deputado Carlos Sampaio, promotor e  carimbador maluco do PSDB. Recebeu na capital federal, em abril, diversos revoltados, entre eles Rogério Chequer, do Vem Pra Rua. Cobraram-lhe um posição firme.

“Então tenho a dizer, primeiro, que vamos atuar juntos sem preconceitos. E em segundo lugar quero dizer que nesse momento começamos a fazer história”, declarou Aécio, arrancando aplausos dos presentes.

Deu-se a sabatina de Luiz Edson Fachin, o demônio comunista polígamo abortista paranaense de bigode. Onde estava Aécio para desmascará-lo e impedir a bolivarianização definitiva do STF?
Em Nova York, com José Serra, homenageando FHC num evento organizado pelo lobista cansado mas muito animado João Doria Jr.

Enquanto isso, meia dúzia de manifestantes fieis a ele, inclusive pessoas que estiveram naquele encontro no Congresso, empreendiam uma marcha de São Paulo a Brasilia. Gastaram a sola do tênis, postaram vídeos fofos no YouTube e encheram o saco dos moradores de outras cidades — para quê?
Para descobrir que Aécio deu para trás. Nesta semana, depois de um parecer de Miguel Reale Júnior, ele admitiu que o impeachment “não é agenda para agora”.

Seus amigos das panelas não o perdoam. “Traidor”, “covarde”, “arregão”. O velho Batman do Leblon chorou. Num vídeo patético, que posto abaixo, os marchadores aparecem dizendo que o PT e o PSDB são “farinha do mesmo saco”.

Findo o mandato paralelo, rechaçado pelos corvos que alimentou, sem golpe à vista, resta a Aécio a dura realidade dos fatos. À direita, Ronaldo “Vou Chamar o Mujica” Caiado e Jair Bolsonaro adotam os paneleiros. No seu partido, a presença careca e cada vez mais incômoda de Geraldo Alckmin na corrida para 2018.

32 capas de jornal que vão te lembrar como foi o Brasil dos anos 90 e o governo FHC

Desemprego. Arrocho salarial. Apagão elétrico. Escândalos. Mendigagem ao FMI e, claro… privatizações. Relembre.

Por Paulo Henrique Amorim, em Conversa Fiada

Fernando Henrique Cardoso governou o Brasil por 8 anos. Entre 1995 e 2002, colecionou fracassos e terminou o seu segundo mandato com 26% de aprovação.

(Lula, apenas como comparação, saiu do Governo aprovado por 87% dos brasileiros.)

Príncipe da Privataria
não empolgou nem seus correligionários. Tanto que Padim Pade ​​Cerra e Geraldo Alckmin não defenderam o legado de FHC em suas disputas eleitorais. Ambos o esconderam e não dividiram o palanque com o grão-tucano.

Afinal, como se sabe, o FHC vendeu as joias da família e aumentou a dívida da família. Um “jênio”!


Mas o tempo passa e, 12 anos depois de seu mandato, inúmeros feitos de FHC foram esquecidos. O Conversa Afiada, sempre preocupado em ajudar, relembra momentos marcantes do tucano. As manchetes da época são suficientes para matar a saudade de FHC.


Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook