segunda-feira, 18 de março de 2013

Inflação semanal sobe para 0,63% na segunda prévia de março


São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,63% na segunda prévia de março. Essa variação é 0,11 ponto percentual maior do que a anterior (0,52%).

Dois dos oito grupos pesquisados apresentaram acréscimos: habitação (de -0,58% para 0,04%), com influência da tarifa de eletricidade residencial (-9,95% para -4,99%), e vestuário (de -0,06% para 0,51%), com os preços mais elevados da nova coleção outono/inverno cujas peças de roupas estão 0,58% mais caras ante um recuo de 0,18%.

O grupo alimentação teve alta de 1,39%, a mesma elevação da primeira prévia do mês. Essa estabilidade foi motivada pelos movimentos opostos nos preços dos produtos. Enquanto as frutas ficaram 2,2% mais caras ante uma oscilação de 0,04%, os preços das carnes bovinas caíram 1,44% ante uma diminuição de 1,1%.

Nos demais grupos, os índices indicaram elevações, porém com menos intensidade em relação à pesquisa anterior: transportes (de 1,02% para 0,78%), com destaque para a gasolina (de 3,89% para 2,88%); educação, leitura e recreação (de 0,48% para 0,31%), como reflexo da passagem aérea (de -1,51% para -3,83%); saúde e cuidados pessoais (de 0,58% para 0,53%), influenciada pelos artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,89% para 0,62%); comunicação (de 0,5% para 0,4%), sob o efeito da tarifa de telefone residencial (de 1,25% para 0,95%) e despesas diversas (de 0,39% para 0,26%), com acomodação de preços dos cigarros (de 0,2% para 0,07%).

Troika espera que governo português apresente novo quadro orçamental e faça reformas

Lisboa – O Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE) e a Comunidade Europeia esperam que o governo de Portugal apresente, nos próximos dias, propostas de cortes de gastos para reduzir o déficit orçamentário. Apesar de as equipes técnicas das três entidades credoras de Portugal (que formam a Troika) terem deixado Lisboa na última sexta-feira (15) e o ministro das Finanças de Portugal, Vitor Gaspar, ter feito o balanço da missão, a sétima avaliação do programa de ajustamento econômico de Portugal ainda não está concluída.

“O governo está empenhado em adotar e publicar nas próximas semanas uma versão detalhada do quadro orçamental de médio prazo, permitindo assim a conclusão formal da presente avaliação”, descreve comunicado do FMI.

As avaliações antecedem as liberações das parcelas do empréstimo que Portugal obteve em 2011 com a Troika. A próxima parcela é de dois bilhões de euros (1,3 bi da UE e 0,7% do FMI) e deverá ser liberada em maio, de acordo com a avaliação.

Para continuar liberando parcelas do empréstimo, os credores esperam que o governo do primeiro ministro Pedro Passos Coelho apresente, no próximo mês, a proposta (já adiada) de cortes “estruturais” (definitivos) de quatro bilhões de euros nos gastos públicos (incluindo despesas em áreas sociais). Além dos ajustes fiscais duradouros, FMI, BCE e a União Europeia esperam que Portugal efetue reforma tributária, reforma do Poder Judiciário e reestruture empresas públicas.

O governo formado pela coalização do Partido Social Democrata (PSD) e do Partido Popular (CDS-PP) mantém maioria na Assembleia da República para alterar legislação e executar o programa econômico acertado com os credores internacionais, mas é crescente o descontentamento com o governo que enfrentará eleições regionais em outubro. No último fim de semana, os jornais estampavam a insatisfação da opinião pública com Vitor Gaspar que admitiu desemprego de mais de um milhão de pessoas para breve e mais um ano de recessão (redução do Produto Interno Bruto de 2,3%).

A manchete do semanário Expresso, publicado sábado (16), estampava: “Troika culpa governo pelo falhanço [fracasso] das políticas”. O editorial do Diário de Notícias assinalava, no último domingo (17), que “o ministro das Finanças [Vitor Gaspar] conseguiu retirar o país de uma encruzilhada e empurrá-lo para um beco sem saída”.

Atendimento para dependentes de álcool cresce 37% em três anos

"Vim de uma situação em que passava praticamente 24 horas alcoolizado. Acordava, a garrafa estava do lado. Ia dormir, a garrafa também estava lá". Durante quase dez anos, esse foi o cotidiano do auxiliar mecânico de aeronave Pedro Carlos de Vieira, 40 anos. "Agora, vejo a vida de outro jeito. Vejo o quanto perdi. Passei todo esse tempo sem fazer planos". Assim como Pedro, 1.970 pessoas, na média mensal, foram às unidades do Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) do município de São Paulo para buscar tratamento para a dependência do álcool no ano passado.

Em três anos, o total de atendimentos cresceu cerca de 37%. Foram 1.238 em 2010 e 1.542 em 2011. Segundo o psicólogo Vilmar Ezequiel dos Santos, gerente do Caps AD de Santana, a crescente procura pode estar relacionada à tendência de uma busca pelo tratamento cada vez mais precoce. "Pela nossa experiência na área, percebemos que havia a busca depois de muitos anos de consumo, até 20 ou 30 anos. Agora, a gente está observando que esse tempo de se reconhecer doente tem diminuído".

Alcoolismo atinge cerca de 5,8 milhões de pessoas no Brasil

Histórico de consumo abusivo de álcool, síndrome de abstinência e manutenção do uso, mesmo com problemas físicos e sociais relacionados, é o tripé que caracteriza a dependência em álcool, segundo a psiquiatra Ana Cecília Marques, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O tratamento da doença, que atinge cerca de 5,8 milhões de pessoas no País, segundo o Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, de 2005, não é fácil: dura pelo menos um ano e meio em sua fase mais intensiva e tem índice de recaída de cerca de 50% nos primeiros 12 meses.

"Ele precisa preencher os três critérios. Um só não basta para se considerar dependente", destaca a psiquiatra. Ela explica que o consumo contínuo e abusivo leva a uma tolerância cada vez maior do usuário à bebida. "O corpo acostuma-se com o (álcool). Ele resiste mais e, para obter o efeito que tinha no começo com uma lata de cerveja, precisará tomar cinco". A falta do álcool provoca uma série de sintomas graves, como elevação da pressão arterial, tremores, enjoo, vômito e, em alguns pacientes, até mesmo convulsão. Esse é o quadro da síndrome de abstinência.

domingo, 17 de março de 2013

José Serra ameaça deixar o PSDB se não for presidente do partido

O ex-governador José Serra informou à direção do PSDB que deixará o partido caso não seja incluído na nova formação da direção partidária, que será eleita em maio. De acordo com os tucanos, Serra quer a presidência do PSDB e, além de ameaçar sair da legenda, disse que não irá apoiar a candidatura do senador Aécio Neves (MG) ao Palácio do Planalto, caso não seja atendido. O mineiro telefonou para Serra na quarta-feira, mas até sexta-feira não tinha conseguido falar com o ex-governador. Ele pretende desembarcar em São Paulo domingo ou segunda para ter uma nova conversa com Serra. As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo

A direção do PSDB já está fechada em torno da candidatura de Aécio à presidência do partido. A cúpula da legenda avalia que o cargo é imprescindível para que o senador prepare sua campanha ao Planalto. A interlocutores, Serra passou a criticar duramente o senador mineiro e chegou a chamá-lo de "coronel". Ele ameaça apoiar a candidatura ao Planalto do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), se não tiver a presidência. "O Aécio terá que escolher se prefere ter a presidência do PSDB, com Serra na campanha de Eduardo Campos, ou disputar a Presidência da República com o apoio de Serra", disse um dos parlamentares ligados ao tucano paulista. O tucano também teria manifestado insatisfação com o rumo das negociações internas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que passou a fazer um meio de campo entre os dois grupos. Procurado, o ex-presidente disse que não comentaria o assunto neste momento. Serra se limita a dizer que "há muita fofoca" sobre sua vida política.
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Terra



STJ aceita denúncia contra envolvidos na Operação Navalha

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou parcialmente a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra os investigados na Operação Navalha. Em votação unânime, os ministros rejeitaram a denúncia apenas contra cinco dos acusados: Florêncio Brito Vieira, Gil Jacó Carvalho Santos, Humberto Rios de Oliveira, Mária de Fátima César Palmeira e Roberto Leite.


Entre os denunciados estão o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), e o empresário Zuleido Veras, dono da construtora Gautama. Também se tornaram réus no processo Flávio Conceição de Oliveira Neto, conselheiro do Tribunal de Contas de Sergipe (TC-SE); João Alves Neto, José Ivan de Carvalho Paixão, Sérgio Duarte Leite, Victor Fonseca Mandarino, Renato Conde Garcia, Max José Vasconcelos de Andrade, Gilmar de Melo Mendes, Ricardo Magalhães da Silva e Kleber Curvelo Fontes. 

A Operação Navalha desarticulou uma organização criminosa que atuava desviando recursos públicos federais nos Estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, São Paulo, Alagoas e no Distrito Federal.

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Dag Vulpi

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