segunda-feira, 25 de abril de 2011

PT começa a considerar uma outra proposta, mais democrática que a Lista fechada

Postagem Dag Vulpi 25/04/2011 14:13

No debate sobre reforma política que o PT promove na próxima sexta-feira em reunião do Diretório Nacional, em Brasília, um ponto fundamental será a regra para as alianças das eleições municipais de 2012. A intenção é, desde já, amarrar os partidos aliados ao governo, impedindo, assim, que candidatos petistas fiquem isolados. Preocupam os dirigentes do partido, especialmente, os movimentos do PSB — que se aproxima do PSD e do PDT — e os planos do PMDB de lançar o deputado federal Gabriel Chalita, hoje no PSB, candidato a prefeito de São Paulo  A determinação de colocar logo em pauta a política de alianças é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com foco no desempenho do partido em 2012. Em todas as conversas com a cúpula partidária, ele pergunta como andam os acertos para as eleições municipais. No aniversário do PT, em fevereiro deste ano, ele foi direto na cobrança: “Não podemos deixar para discutir esse assunto depois”.

As maiores cidades são as que mais preocupam Lula. Hoje, o PT não tem perspectiva de uma aliança sólida em São Paulo. Pode também ter problemas em Belo Horizonte, onde o prefeito, do PSB, mantém aliança com o PSDB, enquanto o vice é do PT. Quanto ao Rio de Janeiro, embora os petistas tenham algumas opções, o aliado Eduardo Paes, do PMDB, é candidatíssimo a mais quatro anos de mandato. Ou seja, se lançar candidato nesses três municípios considerados importantes para formação de uma base rumo a 2014, o PT corre o risco de ficar isolado.

Para não deixar transparecer o medo de isolamento, os petistas pretendem discutir esse tema entre os seis pontos da reforma política que consideram fundamentais (leia quadro nesta página). De saída, o partido tende a acabar com as coligações nas eleições proporcionais — de vereadores, deputados estaduais e federais. Assim, os petistas acham que deixarão de dar “carona” a pequenas legendas.

Outra grande preocupação do PT é quanto ao fortalecimento dos partidos. “Hoje, o voto é muito personalista. É preciso encontrar uma forma de dar à política uma característica mais partidária. Por isso, o PT começa a trabalhar com a lista flexível”, afirma o líder da bancada na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP). Nesse tipo de lista, o partido apresenta sua escolha de candidatos, na ordem de prioridade com que pretende preencher os assentos em disputa. O eleitor pode endossar a ordem proposta ou então mudá-la, votando em nomes que estão colocados no fim da listagem. “É uma forma de valorizar o partido sem tirar do eleitor o direito de escolher o integrante daquele partido que ele quer ver eleito”, afirma Teixeira.

O risco da inflação A fidelidade partidária e o financiamento exclusivamente público para as campanhas políticas também estarão na ordem do dia dos debates dos petistas. Mas eles decidiram não deixar de lado o debate econômico e a alta nos preços dos combustíveis. O tema será abordado em palestra do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que deve ainda falar sobre inflação e juros.

Os petistas querem saber de Mantega se ele tem segurança de que a economia não vai degringolar, o que jogaria por terra o projeto de poder do partido. Em suas discussões mais reservadas, os dirigentes têm avaliado que só há risco de os planos eleitorais do PT em 2012 e 2014 serem comprometidos se houver algum solavanco forte na economia. Hoje, o vilão nesse cenário é o preço da gasolina. Além de Mantega, os petistas esperam contar na sexta com as presenças da presidente Dilma Rousseff e de Lula. Mas até ontem nenhum dos dois havia confirmado a participação.

Correio Braziliense

domingo, 24 de abril de 2011

Esta Reforma Política Conseguirá Aperfeiçoar a Democracia?

Postagem Dag Vulpi 24/04/2011 22:26
Alguns comentários sobre as discussões a respeito da Reforma Política em curso no congresso Nacional e as preocupações com os resultados para o aperfeiçoamento da Democracia no Brasil.

A Democracia brasileira é uma criança que inicia seus primeiros passos considerando apenas o período republicano, cujo processo de escolha de seus representantes às funções de Estado estão marcados por métodos e sistemas que é melhor não comentá-los aqui. Podemos então afirmar que as Cartas Magnas do Brasil que aspiram os ideais democráticos são as 1946 e 1988.

Muitos comentam que no Estado Capitalista o que liga a sociedade ao Estado é o Partido Político, e este é, por sua vez, apenas parte do pensamento da sociedade. Sendo apenas parte do pensamento da sociedade, então não cabe a figura do "Partido Único" defendido por outros sistemas. Porém, o que dizer dos países subdesenvolvidos/desenvolvimento que tiveram regimes totalitários mantidos pelos países líderes do capitalismo? Aprendi com isso que lutar por democracia vai muito além da luta por um "espaço equilibrado" entre os partidos políticos na representação da sociedade nas funções de Estado.

Vamos aos fatos: com a abertura política em 1979, nasceram o Partido Social Democrático – PDS, organizado e liderado pelos militares e seus apoiadores; o Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB, organizado e liderado por militantes do ex-MDB sobreviventes do regime militar; o Partido Democrático Trabalhista – PDT, organizado e liderado por Leonel Brizola; o Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, organizado e liderado por Ivete Vargas numa tentativa de ressuscitar o Varguismo e por fim o Partido dos Trabalhadores – PT, organizado e liderado por militantes do operariado, campesinato e sobreviventes do regime militar.

Nos primeiros passos pela redemocratização o então presidente José Sarney legaliza os Partidos Comunistas e em 1989 votamos para presidente que na metade de seu mandato recebeu o impedimento. Fernando Henrique Cardoso por sua vez "arranha" novamente a nossa Democracia impondo o "direito de reeleição" esticando seu mandato por mais quatro anos ferida que jamais vai sarar vindo de alguém com sua biografia. Lula termina seus dois mandatos com tanta popularidade que levou alguns militantes a pensarem numa Emenda Constitucional pedindo o plebiscito pelo "terceiro mandato", à luz dos acontecimentos vividos na Bolívia e Venezuela.

À luz do processo eleitoral de 2006, aqueceu no congresso nacional os debates sobre Reforma Política chegando a Câmara a por em votação o projeto sobre o voto em lista fechada e preordenada sendo derrotado inclusive com a ajuda de Deputados do PT, já o Senado não passou de uma "mini-reforma" que proibiu o showmício e as camisetas em campanhas eleitorais.

O tema Reforma Política volta ao centro dos debates sendo destaque no pronunciamento de posse da presidenta Dilma Roussef e na leitura de sua Mensagem ao Congresso sendo muito aplaudida a ponto de repetir pausadamente que trabalharia muito pela Reforma. Neste clima o presidente do Senado criou uma comissão de senadores notáveis: ex-governadores e ex-presidentes da República a produzir uma síntese do que entenderem como sendo o melhor para o Brasil. Esta comissão recebeu um prazo de quarenta e cinco dias para apresentar suas conclusões, a saber:

1) votação em lista fechada e preordenada para Deputados e Vereadores;
2) Financiamento exclusivamente público de campanha;
3) Fim das coligações para Deputados e Vereadores;
4) Fim da reeleição para o executivo com mandatos de cinco anos;
5) alteração da data de posse para governadores e prefeitos;
6) Alternância de gênero nas listas preordenadas;
7) Mudanças na suplência para o Senado;
8) Obrigatoriedade do voto e
9) Possibilidade de candidaturas avulsas para as eleições municipais.
Na Câmara a sensação foi idêntica e como tal, o presidente Marco Maia convoca e instala uma comissão formada por quarenta titulares e quarenta suplentes, tendo um prazo de 180 dias para apresentar suas considerações. Na Câmara, o debate por enquanto está em volta do voto proporcional (Deputados e Vereadores) a saber:
1) Obrigatoriedade do voto;
2) Voto em lista fechada e preordenada ou aberta;
3) Financiamento de campanha;
4) Fim das coligações;
5) Voto Distrital Misto;
6) Voto Distritão e
7) Fidelidade partidária.

O que podemos assimilar como "Direita/Centro/Esquerda no Brasil mudou muito pós 1988/1989, depois, queiramos ou não, o Brasil vive uma certa "bipolaridade" entre o PSDB e sua aliança política que governaram por dois mandatos e o PT e sua aliança política que governa agora o seu terceiro mandato consecutivo.

Com a eleição da Dilma é de se esperar mudanças profundas no tabuleiro político brasileiro com o nascimento de novos partidos, fusões e desaparecimento de outros (estes sinais já são vistos a olho nu). Então, o PMDB que sempre lutou pelo domínio regional agora quer ficar mais perto do Planalto Central (indicaram o vice de Dilma); o DEM perde seu principal território (os rincões/grotões do Norte/Nordeste) para as políticas de Lula e Dilma; o PSDB achou que Lula não passaria do primeiro mandato, amarga em suas noites de insônia sem saber nem como fazer oposição se agarrando como pode em São Paulo e Minas Gerais e os demais partidos na incerteza do futuro da tal Reforma preferem ficar como está.

Assim, dos temas de Reforma Política mais claros na Câmara estão mais para linha de construção das futuras maiorias de poder do que mesmo para a afirmação dos Partidos Políticos enquanto elos de ligação entre a Sociedade e o Estado (capitalista) brasileiro. O PT afirma que o voto em lista fechada e preordenada com financiamento exclusivamente público de campanha, com o fim das coligações para o voto proporcional fortalece os Partidos, a fidelidade, acaba com o abuso do poder econômico e o caixa dois em campanhas eleitorais. O PSDB afirma que o voto Distrital Misto inova no processo (não está claro como se dá). O PMDB propôs o Distritão, no qual todas as candidaturas viram majoritárias esmagando a figura do Partido Político.

Os partidos podem oferecer uma nova ordem ao Brasil acima das disputas pela formação de maioria. Se a Reforma ficar vinculada apenas nas expectativas "das próximas eleições" teremos um grande casuísmo e até um retrocesso em nossa Democracia tão sofrida. Diante disso, fico cada vez mais convencido de que a Reforma Política é uma luta pela expectativa de poder, ela não cai do céu nem é obra da compaixão de ninguém, portanto se queres essa Reforma vá à luta, às ruas, manifeste-se, pressione ou ela não sai.

Lula e a Reforma Política

Postagem Dag Vulpi 24/04/2011 15:48
O ex-presidente Lula retornou à cena política nesta semana, desta vez a convite do PT para ser “animador da Reforma Política”.


Em uma reunião no Instituto da Cidadania, em São Paulo, no começo desta semana, diante de dirigentes do PT, deputados e senadores, o astro popular Lula assumiu a condição de “garoto propaganda” do Partido para esquentar a Reforma Política com “pressão do povão”. Só que a reforma política que quer o PT é aquela que permita ao Partidão imitar o PRI – Partido Revolucionário Institucional – do México, que ficou 70 anos no poder.

O PT defende lista fechada de votação para que os eleitores passem a eleger o Partido (no caso o PT) e não mais os candidatos. O PT também defende financiamento público de campanhas eleitorais e doações espontâneas aos partidos. Nesse modelo de doação, os partidos que apoiam o Governo podem levar vantagens pela promessa de “bondades aos doadores”. Lula prometeu que vai conversar com lideranças de todos os partidos e com movimentos sociais organizados, entre os quais o MST, as Centrais Sindicais e as organizações sociais populares para que “todos unidos possam colaborar para viabilizar uma reforma política que garanta os direitos dos trabalhadores na democracia brasileira”. O ex-presidente Lula da Silva está de volta com o discurso popular e contatos estratégicos com lideranças para pressionar o Congresso. Assim é a democracia brasileira, com certeza.

PODER AO PARTIDO
No Congresso, as bancadas do PT na Câmara e no Senado defendem a instituição de uma Lista Fechada de candidatos às eleições proporcionais e financiamento público de campanhas. O PT critica intervenções da Justiça Eleitoral no processo político e defende uma reforma eleitoral que garanta liberdade para a atuação dos partidos.

BATE BOCA
Sobre as recentes discussões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (tucano) com o ex-presidente Lula (petista), o senador pernambucano, Humberto Costa (PT) disse: “Fernando Henrique é passado, não tem nenhuma importância; Lula é presente e é futuro. Fernando Henrique está mamando na elite e Lula é o líder do povão brasileiro”.

DE OLHO EM 2012
O jogo do PT é claro: exibir o líder popular Lula, ao vivo e a cores na mídia, para que ele possa influir como cabo eleitoral de primeira grandeza nas eleições de 2012 e ajude a desbancar os tucanos da prefeitura de São Paulo, fortalecer o PT para reassumir a prefeitura de Belo Horizonte e conquistar cidades estratégicas como Uberlândia.

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DEBATE BATE PAPO FACE
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Fernanda Tardin desculpa Dag, sem querer ser monótona na minha repetição, acho que Lula é aliado dos que defendem uma reforma com debates populares , alem de ser para a militância contraria a lista fechada um importante aliado de peso. O TOM não deveria ser este que a mídia golpista tá pregando. Afinal ' quem tem medo do Lula' parece serem os mesmos que 'tem medo da democracia". falando nisto a Aninha mudou certeira o nome da trincheira de lutas dela ( digo BLOG). a questao passa exatamente por aí. Bjao

DAG, sei que vai entender, mas PRECISO COLOCAR ISTO ? ALERTAGERAL: Sem contar que é importante perceber que a mídia aproveita para focar no lulismo mas isolar o lula em favor de (com chantagem ou não0 favorecer o neo liberalismo. Estamos ...nos distanciando de Lula e isolando-o? Neste momento militar na luta por ampliar o debate é defender Lula e dar a ele condições para não ceder ao que a nacional do PT quer. Lula precisa seguir com condições de fazer o debate que propôs no vídeo. Abaixo a lista fechada e ao coronelismo partidário. Constituinte Já. DEPENDE DE NÓS e da capacidade dos de luta serem suprapartidários e dar o aval. Juntos Somos Fortes percebes? a luta compas.
Dagmar Vulpi Nanda, entendo ser obrigação "NOSSA" fazer o impossível para impedir a aprovação da proposta de LISTA FECHADA do PT. Vejo na Figura do companheiro Lula um fio de esperança de essa situação se reverter, porém se deixarmos a onda nos levar conforme presencio em comunidades paralelas à nossa, onde há predominância massiva de petistas e, estranhamente 99% destes ou concordam ou se calam, quando o debate gira em torno deste assunto (LISTA FECHADA), ela estará na eminência de ser aprovada. Temos sim que tentar sensibilizar.

Denegrir a imagem de um chefe de Estado como o Lula jamais passou por minha cabeça, mas mostrar que essa idéia de reforma onde a única preocupação é o fortalecimento do partido, não faz minha cabeça. Partido tem que se fortalecer de outras formas não cerceando direitos democráticos conquistados com suor e sangue. Partidos se fortalecem colocando os melhores à frente de suas executivas, com estatutos sociais realmente preocupados em multiplicar a democracia, colocando como propostas ao eleitorado os melhores nomes para serem escolhidos como seus representantes, tendo ética e estando sempre acima de qualquer suspeita, assim os partidos deveriam se fortalecer, não da forma como estão propondo. Ainda que o PT faça tudo o que eu indiquei para ser um partido forte (pode ser até que faça) temos que ter sempre na lembrança que, as regras serão para todos os partidos. Bjao
Fernanda Tardin Lelo, na minha cabeça , luto exatamente para que Dilma não "desabroche mais..." já tá mais que difícil lidar com tamanhas 'desabrochares'... Lula é militante, acabou o mandato com 80 por cento de aprovação. è estadista, fala ao povo, para o... povo. Elege (elegeria) até poste, mas elegeu Dilma. O Povo não votou em Dilma, votou em Lula e na continuidade de Lula. Dilma tá se afastando disto? Vamos refletir né? Se o POVO votou na continuidade de Lula, elegendo Dilma, pq. mudar e se afastar do que foi votado?
 Aiiiii tô sem entender nada. Pedirei ajuda aos universitários, rsrsrs alguem ajuda? bjao compa Lelo,
Lelo Coimbra Nanda, Lula cumpriu seu papel. O PT tem sua contribuição a dar. Nos não podemos estar centrados no carisma de Lula como forma de sustentar um governo. A vida segue, com novos desafios. Ninguém, nem Lula, mesmo que queira consegue tutelar um governo. Chega um momento em que isso transborda e vira crise. Fiquei surpreso como a tutela do Kirsner sobre sua esposa-Presidente, mantidas as proporções com o fato de que estamos falando, numa sociedade aguerrida como a Argentina. Um caso de tutela via controle do Partido. Com sua morte, houve uma crise ate recentemente, superada a pouco. Na falo de países socialistas que e outra lógica, exceto Putskin sobre seu sucessor, onde as formações de imprensa mostram uma gde ascensão do ex-presidente. Enfim, uma sociedade democrática, nos marcos do capitalismo- não creio em emergência de outra experiência socialista - precisa ser aprimorada. Não ha outro método. Exceto se seu raciocínio inclui a volta do Lula em 2014, fato que considero um risco para ele, pois dificilmente reproduziria o sucesso desses 8 anos, por motivos externos e internos.Por fim, o exercício do poder tem seus riscos que fazem parte do processo de crescimento das sociedades. E preciso compreender isso e militar nesse ambiente construindo perspectivas novas e aprofundando experiências positivas em curso!
Ajuda pra que Nanda?
Dagmar Vulpi Lelo, estava com saudades de suas participações, bom que você voltou compa. Em relação ao Iranx, infelizmente divergências ideológicas partidárias chegaram ao extremo, não foi neste grupo, mas em outro muito próximo. Infelizmente parece que houve trocas de ofensas, mas tudo acabará bem. Foi em momento de calor ideológico e, como trata-se de distintos senhores logo-logo tudo estará resolvido. Abraço.
Fernanda Tardin tb. gosto de prosear com Lelo, principalmente que em muito divergimos, como agora. Mas confesso que o Lelo no lado que se refere a Chico tá certo: por exemplo para mim a influencia hartunguista no ES é maligna, malefica, tem que ser dado ba...sta. Mas Lula tem o direito e dever como militante e estadista de colocar seus pontos de vistas. Não sei se o povo capixaba elegeu Casagrande para dar continuidade aos anos (para mim infelizes de el rei), mas sei que elegeram Dilma para dar continuidade ao Brasil de Lula.Na medida que a participação de Lula se dá para promover a participação popular , e aí esta a diferença entre "chico e francisco' ( Lula e ph), todo apoio a ele. Que venha a reforma COM O POVO EMPODEIRADO. el rei faria isto? 

Ajuda pra muita coisa, por exemplo: Montar o encontro de blogueiros e mídias alternativas. Como é direito fundamental a informação, posso pedir tranqüila , pois não ocorrerei em uso da maquina: Vc. colabora patrocinando passagem para dois ou 3 palestrantes? Bjao

Lelo, falando nisto...... tim tim, hoje tô feliz. que venha o Vasco, rsrsrsbjao
Fernanda Tardin ah completando: Divergências a parte, mantemos a vontade de debater e sermos amigos. Acho isso importante e fico orgulhosa de merecer o respeito dele. Amigos acima de tudo, certa Lelo?
Fernanda Tardin LELO???????????????????
Edno Araujo TODA a reforma política deverá ter um plebiscito/referendo popular para ter validação...
Lelo Coimbra Fernanda, queria ter colocado uma terceira cor naquela camisa do Flamengo, como bom tricolor. Infelizmente não conseguimos. Faz parte, rsrs.
Lelo Coimbra Obrigado Dagmar. Minhas ausências são por outras atividades, mas vou e volto. Um abraço.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Plano Nuclear do Brasil - Especialista da USP faz duras criticas.

 Postagem Dag Vulpi 22/04/2011 16:32
 O Brasil possui duas usinas nucleares em operação, Angra 1 e Angra 2, ambas no município fluminense de angra dos Reis. Foto: AFP Atualmente o País possui duas usinas nucleares em operação, ambas localizadas em Angra dos Reis (RJ) - Foto: AFP

Angela Joenck
A polêmica sobre usinas nucleares que se instalou mundialmente após os incidentes que provocaram vazamento radiativo em Fukushima, no Japão, também atingiu o programa nuclear brasileiro. Enquanto o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Edson Kuramoto, defende a manutenção dos planos de expansão, grupos ambientais, como o Greenpeace, e especialistas na área criticam duramente o projeto.

Em entrevista exclusiva ao Terra, o professor Ildo Luís Sauer, doutor em engenharia nuclear pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Energia da Universidade de São Paulo (USP), vai além do discurso imediato dos riscos de acidente. O especialista aponta problemas que considera "heranças difíceis" caso o País leve adiante a ideia de construir mais quatro usinas até 2030 - além de Angra 3, no Rio de Janeiro, que está sendo terminada.

"O Brasil tem recursos naturais que interferem menos com a biosfera. São do ciclo hidrológico e do ciclo eólico, da própria biomassa, que deixam menos impactos que qualquer um dos outros. A energia nuclear deixa dentro da terra, em algum lugar, um material perigoso, que sujeito a outras atividades naturais, como terremotos, tsunamis e mudanças no equilíbrio geológico, exige cuidados de 300 a 2.000 mil anos. São heranças difíceis", diz Sauer.

O pesquisador concluiu a pouco um estudo em que tenta provar que o País é capaz de atender à demanda futura sem a necessidade das novas usinas nucleares. "A população brasileira, segundo o IBGE, vai se estabilizar em 2043, chegando próximo aos 220 milhões de habitantes. Se nós formos dobrar o consumo per capita de energia de hoje, de 2,5 mil quilowatts/hora por ano, para 5 mil, nós podemos produzir toda a demanda de energia combinando a apropriação de 50% do potencial eólico hoje existente no Brasil e 70% do potencial hidráulico, com alguma complementação térmica nos períodos hidrológicos críticos, para diminuir o custo. Então o Brasil tem essa capacidade", afirma.

Segundo ele, a queda de custos também seria expressiva - uma economia de metade do capital. "Nosso estudo mostra que o custo da energia eólica já é competitivo com o da nuclear e tende a cair à medida que a escala aumenta. Eu proponho a retirada das quatro usinas nucleares previstas, além de Angra 3. Elas vão custar R$ 40 bilhões só de capital direto, mais o custo do combustível, o custo da operação, de cuidar delas no futuro, daqui uns 30 ou 40 anos, além de cuidar dos dejetos por 300 anos com muita cautela e por mais 2.000 anos com  cuidados menores. Nós temos contas mostrando que essa mesma energia de Angra 3, mais os quatro novos reatores, podem ser produzidas custando apenas R$ 20 bilhões de capital, em uma combinação de recursos", diz o professor. 

Reatores úteis 
Mesmo com críticas ao programa nuclear brasileiro, Sauer aponta que este tipo de investimento seria útil à população, contanto que seja repensado. Ele defende a construção do reator previsto para a cidade de Iperó (SP), se este for utilizado para pesquisas, e mais um para atender a necessidade de radiodiagnóstico da população.

"Eu proponho montar o reator que está projetado para Iperó, e que ele seja operado experimentalmente, para consolidar tecnologia nuclear segura com resfriamento do reator, sem bombas, só com confecção natural, e que outro reator de alto fluxo seja feito e dedicado para produzir condições de pesquisa de novos materiais, pesquisa na biologia, agricultura e, acima de tudo, produzir radioisótopos para diagnóstico, que hoje são importados e acessíveis só à elite brasileira. Dá pra popularizar isso e atender todo o SUS com apenas um reator de pesquisa. Se a gente quiser mudar a estratégia, vamos poupar R$ 20 bilhões, produzir a mesma energia e não teremos como herança aquela carga de material radioativo a exigir cuidados por séculos e até milênios", alerta o pesquisador, que acredita que o reator custaria menos de R$ 1 bilhão de reais.

Segundo o especialista, tais reatores seriam pequenos e não representariam risco significativo, comparado com os que estão nos projetos do governo federal. "Esses reatores menores trazem benefícios, os outros só trazem problemas: custos incrementais e heranças a deixar para as próximas gerações, de forma que o governo brasileiro foi, no mundo, um daqueles que menos se dispôs a rever os planos futuros, ainda mais agora, frente ao caso de Fukushima". 

Segurança 
Após o acidente acontecido no Japão, a Eletronuclear - estatal responsável pelas operações de Angra 1 e 2 - anunciou que estuda construir uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) nas imediações das usinas. A PCH tem como objetivo manter o sistema de refrigeração das centrais nucleares em caso de acidente e poderá ter no máximo 30 megawatts (MW). Duas opções de local são consideradas para a construção da usina: o rio de Mambucaba e o rio Bracuhy.

Durante a audiência pública sobre a segurança das usinas de Angra dos Reis, o presidente da Aben ressaltou a importância da energia nuclear para o desenvolvimento do Brasil e afirmou que a opção de energia hidráulica é limitada e que estará esgotada a partir de 2025. Disse ainda que as usinas nucleares deveriam ser tratadas como alternativas estratégicas. As afirmações foram recebidas com questionamentos da comunidade científica.

"O governo Lula ficou anos e anos na dúvida sobre isso, e no seu acaso, resolveu anunciar esses cinco projetos nucleares, ressuscitando um contrato de construção de uma usina da década de 70, ao invés de fazer uma nova licitação, por exemplo. Isso foi só para atender à pressão e ao interesse da construtora que ganhou aquele contrato que estava inteiramente superado. O projeto tem que ser alterado", diz o professor da USP. O especialista ainda afirma que, no caso brasileiro, praticamente um terço das usinas nucleares ¿não podem nem devem ser feitas, por razões de custos, por razões sociais e por razões ambientais".

"Hoje nós conhecemos 143 mil megawatts de energia eólica por fazer e 150 mil de hidráulica. Nem todas serão feitas, e as eólicas são muito pouco estudadas no País. Aqui no Brasil, o custo no último leilão, em 2009, foi muito baixo, o que permitiria dizer que a energia eólica é mais barata que a nuclear e que coloca ainda mais na berlinda a decisão de fazer Angra 3 e mais quatro usinas. Isso deixou insustentável o discurso dos dois ministros responsáveis pelo assunto. Estamos às raias da inconsequência", completou.

Procurado pela reportagem do Terra, o Ministério das Minas e Energia não respondeu às perguntas feitas, alegando estar sem porta-voz. 

PT supera PSDB em briga pela nova classe média

IHU - Instituto Humanista Unisinos 22/4/2011
Postagem Dag Vulpi 22/04/2011 14:44


 PT supera PSDB em briga pela nova classe média

O PT largou na frente do PSDB na disputa pelos votos da chamada nova classe média, faixa que reúne as famílias com renda mensal entre três e dez salários mínimos. Dados da última pesquisa Datafolha mostram que os eleitores deste segmento social, também conhecido como classe C, são os que mais dizem preferir o PT entre todos os partidos políticos. O PSDB tem o melhor desempenho entre os brasileiros mais ricos, com renda familiar acima de dez salários.
A reportagem é de Bernardo Mello Franco e publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, 22-04-2011.
A nova classe média virou sonho de consumo das duas legendas, que se revezam no poder desde 1995. Nas últimas semanas, os ex-presidentes Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) a descreveram como o principal alvo a ser perseguido por seus partidos.
Proporcionalmente, os eleitores que formam a base da classe C são os que mais dizem preferir o PT. A sigla é citada como a mais admirada por 32% dos entrevistados com renda de três a cinco salários mínimos (entre R$ 1.636 e R$ 2.725).
Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, o resultado reflete a "gratidão" de brasileiros recém-saídos da pobreza, que ascenderam socialmente nos anos Lula. "São eleitores que acabaram de ganhar acesso aos bens de consumo e creditam sua ascensão social nos últimos anos a Lula e ao PT."
Os petistas alcançam seu segundo melhor resultado (29%) entre os eleitores com renda familiar de cinco a dez salários (R$ 2.726 a R$ 5.450). Na fatia mais pobre, com orçamento até dois salários (R$ 1.090), a sigla tem 23%. Esta é a faixa mais alheia ao jogo partidário: 58% não têm uma legenda favorita.
O menor índice do PT é justamente entre os mais ricos, com rendimento acima de dez salários (R$ 5.450). Nesta faixa, que compõe as chamadas classes A e B, o partido é citado como o mais admirado por apenas 16%. Isso inclui a elite econômica e a classe média tradicional.
O PSDB alcança seu melhor índice (10%) entre os eleitores da classe B, com renda entre dez e vinte salários (R$ 5.451 a R$ 10.900). O pior resultado dos tucanos aparece entre os mais pobres. O partido é citado como o favorito por apenas 4% dos brasileiros das classes D e E. Na classe C, as citações oscilam entre 6% e 8%, conforme a faixa salarial.
Em artigo recente, o ex-presidente FHC disse que o PSDB "falará sozinho" se tentar disputar o "povão" com o PT e deve se concentrar na nova classe média. "É um desafio grande", diz Paulino. "O PSDB terá que encontrar um discurso para esses eleitores, que querem garantias de que continuarão a melhorar de vida."
Pouco mais da maioria dos entrevistados (54%) diz não preferir nenhuma legenda. Estes eleitores tendem a escolher os candidatos sem considerar seus partidos. O PT aparece à frente das outras siglas em todas as faixas de renda. No total, registra 26% de preferência, contra 6% do PMDB (sem candidato à Presidência desde 1994) e 5% do PSDB.
No debate da reforma política, o PT defende a adoção da lista fechada, em que o eleitor só pode votar na sigla em eleições parlamentares. Nas condições atuais, isso daria mais vagas a petistas

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Brasileiros temem surgimento de problema nuclear, segundo pesquisa

Postagem Dag Vulpi 21/04/2011 16:55
Flavia Bernardes

O Ibope constatou que mais da metade dos brasileiros mudou a sua opinião sobre o uso da energia nuclear no País e no mundo, após o terremoto e do tsunami que assolaram o Japão. Segundo o instituto de pesquisa, o vazamento nuclear em Fukushima, gerado pelas catástrofes naturais, criaram um sentimento global de insegurança.

Para chegar a esta conclusão, o Ibope fez pesquisas em 47 países com a ajuda da  Worldwide Independent Network of Market Research (WIN). Perguntados se temiam a ocorrência de um incidente nuclear no Brasil,  57% dos brasileiros afirmaram estar muito preocupados ou preocupados.

Com o resultado, o Brasil figura como o 13º país mais preocupado, em um ranking liderado por Marrocos (82%), China (81%), Geórgia (77%), Territórios Palestinos (73%) e Quênia (72%). A média global dos preocupados é de 49%.

A informação é que 27% dos brasileiros afirmaram estar muito preocupados, 30% preocupados; 13% mais ou menos preocupados; 15% nada preocupados e 2% não responderam que não sabiam dizer como se sentiam.

Ainda segundo o estudo, 54% dos brasileiros são contra o uso de energia nuclear, como uma das formas de gerar eletricidade para o mundo. Antes do terremoto do Japão, 49% eram contra.

Mundialmente, 43% dos entrevistados são hoje contrários ao uso da energia nuclear.

Espírito Santo
Após o acidente nuclear no Japão, outro ponto também foi discutido no País. O vazamento radioativo em Fukushima, no Japão,  trouxe à tona o debate sobre a instalação de uma usina no Espírito Santo.

Discutida desde 1979, a construção de uma usina no Estado foi reforçada em meados de 2010, com a retirada do Estado de São Paulo da disputa pelo empreendimento, mas aqui, dizem os ambientalistas, a usina não é bem- vinda.

O primeiro obstáculo a ser enfrentado pelo empreendimento, segundo a Associação Capixaba de Proteção ao Meio Ambiente, é a indisponibilidade hídrica, considerado fator fundamental para manter os reatores constantemente resfriados.

Enquanto São Paulo saiu do páreo devido ao risco de contaminação do Aquífero Guarani, o Estado se mantém na disputa mesmo diante da indisponibilidade hídrica, já atestada pelo governo do Estado. Segundo os estudos da Eletro nuclear, especificamente os estados do Espírito Santo e de Minas Gerais estão entre as possibilidades para a construção de uma das usinas previstas pelo Projeto Nuclear Brasileiro para serem construídas até 2030 no Brasil.

No Espírito Santo, o sul do Estado está entre as áreas analisadas, mas, conforme já foi anunciado pelo governo do Estado, não há água suficiente na região para abastecer grandes empreendimentos. E, de acordo com informe do governo federal, em 2007, quando a construção das usinas nucleares voltou a ser debatida, para resfriar os reatores de uma das usinas de Angra dos Reis, é preciso “água, água e água”. E isso o Estado não tem, alertaram os ambientalistas.

Segundo o Greenpeace, o risco de a população aceitar uma usina nuclear implica impactos de liberação de radiação ao meio ambiente que não afeta apenas a população diretamente atingida na área. “A radioatividade perdura por várias gerações, tanto em organismos humanos quanto em terras que deixam de produzir alimentos ou servir de moradia a populações, como foi o caso em Chernobyl", disse o responsável pela campanha de energia do Greenpeace Brasil, Ricardo Baitelo, no site da ONG.

No Brasil, há atualmente duas usinas nucleares, um número irrisório se comparado ao Japão, que possui 55 plantas. Mas a informação é que o governo brasileiro planeja construir oito novas usinas nos próximos 20 anos. E, segundo o Greenpeace, um estudo com 40 locais que poderiam receber plantas nucleares  também vem sendo realizado pelo governo federal.

A informação é que, diante do grande potencial eólico do País, independentemente de qualquer ponto de vista – elétrico, econômico ou ambiental –, o Brasil não precisa de energia nuclear. Além de consumir muito dinheiro público e caminhar totalmente na contramão dos debates realizados em todo o mundo sobre as mudanças climáticas, tem o agravamento do problema do lixo radioativo, cuja produção é o principal impacto ambiental da energia nuclear, e que continua sem solução, em todo o mundo.

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Dag Vulpi

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