Nos
últimos quatro anos, transtornos mentais e comportamentais, como altos níveis
de estresse, foram a terceira maior causa de afastamento dos trabalhadores
brasileiros. Mais de 17 mil casos de concessão do auxílio-doença e da
aposentadoria por invalidez foram registrados entre 2012 e 2016 com este
motivo, segundo o Boletim Quadrimestral sobre Benefícios por Incapacidade,
divulgado parcialmente nesta quarta-feira (26) pelo governo federal.
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Os
dados fazem parte de uma pesquisa produzida pela pasta em parceria com a
secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, que trata dos benefícios
concedidos por incapacidade temporária e definitiva. De acordo com a
Organização Internacional do Trabalho (OIT), o estresse pode causar alterações
"agudas e crônicas" no comportamento dos empregados, principalmente
"se o corpo não consegue descansar e se recuperar" das atividades trabalhistas.
As
informações serão detalhadas nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do
Trabalho, que não revelou quais são a primeira e a segunda causas de
afastamento no trabalho tendo como base o boletim. O Dia Mundial em Memória às
Vítimas de Acidentes de Trabalho será lembrado na próxima sexta-feira (28).
INSS
Já
outro estudo divulgado esta semana, com base nos auxílios-doença concedidos
pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), revela que a dor nas costas é
a doença que mais afastou os funcionários de empresas em 2016, em especial no
setor público. Fraturas de perna e tornozelo, punho e mão estão entre a segunda
e terceira maior causa de afastamento.
Ocasionadas
por atividades repetitivas, as dores acabam afastando mais funcionários de
empresas públicas do que de privadas, seguido por trabalhadores de atividades
relacionadas ao comércio varejista, como supermercados, e do setor hospitalar.
Dos 2,5 milhões de afastamento do emprego registrados pelo INSS no ano passado,
116 mil tiveram a dor nas costas como motivação, e 108 mil, fraturas na perna
ou no tornozelo.