O
presidente do PSDB, senador Tasso Jereisati (CE), disse hoje (24) que o
parlamentarismo “é a bandeira oficial” de seu partido. “Mas não para agora, nas
eleições de 2018, porque não é solução para a crise, e sim como sistema
definitivo a partir de 2022”, acrescentou após participar de uma reunião com os
27 diretórios regionais do PSDB.
Tasso
negou que o partido esteja dividido apesar, de ele e outros parlamentares
tucanos já terem defendido a saída da base do governo. “O que temos são apenas
divergências. E continuaremos tendo porque não somos partido de pensamento
único. Não precisamos selar paz onde não há guerra”, disse ao final do
encontro.
O
descontentamento de alguns tucanos com a permanência na base do governo ficou
evidente desde o vazamento de gravações feitas pelo empresário Joesley Batista,
dono da JBS, com o presidente Michel Temer, e também com o senador Aécio Neves,
que se licenciou da presidência do partido para atuar em sua defesa.
A
insatisfação ficou ainda maior após o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot ter denunciado Temer por corrupção passiva. Aécio também foi denunciado
por corrupção e obstrução da Justiça.
Suposto pedido de afastamento
Tasso
disse não ter conhecimento sobre um suposto pedido feito pelo presidente Michel
Temer ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), para que o senador mineiro retornasse à
presidência do partido, afastando-o do cargo ocupado interinamente por Tasso.
“Só
ouvi falar disso, mas imagino que isso não tenha importância para o PSDB. E não
acredito que o Aécio participaria de uma discussão dessas”, disse Tasso. Aécio
se licenciou da presidência do PSDB após ter sido flagrado em uma gravação –
também feita por Joesley Batista – na qual combinava o recebimento de R$ 2
milhões, posteriormente entregues a Frederico Pacheco.