quinta-feira, 25 de junho de 2015

Regime, Sistema, Forma de Governo ou de Estado


Debate  sobre: Regime, Sistema, Forma de Governo ou de Estado


Dagmar Vulpi Antes, porém, considero pertinente fazermos uma consideração em torno do entendimento da distinção entre: Regime, Sistema, Forma de Governo ou de Estado. Pois, muitas das vezes, acabamos por misturar os alhos aos bugalhos por não compreendermos as diferenças entre eles. Para um entendimento razoável, sugiro que todos assistam ao vídeo abaixo que, apesar de ter apenas 1:03 min é bastante esclarecedor.



Agora que assistimos o vídeo e entendemos as diferenças, vamos ao que interessa.

Liberais clássicos veem o estado com desconfiança. Com efeito, alguns deles — dos quais Murray Rothbard e Hans-Hermann Hoppe são exemplos mais radicais — querem abolir o estado completamente.

Por mais convincente que sejam os argumentos a favor de uma ordem social inteiramente baseada na propriedade privada, o fato é que hoje vivemos em um mundo completamente estatal, com governos por todos os lados. Considerando-se então este fato, qual tipo de estado é o melhor? Se, como famosamente disse Albert Jay Nock, "o estado é nosso inimigo, qual regime seria o menos ameaçador?"

Jobel Ferreira Pensei algumas vezes sobre este tema, mas não cheguei a nenhuma conclusão, vejo qualidades e defeitos em todos os sistemas. 

Leonidea Mendes  Acho que qualquer sistema daria certo se as mentalidades das pessoas estivessem mais voltadas para um todo e não só para se.

Lúcio Flávio Carreço de Abreu O regime menos ameaçador seria o Anarquismo.

Dagmar Vulpi Certo amigos, pelo que pude entender, na visão do Jobel Ferreira não existe um sistema ideal. Já, a Leonidea Mendes, entende que o problema maior não está exatamente no sistema em si, mas sim no conjunto de elementos que o interconectam. Seria isso? 

Leonidea Mendes Neste momento eu prefiro um estado que proteja os mais frágeis.

Dagmar Vulpi O que mais se aproxima disso Leonidea Mendes, apesar de todas as falhas e críticas é o socialismo democrático. Ou a social democracia, que viria a ser a mesma coisa. 

Leonidea Mendes Sim e é por isto que apesar dos pesares estou com a Dilma. 

Jobel Ferreira Penso assim, Dagmar Vulpi, não existe um sistema que contempla toda a sociedade, não só em regime político, mas em tudo, sempre teremos pessoas descontentes em qualquer regime, penso que a função principal do estado é proteger os mais desprotegidos. 

Dagmar Vulpi  Certo Jobel, então você pensa como a Leonidea.

Delsio Ventura Não confundir o discurso, digamos, protetório, das consequências predatórias do populismo demagógico, per favore. 

Leonidea Mendes Demagogias à parte, este governo tem feito mais que os anteriores pelos mais desprotegidos. 

Dagmar Vulpi  Delsio, entendo perfeitamente sua crítica, para onde ela aponta e seu objetivo. Mas entendo que seria impossível um sistema que "privilegiasse" os menos favorecidos que não fosse visto como populista e demagógico. Vivemos numa realidade onde privilegiar, sejam os menos, ou os mais abonados, sempre será visto como populista.

Dagmar Vulpi  Delsio a proposta dessa postagem não é fazer críticas à forma como A ou B governam, mas sim chegarmos num entendimento de qual "seria" a melhor entre todas as possibilidades. Precisamos sair do vácuo que as ideologias têm nos imposto. Sem entrar nos méritos e deméritos dos últimos governos, penso não haver divergências quanto ao fato de que, tirando algumas iniciativas pontuais de cada um, o assistencialismo foi um ponto de convergência entre eles. Um deu o ponta pé inicial e o outro tabelou e fez aquilo que, para alguns, é um gol de placa, porém, para outros, é um gol contra. Aí depende em qual patamar da pirâmide social cada um daqueles estejam inseridos, Mas esta não é a proposta principal dessa postagem. O objetivo aqui é tentar entendermos qual SERIA o ideal, já que, o que vivemos nos últimos 50 anos não encontrou eco na maioria.

Leonidea Mendes Igualdade para todos seria impossível já que deve ser considerado o mérito, por outro lado se deixar os maiores engolem os menores. Acho que um social democrático é o melhor. 

Dagmar Vulpi Delsio, você já demonstrou ao longo do tempo que participa deste grupo, ser possuidor de uma grande capacidade colaborativa na obtenção dos objetivos por ele proposto. Seu conhecimento serpenteia entre os mais variados temas aqui trazidos a baila, logo, estou certo de que você poderá ser muito mais que apenas observador neste debate. 

Delsio Ventura Grato, Dagmar, pela deferência. A admiração é recíproca, então. Vou tentar, na medida em que possa. 

Celio De Jesus Ribeiro O Estado é um leviatã, do qual sempre devemos desconfiar e do qual devemos ter instrumentos institucionais para fiscalizar e nos defender. Mas o Estado é um mal necessário, criado através do processo civilizatório. Bem ou mal, mesmo que imperfeitamente, o Estado faz a mediação entre interesses conflitantes e evitando que a lei do mais forte impere com toda a intensidade. Então, a priori, rejeito totalmente a ideia da inexistência do Estado, porque aí a tirania dos mais fortes sobre os mais fracos atingiria a mais alta intensidade. Ao contrário do que alguns preconizam ou iludem-se, a ausência de Estado criaria uma concentração de poder inimaginável, algo semelhante a um feudalismo cibernético. Penso que um Estado ideal garanta a liberdade dos cidadãos, uma liberdade factível e não uma liberdade total, porque essa é utópica. Deve garantir o direito à livre iniciativa e também não interferir em assuntos de foro íntimo dos cidadãos. Também deve ter mecanismos que atenuem as diferenças socioeconômicas, para garantir a manutenção de uma sociedade coesa, estável e harmônica, dentro dos limites possíveis. E também deve possuir mecanismos institucionais para que os cidadãos tenham uma efetiva condição de fiscalizar e interferir nas decisões governamentais. Em resumo, algo semelhante à social-democracia escandinava. 

Jobel Ferreira Em algumas coisas que você pensa ser de foro intimo, até porque conheço algumas de suas opiniões, e as mesmas dizem respeito a grande maioria da população, quanto a isto pensamos diferente, Celio, tem coisas de foro íntimo, mas que trazem prejuízo aos demais, nisto discordamos, mas faz parte.

Celio De Jesus Ribeiro Precisamos pensar no atacado, no conjunto da obra, Jobel Ferreira. Se cada um quiser um Estado que atenda os seus próprios gostos e as suas preferências, e as imponha aos outros, continuaremos com o que temos.

Jobel Ferreira  Mas alguns não entendem, desviam-se do foco da postagem, não perdem uma oportunidade para fazer criticas a este ou aquele partido, esta postagem não tem esta finalidade.
Mas Celio, Penso que não devemos impor a ditadura da minoria. 

Celio De Jesus Ribeiro  Algumas pessoas estão programadas para criticar A ou B, sem pensar e sem entender o mundo a sua volta.

Jesse Cunha Acredito que deve ter gente, nos meios jurídicos, que para sobreviverem dentro de certos contextos, acabam se projetando num "anarquismo" que facilita a convivência ali. 

Luciano Hee Chul Oh Eu sou a favor do equilíbrio diminuindo a participação atual. Hoje o Estado se transformou em um monstro e ao mesmo tempo não tem como abolir o Estado, até índio tem o chefe da tribo. O problema do Brasil é o quanto esse Estado esta crescendo e se tornando um problema, parecem uma cobra comendo o próprio rabo. E para piorar falta educação se tivéssemos educação teríamos políticos de verdade, hoje não temos isso. Um Estado que recolhe 1,5 trilhões no ano e não sobra dinheiro, pior precisa de mais, é no mínimo estranho. O Estado deveria ser um regulador, aliás uma prática que já vem ocorrendo de forma lenta e gradual, afinal de contas o que são as concessões mas o estranho é que mesmo assim o Estado continua inchando, tiram de um lado e repõe o dobro do outro, resumindo hoje os funcionários públicos que trabalham estão perdendo seus empregos e os que não trabalham se multiplicam. 

Joel Nascimento Tenho a Suécia como Exemplo de sociedade justa. 

Eduardo Alves  O menos ameaçador é aquele em que o povo tem o poder de opinar participar e ainda tirar bandidos do poder.

Celio De Jesus Ribeiro Rubens Santana, acredito que este tópico atenda a sua expectativa.

João Cirilo  Eu não consegui entender que debate poderia ensejar um vídeo curto explicando regime, sistema de governo e sistema político. Que discussão isso pode gerar?

Rubens Santana  Não é nada disso, Eduardo Lopes. Não questiono aos debates em si, apenas gostaria de ver algo mais substancioso e prático, surgir deles. Acho que são importantes pelo fato da exposição de diversos ângulos. Mas falta gerar algo de ajuda para o entendimento de nossa realidade atual. Alguma base para seu entendimento. Senão ficaremos eternamente a debater sobre factoides.

Eduardo Lopes Eu creio Rubens Santana, que aqui só colocamos nossas opiniões, mas por mais certo que você esteja ninguém muda a própria. Alguém já disse que estamos num boteco virtual, parece bem verdade. Talvez, com o decorrer do tempo, estes grupos possam ter alguma voz e assim influenciar no dia a dia da política. Por enquanto, brigamos entre nós, porém, sem resultados. Poucos são demovidos de seus interesses, falta=lhes opinião formada. Outros nunca sairão de seu casulo, nele colocado ou a seu bel prazer se colocado.

Dagmar Vulpi  Eduardo Lopes concordo com boa parte do seu comentário, inclusive, gostei bastante da comparação com um "boteco virtual", mas considero sim a possibilidade de haver mudança de opiniões, ao menos a dos mais esclarecidos.

Eduardo Lopes Posso não estar entre os mais esclarecidos, e também a opinião sobre o boteco virtual não é minha, mas há de concordar que só nos digladiamos sem nenhum consenso. Temos aqui uma nova realidade, virtual, mas realidade. Com o tempo e avanços tecnológicos, seremos a opinião. Ou opinaremos. 
 
Celio De Jesus Ribeiro Eu não sou petista, defendo a iniciativa privada, defendo a democracia, defendo a liberdade, agora preciso mudar como? Defender as bandeiras desta oposição de direita ignorante? E o Eduardo Lopes está aberto a mudar de opinião? 

Eduardo Lopes Sempre que me mostrar o correto caminho a seguir, caminho suave, sem entraves, sempre aberto a isso. Mas Dagmar, como vamos mudar as opiniões "dos mais esclarecidos" se assim já o são? 

Dagmar Vulpi Eduardo Lopes, entendo que ser esclarecido não é exatamente ser o conhecedor de toda a verdade, mas sim aquele que esta um degrau acima de muitos e alguns degraus abaixo de outros tantos. 

Eduardo Lopes Muito bem colocado Dagmar Vulpi, ele ainda não é perfeito por assim dizer mas tem coerência e sabedoria suficiente para entender. 

Rubens Santana Claro que sim. Mas é preciso ir além dos debates. Ver o que fica de consenso. Roberto Freire acabou de resolver todos os nossos problemas: propõe o parlamentarismo. Será que ele acredita realmente nisto? 

“Mas uma vez irei concordar em parte, pois digladiar por não haver consenso não é uma premissa do grupo, existem outras formas de debate bem mais eficaz e menos truculenta. Para haver consenso terá que existir antes de tudo BOM senso. Rss” - Dagmar Vulpi 

“O parlamentarismo não resolve todos os nossos problemas, mas é um sistema de governo mais adequado para resolvermos uma parte de nossos problemas.” - Celio De Jesus Ribeiro 

“Acha que nos contentaríamos com isto? Precisamos avançar na direção de construir uma ideia de política que saísse de ampla discussão. Aqui é um começo, sim.” - Rubens Santana 

Sim Rubens Santana, é o norte. Como expandir isso?” - Eduardo Lopes 

“Eu entendo que a adoção do parlamentarismo permitirá uma completa separação entre governo e Estado, o que diminuirá significativamente a promiscuidade entre a atividade político-partidária e a administração pública. Sem contar que governos caem quase que automaticamente quando ocorrem impasses ou escândalos no governo. E ainda permite uma real profissionalização do funcionalismo público, porque acaba a existência de cargos de confiança.” - Celio De Jesus Ribeiro 

“E assim, com qualquer outra ideia sobre reforma política. Precisamos construir uma ideia do que queremos para ela. O ponto de vista da população ou grupos dela. Senão ficaremos a discutir factoides.” - Rubens Santana 

“Eduardo Lopes, a questão não é mudar a opinião alheia mas criar pontos de convergência, o que talvez implique em abdicar-se de algumas posturas mais extremistas. Não da para criar convergências sem abrir mão de certas ideias. E há muita coisa que tanto interessa à direita como à esquerda. Não dá para ficar neste maniqueísmo louco, em que tudo do lado adversário está errado e tudo do nosso lado está certo. Aqui ele é apenas alguém que ainda não entendeu o espírito deste tópico, inclusive enunciado na postagem inicial.” - Celio De Jesus Ribeiro

“Com o clima e congresso que temos, alguém espera que saia algo que nos faça avançar enquanto forças populares?!” - Rubens Santana 

“Mas se nós não debatermos aqui na base, como as pessoas terão discernimento e ideias para escolher melhor os nossos representantes? Para sermos ouvidos, precisamos ter mais discernimento na escolha de nossos representantes. E também um sistema eleitoral que proporcione um parlamento mais representativo da população e com os representantes sob uma maior fiscalização por parte de seus eleitores.” - Celio De Jesus Ribeiro 

“Esta é a ideia deles meu caro Rubens Santana, ou seja, que continuemos a morrer abraçados aos nossos ideais, afinal, para eles pouco importa o ideal do povo. É nesse ponto que, enquanto povo, e ainda que seja somente fazendo fumaça, é que devemos seguir no propósito de mostrar alternativas. Ainda que em espaços como este.” - Dagmar Vulpi 

“Através do diálogo encontra-se muitos pontos de convergência. Por exemplo, é extremamente necessária a implantação de um sistema excelente de educação pública e universal, que forme cidadãos conscientes e competentes. Sem isso não tem como baixar a criminalidade e nem conseguir um crescimento econômico consistente. Acredito que é algo que interessa aos empresários e aos trabalhadores, à direita e à esquerda.” - Celio De Jesus Ribeiro 

“O que está acontecendo, e muito, é que os esquerdistas viram seu socialismo fracassar miseravelmente, viram suas ideias provocarem genocídios terríveis, causar a derrocada econômica de nações inteiras e trazer dor e desespero cujas cicatrizes sangram ainda hoje. Isso tudo apesar dos alertas dos capitalistas, liberais e conservadores, terem avisado o tempo todo que ocorreria. Então agora eles estão intencionalmente criando uma confusão dos diabos. Estão querendo assumir prerrogativas que nunca foram deles, como a Democracia, a Liberdade e a Livre Iniciativa. Não querem intencionalmente, admitir que o capitalismo e doutrinas que funcionam dentro dele (liberalismo e conservadorismo) não se divide em partes, mas é um todo completo e complexo. Para que o capitalismo funcione ele precisa estar no meio, entre a opressão e a libertinagem, ele precisa da ética judaico cristã, precisa de regras pra permitir a liberdade, precisa de um governo comprometido com um Estado livre e democrático, precisa de um Estado Democrático de Direito forte, eficiente e desinchado, entre outros elementos. Precisa fazer ao contrário do que insinuou Marx: precisa adotar uma posição individualista por reconhecer a heterogeneidade da sociedade, ou seja, reconhecer que as pessoas não são e nem querem ser iguais. Essa visão social, ou no atacado, da esquerda, é uma das maiores causas de seu completo fracasso. Entre outros tantos elementos que são partes indissolúveis de um todo e a retirada de qualquer desses elementos levará, mais uma vez, ao fracasso total. E é isso aí... Se querem um sistema que FUNCIONE, escolham uma combinação de capitalismo, liberalismo e conservadorismo. O resto já foi tentado e falhou miseravelmente.” - Neoli G. da Silva 

“Exatamente opostos! Mas o dilema é: defenderemos os nossos ou nos contentaremos com os deles? Pelo que observo nos debates aqui no grupo (boteco), temos mais pontos em comum entre nós, apesar de algumas teimosias, do que entre nós e os políticos.” - Rubens Santana

“É muita ignorância imaginar que particulares poderão fazer um bem social, até porque a historia universal nos mostrou e mostra com uma realidade incrível que as pessoas como indivíduos querem o PODER para se desfrutar dele. O estado é a única coisa capaz de propiciar um equilíbrio entre o capital e o trabalho.” - Carlos Mourão

“Qual a diferença hoje entre uma monarquia do século XVII e o Banco Morgan nos EUA? Eu diria que o banco tem muito mais poder de fogo do que uma monarquia do passado porque as monarquias ainda precisavam de certos amigos e o Banco não precisa de amigo nenhum.” - Carlos Mourão

“I - OS SISTEMAS POLÍTICOS Todos os sistemas políticos têm suas vantagens e desvantagens. A ciência é encontrar em qualquer um deles, mais vantagens do que desvantagens.

Se olharmos para as formas de governo (monarquia, república, parlamentarismo ou presidencialismo), ou os sistemas de governo (parlamentarismo ou presidencialismo), ou ainda a forma de Estado (unitária ou federada), iremos encontrar exemplos bons em todos os lugares.

Parece-me que o melhor sistema político (aqui utilizado no sentido de organização de Estado através de suas instituições) é o Presidencialismo Republicano.

A República, invenção norte-americana, é a melhor forma de governo porque distribui competências aos Estados, mantendo o Governo central com competência residual (ao contrário da nossa república, que faz justamente o contrário no ponto principal da forma idealizada no Século XVIII).

O Presidencialismo pressupõe um Executivo forte, enquanto que o Parlamentarismo pressupõe um Legislativo forte, que indicará um primeiro ministro que tocará os assuntos de Estado.

Esse homem forte ficará por lá até gozar da confiança do parlamento, quando pode ser derrubado sem traumas, nomeando-se outro em seu lugar, ou seja, o "impeachment" é coisa corriqueira nesses lugares.

Os Estados parlamentaristas são aqueles com longa tradição democrática, mas com fortes raízes monárquicas, e não é à toa que o exemplo maior é o Reino Unido, com sua democracia, embora ainda bastante imperfeita, ascendendo ao século XIII.

As nações mais jovens, nascidas ao empuxo das Revoluções dos séculos XVII e XVIII, calçados na igualdade dos homens e na repulsa à divinização do poder, imaginaram um jeito mais democrático de resolver a questão, confiando um mandato temporário ao homem que guiaria os demais.

E, talvez já sabedores de que onde todo mundo é muito igual e ninguém é nada, resolveram que um dos iguais seria desigual, dando-lhe, por voto, essa desigualdade política em um determinado lapso de tempo.

Conhecendo nossas tradições, conhecendo nossa gente e nossos políticos, estaríamos num lodaçal se tivéssemos o sistema de governo parlamentarista, por sinal afastado pelo povo em duas oportunidades (1993 e 1961).

Portanto, sou a favor da República (na sua concepção original, que fortalece os Estados e onde os municípios não são entes republicanos), do Presidencialismo (com regras sérias a serem seguidas em caso de atropelos à lei, afastando-se sem delongas o presidente faltoso).

 II - O PODER DO ESTADO: E o Estado em si, deve ser forte ou fraco? Deve atuar em tudo, ser gigantesco e tudo controlar e engolir, ou deve se manter à margem, deixando que os cidadãos sejam livres e fortes?

Estado centralizador sob todos os aspectos tivemos no final da Idade Média e por toda a Idade Moderna, o que se mostrou desastroso, porque toda essa gama de poder era voltada às mãos de um só, sem nenhum respeito pelos direitos dos súditos.

Então, de pronto, o Estado deve ser bitolado de modo a respeitar os direitos dos cidadãos, deve, a par de instituições fortes para reprimir os abusos, ser tolerante politicamente.

Mas, e economicamente?

Não sou favorável ao Estado mínimo onde na verdade é um colosso omisso nas mãos da iniciativa privada que utiliza da liberdade quando lhe convém, mas passa o pires sem o mínimo escrúpulo quando a coisa aperta, como ocorreu desde o final do Século XIX até a famosa quebra da bolsa de NY, em 1929.

O Estado deve ser forte, mas pequeno, deve ser firme, mas em poucas áreas, deve ser atuante, mas restritivamente.

Numa verdadeira República o poder central é pequeno por natureza e se importa com as questões estruturais do Estado, no que já resolvemos boa parte da questão.

Deve se ocupar com a estrutura do país, com as bases onde a iniciativa privada possa trabalhar e agir à vontade. Deve interferir o mínimo possível nos mercados, no câmbio, nas manipulações de toda a sorte, o que até será possível, porque sendo restrito, não terá muito como gastar, e, gastando pouco, não causará déficit, ou se causar, será em forma de investimento e não pagamento de dívidas impagáveis contraídas justamente para alimentar o dragão.

O Estado deve patrocinar a Educação, a Saúde e a Segurança Pública de maneira tão eficiente, que sem obstar a concorrência de particulares, toldem a iniciativa deles pela sua presença eficaz.

Deve se ocupar com a infra Infraestrutura (transportes rodoviários, ferroviários e aquaviários) maciçamente, aceitando investimentos privados, fazendo parceria com a iniciativa privada, mas investindo firme e forte nessas ações, sendo o verdadeiro líder delas, ficando a iniciativa privada em segundo plano.

E o sistema financeiro?

Deve controlá-lo com mãos de ferro. Penso sinceramente que nenhum país verdadeiramente livre e democrático pode conviver com bancos que faturam o que os brasileiros faturam, que suguem o que os bancos brasileiros sugam, que vivam de emprestar dinheiro a um Estado falido ao mesmo tempo em que arrocham qualquer atividade produtiva com juros espetaculares, aproveitando a inércia e a incapacidade do Estado em lidar com o índice.

Aliás, um Estado pequeno sob o ponto de vista do inchaço terá pouco interesse em valer-se dos bancos, razão pela qual terão que disputar mercado livremente, o que forçosamente os trará ao nível da realidade.” - João Cirilo 

“João Cirilo, gostei de seu comentário porque você colocou suas opiniões sobre as questões propostas. Tenho algumas discordâncias e algumas discordâncias, que apresentarei, ponto a ponto. E nem teria como ser de outra forma, porque seu comentário é longo e aborda várias questões.”

Conforme dizia o Chico Picadinho, vamos por partes: Estado centralizador sob todos os aspectos tivemos no final da Idade Média e por toda a Idade Moderna, o que se mostrou desastroso, porque toda essa gama de poder era voltada às mãos de um só, sem nenhum respeito pelos direitos dos súditos. O Brasil é um país com imensa área geográfica e esta circunstância indica que o melhor sistema é o federativo, com a divisão em estados federados. Seria impraticável um estado unitário, modelo que funciona adequadamente em países com pequena área geográfica.

A República, invenção norte-americana, é a melhor forma de governo porque distribui competências aos Estados, mantendo o Governo central com competência residual (ao contrário da nossa república, que faz justamente o contrário no ponto principal da forma idealizada no Século XVIII).))))) A república é uma invenção dos romanos, ou talvez dos gregos, e independe da natureza federada ou unitária do Estado. Nosso sistema é federativo mas apresenta uma série de distorções nos sistemas tributário e nas responsabilidades de cada ente da União.

O Presidencialismo pressupõe um Executivo forte, enquanto que o Parlamentarismo pressupõe um Legislativo forte, que indicará um primeiro ministro que tocará os assuntos de Estado. Atualmente a tendência é de que os executivos acabem tendo certa preponderância sobre o legislativo. Mas não existe esta correlação apresentada. O executivo tende a ser forte tanto no presidencialismo como no parlamentarismo. No parlamentarismo nem existe espaço para parlamentares indicarem pessoas para ocuparem cargos na administração pública.

Os Estados parlamentaristas são aqueles com longa tradição democrática, mas com fortes raízes monárquicas, e não é à toa que o exemplo maior é o Reino Unido, com sua democracia, embora ainda bastante imperfeita, ascendendo ao século XIII. Suécia, Noruega, Islândia, Dinamarca, Reino Unido, Espanha, Japão, Canadá, Austrália, Holanda, Bélgica, entre outros, são monarquias parlamentaristas. A Finlândia é uma república parlamentarista. Por acaso, quase todos estão entre os países com maiores índices de IDH e de democracia. Então convém tê-los como referência quando se pensa em aprimorar as nossas instituições.

Ainda não vi fundamentos que sustentem que o presidencialismo é o melhor sistema político e de que estaríamos num lodaçal, caso estivéssemos sob o regime parlamentarista. Ao contrário, sob o parlamentarismo é menos traumático para superar e equacionar crises. Até a Itália, naquela bagunça toda, tem se saído bem com seu regime parlamentarista.” Celio De Jesus Ribeiro

“Certo, Dagmar Vulpi, penso que seja esta a proposta e pelo jeito é mesmo, porque o Celio De Jesus Ribeiro já tratou de criticar vários pontos, o que é bom.

Vamos a algumas considerações.

Quando me referi a estado centralizador no primeiro caso, eu fui infeliz porque dei a entender uma coisa pensando noutra. Não imaginei centralização política, e sim no sentido de distribuição de direitos.

Centralização foi no sentido de fortalecimento de uma figura - no caso o rei - em detrimento do restante do povo e das instituições. Não foi por outra razão que eu escrevi que isso vigorou por toda a Idade Moderna e não deu certo.

Não me referia à forma de governo.

De qualquer sorte, não me sinto á vontade para concordar com o raciocínio do Celio De Jesus Ribeiro quando diz das dimensões geográficas do país, onde não caberia o Estado unitário: a URSS e a China são dois exemplos de estados unitários muito maiores do que o Brasil.

Correto o reproche. Efetivamente a República é invenção romana e não norte-americana. Quero crer, porém que a maneira como essa República ocorre no dia a dia é coisa de americano. A ideia de poder central com competência residual e divisão em Estados com grande carga de poder, inclusive em questões delicadas como tributação e direito penal, quer me parecer que seja coisa recente, até porque em Roma, por maior que fosse seu Império dirigia-se afinal de contas uma cidade, que por extensão dirigia outras.

Quando você diz que no parlamentarismo atual a tendência é que os executivos tenham certa preponderância sobre os Legislativos, quer me parecer que seja algo novo, como o semi-presidencialismo, onde o presidente eleito divide com um primeiro-ministro e seu gabinete a responsabilidade de governo, pelo que não é uma figura eminentemente decorativa como ocorre com o parlamentarismo puro.

Particularmente não vejo nessa fórmula grandes avanços em relação ao presidencialismo, desde que com regras firmes e faticamente igualitárias de competências para o Presidente e para as duas casas do Legislativo federal.

Quando você mostra o sem número de países que estão entre os de IDH mais altos como parlamentaristas, mostra também que estão todos na Europa e que todos eles sofrem aquela influência direta da desigualdade imanente entre a pessoa do príncipe e o povo em geral, e por vias transversas parece concordar com o meu comentário, alimentando-o com exemplos.

O que parece ser confirmado ainda porque nenhum dos exemplos acodem os países ocidentais, justamente aqueles onde eu disse que vinham de uma experimentação diferente, mais democrática e humanista, ao contrário dos outros.

Particularmente não sei se o presidencialismo é melhor do que o parlamentarismo, como também não sei o inverso, que você defende.

Penso que antes de pensarmos em parlamentarismo seria necessário desenvolvermos plenamente o presidencialismo, coisa que até agora a gente não fez.

As Constituições brasileiras republicanas, todas elas centralizadas no modelo norte-americano tratam o Executivo com uma deferência muito grande em relação aos outros poderes da república, mas como o papel aceita tudo, não pode prever presidentes títeres ou pusilânimes, ocasião em que tudo se degringola.” - João Cirilo 

“João Cirilo, quero deixar claro que estou divergindo de você mais no sentido de contrapormos nossas opiniões e enriquecermos o debate.

Quanto à centralização, fica esclarecida a questão e temos opiniões semelhantes. Quanto à Rússia e a China, não são Estados unitários. A Rússia é uma federação e a China é composta de 22 províncias, 5 regiões autônomas e parece-me que 4 municípios com condições especiais (Hong Kong deve ser um deles).

João Cirilo, eu vejo algumas vantagens no parlamentarismo e elas estão enunciadas num comentário que fiz antes de você iniciar sua participação neste tópico. Gostaria que você lesse esse comentário para podermos debater estes pontos que imagino que sejam vantajosos. Independentemente de qualquer coisa, penso que o parlamentarismo deveria ser mais debatido, até porque ele é praticamente desconhecido para nós e poucas pessoas têm uma ideia mais precisa sobre como funciona. Aliás, o Brasil foi parlamentarista durante a vigência da monarquia e este sistema funcionou relativamente bem naquele período. - Celio De Jesus Ribeiro 

“Mas não é exatamente esta a ideia, Celio De Jesus Ribeiro, de divergir para enriquecer o debate”? Contrapor opiniões justamente para este fim?

Centralização, correto, opiniões concordes.

Sobre a China e URSS (note não citei Rússia) eu mais ou menos imaginava que você iria dizer isto, mas eu escrevi de propósito: essas províncias e regiões autônomas são, 'mutatis mutandis' o mesmo que eram os estados ao tempo do Estado Novo, sem grande poder, ficando o poder mais centralizado ainda do que é no Brasil.

O que eu quis dizer chamando esses dois gigantes territoriais ao exemplo é que o tamanho em si não tem muita importância, já que você defende que o tamanho é crucial para a unidade: para mim o que realmente determina é a força do poder central.

Quando o estado tem pendores comunistas (ou mesmo fascistas) tem tendência a centralizar tudo e comandar tudo, independentemente do tamanho dele.

É o que eu penso, pelo menos sempre pensei.

Quanto ao comentário específico eu não achei, Celio De Jesus Ribeiro. Noto que há uma série de comentários seus ferindo os mais variados temas e eu não consegui achar aquele que você explicitamente se refere. - João Cirilo 

“Os confederados atacaram as forças da União, na Guerra de Secessão, Celio, não se esqueça. Foi ISSO que deu início à guerra.” - Antonio Renato Arantes Cançado

“João Cirilo, Concordo com tudo o que escreveu a respeito do Estado, explicou com clareza o que eu escrevi de modo tosco rsrsrsrsrs.” - Luciano Hee Chul Oh 

“João Cirilo, a integridade da federação brasileira é cláusula pétrea da nossa constituição.
foi esse comentário: Celio De Jesus Ribeiro Eu entendo que a adoção do parlamentarismo permitirá uma completa separação entre governo e Estado, o que diminuirá significativamente a promiscuidade entre a atividade político-partidária e a administração pública. Sem contar que governos caem quase que automaticamente quando ocorrem impasses ou escândalos no governo. E ainda permite uma real profissionalização do funcionalismo público, porque acaba a existência de cargos de confiança.” - Celio De Jesus Ribeiro 

“Antonio Renato Arantes Cançado, os confederados atacaram forte da União situado na Carolina do Sul, território confederado. A guerra aconteceu porque o Norte não aceitou a secessão dos estados do Sul.” - Celio De Jesus Ribeiro

“Luciano Hee Chul Oh, desculpe, meu amigo, não li nada de ninguém antes, cheguei e escrevi o que achava. Do contrário certamente o teria citado nos pontos em que convergimos, pelo jeito, muitos.
Os motivos pelos quais começaram a guerra da secessão é porque basicamente o norte não aceitou a separação sulista, mesmo. De um jeito até voado, mas nem por isso inexato, "E o vento levou" dá alguma dica nessa direção.

Para meu entendimento, importa reter que não houve interesse do norte em o sul se separando, o estopim não me parece seja o ponto mais relevante aqui.
Como bem disse o Neoli G. da Silva, o fato de haver "cláusula pétrea" impedindo a separação, embora com uma redação um tanto quanto trôpega, a primeira coisa que a secessão causaria seria justamente a ruptura constitucional, razão pela qual o fato dela ser ou não cláusula pétrea é de somenos importância.

Petrificado ou não o preceito, insta notar que dificilmente o país como um todo admitiria pacificamente uma divisão norte-sul, por exemplo, Celio De Jesus Ribeiro.” - João Cirilo

"Celio De Jesus Ribeiro). Eu penso que tudo isso que você aponta como solução no parlamentarismo poderia ser feito também no presidencialismo, sem susto.

Para evitar a promiscuidade, reforma política bem feita, começando por extinção de partidecos de aluguel, o sistema tosco do quociente eleitoral que permite não só a eleição do Tiririca, mas principalmente a quantidade de gente que ele puxa sem voto nem para ser sindico de prédio, da diminuição do poder econômico nas eleições com campanhas mais baratas (o Dagmar Vulpi deu uma sugestão excelente sobre isso no post anterior dele), um sistema de representação ideal com o voto distrital.
No sistema presidencialista também os presidentes poderiam (ou deveriam) cair "automaticamente" quando houvesse infração à Lei. E o caso das "pedaladas fiscais" estivéssemos nós numa democracia séria e madura, já era motivo de impedimento da Dilma, que cairia também sem problemas, à vista da ilegalidade flagrante.

Cargos de confiança extintos com o parlamentarismo? Por que? Não vejo relação de causa e efeito quando por detrás de tudo está o ser humano: qual a função do "nepote", parente do papa feito automaticamente cardeal só por esta questão familiar?

Moral da história; tudo o que fizermos no Brasil será em vão se não houver corte cerce, se não houver edificação nova sobre novas estruturas.” - João Cirilo 

“Sobre presidencialismo, republica, etc, etc, no plebiscito optei presidencialismo, republica...na época era um garoto nem sabia o que estava fazendo...hoje votaria igual e continuo não sabendo se é o melhor. República sem dúvida. quanto a presidencialismo ou parlamentarismo, ambos tem vantagens e desvantagens fico propenso ao presidencialismo pois a vantagem do parlamentarismo pode ser um tiro no pé e do jeito que a população vota sem noção alguma vejo ai um certo perigo, talvez parlamentarismo funcionaria se a população tivesse a educação necessária para tal e o voto não fosse obrigatório. Deixando claro que sou raso nesse assunto. Não sei tanto da história e tão pouco o regime dos outros países.” - Luciano Hee Chul Oh 

Você votaria igual e continuaria sem saber se era melhor ou pior, Luciano Hee Chul Oh e votaria de qualquer forma, certo para suas convicções, errado para o país.

Porque não é mudando o nome das coisas que as mudamos. Nome é apenas um rótulo que botamos nos seres, nas instituições, nas coisas.

O que importa são atitudes. E você acha que haveria alguma atitude positiva fosse qual fosse o regime?

Tudo seria bom e aceitável se tivéssemos, em primeiro lugar, um país educado, com pessoas sabendo para onde aponta os respectivos narizes.

Pergunto, neste pós importante, quantas pessoas comentaram, deram suas opiniões com algum fundamento?

Vá naqueles de fofocas onde o pessoal fica colando memes pró coxinhas e pró pastéis pra você ver como rendem.” - João Cirilo 

“Nisso eu concordo 100% "Porque não é mudando o nome das coisas que as mudamos. Nome é apenas um rótulo que botamos nos seres, nas instituições, nas coisas." Primeira coisa que precisamos para aprender a não comer do que dão! Não ficar preso a nomes. Eu os chamo de convenções! Fato!

Tem razão quanto a não comentarem esse post, a ignorância é confortável e aconchegante. Mas para aprender é preciso errar e passar vergonha. Em tempos de mídia social, passar vergonha é algo inadmissível, mesmo que o façam repetidas vezes sem sabê-lo, afinal de contas essa também é uma característica da ignorância.” - Luciano Hee Chul Oh 

“No presidencialismo, o presidente é chefe de governo e chefe de Estado. No parlamentarismo, o primeiro ministro é apenas chefe de governo. E o chefe de Estado é um monarca ou presidente da república. Só essa separação, que possibilita a profissionalização do serviço público e evita a descontinuidade administrativa a cada mudança de governo, já nos traz benefícios. O chefe de Estado é um cargo simbólico, chegando ao ponto em que o chefe de Estado da Austrália e do Canadá é o monarca britânico. No caso atual, é a rainha Elizabeth.

Além de evitar a quebra da continuidade administrativa, evita a existência de cargos de confiança, artifício pelos quais políticos e partidos indicam indivíduos para ocupar cargos de chefia, normalmente incompetentes administrativa e tecnicamente mas treinados para roubar o dinheiro público.

E chefe de Estado quase sempre é, nas repúblicas, um político mais idoso e respeitado pela maioria. Na Itália, por exemplo, teve Sandro Pertini como presidente, que era socialista, beirava os 80 anos e tinha o respeito da imensa maioria do espectro político.

João Cirilo, este tópico aqui tem mantendo-se no mais alto nível de conversa. Erros e acertos fazem parte de nossa existência. O importante é trocar opiniões. Eu sou favorável ao parlamentarismo e procuro expor o que conheço sobre esse sistema, porque noto que ainda existem ideias equivocadas e falta de informações sobre este sistema. Tanto o parlamentarismo quanto o presidencialismo são sistemas tocados por seres humanos e sujeitos às fraquezas humanas. Quanto a isso, penso que o parlamentarismo é mais flexível e permite correções e adaptações de forma mais rápida e menos traumática. Por exemplo, imagino que se fosse primeiro-ministro, Lula teria caído rapidinho quando estourou a crise do mensalão. Isto é, se tivesse ocorrido o mensalão, porque como o governo não teria o controle da administração pública e nem das estatais, seria muito mais difícil construir aquele esquema de saque ao dinheiro público. -  Celio De Jesus Ribeiro 

1. Eu não consigo ver causa e efeito entre parlamentarismo e "profissionalização do serviço público", Se assim fosse, os EUA, presidencialista por excelência, teria um serviço público abaixo da crítica, enquanto a Itália, por exemplo, que é parlamentarista, teria um serviço público de excelente qualidade.

2. O chefe de Estado é um cargo simbólico nos parlamentarismos puros, o que eu concordo, Celio De Jesus Ribeiro, valendo dizer que é absolutamente nulo na condução dos negócios pelo primeiro ministro: então, no rigor das formas, seria melhor que nem existisse, porque é um apêndice inútil e gastador, por menos que gaste (e não é pouco).

3. Penso que não há uma relação direta também entre o nepotismo e o presidencialismo. Não vejo como a mudança pura e simples da forma de governo tenha o condão de repelir essas mazelas, mas acho que isso depende de normas rígidas seguidas rigidamente, e não vejo porque daria certo no parlamentarismo no Brasil se não dá no presidencialismo, que tem até súmula vinculante do STF a respeito, que não vincula nada. Por que mudando o rótulo mudaríamos a mentalidade?

4. O fato de a pessoa ser idosa e respeitável é algo consigo mesma, porque há velhos parlapatões , da mesma forma que há jovens que se dão ao respeito. Não vejo como possa refletir nos negócios do Estado a cor do cabelo.

5. "Tanto o parlamentarismo quanto o presidencialismo são tocados por seres humanos e sujeitos às fraquezas humanas", diz vc, e diz com inegável acerto, portanto eu insisto que a mudança de "status" por si não muda nada se mantivermos as mesmas pessoas com os mesmos poderes e com os mesmos vícios.

6. Não sei se concordo inteiramente com a assertiva da saída do Lula quando estourou o Mensalão, primeiro, porque ele tinha forte apoio popular e até mesmo um gabinete parlamentarista não está infenso à popularidade do Primeiro Ministro; segundo, porque contou com leniência da oposição imaginando que temperatura do escândalo iria fritá-lo (talvez calculando que os "companheiros” iriam roer a corda, o que nunca aconteceu).

7. Ou seja, voltamos novamente ao ponto inicial que exige para tudo vontade política transformadora. Como costumo dizer, não é possível uma reforma mantendo-se os mesmos ursos e os mesmos potes de mel. Para haver efetiva produtividade e eficácia nas mudanças - podem até ser parlamentaristas, não me oporia - seria necessário uma desconstrução do que existe e a construção de algo novo. Pôr abaixo o edifício carcomido que temos para edificar um novo, a partir do alicerce.

8. Não vejo interesse nisso em nenhum dos membros dos 3 Poderes.

9. Por fim, concordo inteiramente, o tópico é para ser levado em alto nível para oportunizar debates o mais possível esclarecedores. Pena que estamos monopolizando a coisa, interessante seria se mais pessoas dessem seu contributo. - João Cirilo 

1. Eu não consigo ver causa e efeito entre parlamentarismo e "profissionalização do serviço público", Se assim fosse, os EUA, presidencialista por excelência, teria um serviço público abaixo da crítica, enquanto a Itália, por exemplo, que é parlamentarista, teria um serviço público de excelente qualidade.//João Cirilo, aqui você está comparando serviço público de um país presidencialista, maior potência econômica do planeta e de formação anglo-saxã com um país parlamentarista e latino. Que tal comparar o serviço público americano com o serviço público canadense ou inglês, só para ficar no mundo anglo-saxão? Ou então, que tal comparar o serviço público de qualquer outro país presidencialista com o serviço público alemão??? Se quisermos debater com a finalidade de esclarecer todas estas questões, não devemos fazer comparações totalmente assimétricas, onde além das diferenças entre sistemas de governo, há outras diferenças abissais.

2. O chefe de Estado é um cargo simbólico nos parlamentarismos puros, o que eu concordo, Celio De Jesus Ribeiro, valendo dizer que é absolutamente nulo na condução dos negócios pelo primeiro ministro: então, no rigor das formas, seria melhor que nem existisse, porque é um apêndice inútil e gastador, por menos que gaste (e não é pouco)// João Cirilo, o custo de um presidente, no regime parlamentarista, é também simbólico, bem menor que o custo de um prefeito na maioria dos municípios brasileiros. Todos os países parlamentaristas têm um Chefe de Estado, seja monarca ou seja presidente, o que me leva a supor que essa autoridade simbólica tem muita utilidade. Cumpre salientar que tais presidentes são eleitos pelo parlamento e não pelo voto popular. E normalmente são políticos mais idosos e respeitados pelas diversas vertentes políticas. Perniciosos e caros são os presidentes do presidencialismo, que precisam mentir em campanha e fazer acordos com deus e com o diabo, para poderem disputar com chance de ganhar a eleição. E, depois de eleitos, precisam honrar os desonrosos compromissos assumidos.

3. Penso que não há uma relação direta também entre o nepotismo e o presidencialismo. Não vejo como a mudança pura e simples da forma de governo tenha o condão de repelir essas mazelas, mas acho que isso depende de normas rígidas seguidas rigidamente, e não vejo porque daria certo no parlamentarismo no Brasil se não dá no presidencialismo, que tem até súmula vinculante do STF a respeito, que não vincula nada. Por que mudando o rótulo mudaríamos a mentalidade?//No parlamentarismo não existe a possibilidade de políticos nomearem pessoas para ocuparem cargos na administração pública, simplesmente porque a atividade político-partidária é desvinculada da administração pública. A administração pública é Estado. E política político-partidário é governo. Isso permite a formação de administração pública (funcionalismo) profissionalizado e não existe a descontinuidade administrativa porque não há mudanças de chefia a cada mudança de governo. No presidencialismo existe uma automática mistura de governo e Estado, resultando nesta bagunça a que estamos acostumados. A mentalidade das pessoas não mudam automaticamente com a mudança do sistema. Mas o cenário institucional muda, tornando difícil para a ocorrência de certos vícios de nosso sistema.

4. O fato de a pessoa ser idosa e respeitável é algo consigo mesma, porque há velhos parlapatões, da mesma forma que há jovens que se dão ao respeito. Não vejo como possa refletir nos negócios do Estado a cor do cabelo.//João Cirilo, conforme eu te disse, normalmente são políticos respeitados pelas diversas correntes políticas e que ocupará um cargo simbólico.

5. "Tanto o parlamentarismo quanto o presidencialismo são tocados por seres humanos e sujeitos às fraquezas humanas", diz você, e diz com inegável acerto, portanto eu insisto que a mudança de "status" por si não muda nada se mantivermos as mesmas pessoas com os mesmos poderes e com os mesmos vícios //João Cirilo, a mentalidade muda lentamente, mas mudanças institucionais consistentes influenciam fortemente para a mudança de mentalidade. E não são os mesmos poderes. Por exemplo, no parlamentarismo não existe espaço para parlamentares trocarem votos e apoio em troca de diretorias e outros cargos de confiança. O chefe de Estado reina mas não governa. E o primeiro-ministro, caso pise na bola, cai mais facilmente.

6. Não sei se concordo inteiramente com a assertiva da saída do Lula quando estourou o Mensalão, primeiro, porque ele tinha forte apoio popular e até mesmo um gabinete parlamentarista não está infenso à popularidade do Primeiro Ministro; segundo, porque contou com leniência da oposição imaginando que temperatura do escândalo iria fritá-lo (talvez calculando que os "companheiros' iriam roer a corda, o que nunca aconteceu)// Concordo com a sua dúvida, também não posso ter certeza. Mas entenda que no parlamentarismo o político precisa ter liderança entre seus pares. Não adianta ter popularidade entre o povo e não ter a confiança de seus pares. Logo o político precisa ser mais competente em seu desempenho do que fazer comícios para ter popularidade entre o povo. Ou seja, provavelmente ele não teria toda essa popularidade. E não esqueça que ele foi um constituinte entre mediano e medíocre.
7. Ou seja, voltamos novamente ao ponto inicial que exige para tudo vontade política transformadora. Como costumo dizer, não é possível uma reforma mantendo-se os mesmos ursos e os mesmos potes de mel. Para haver efetiva produtividade e eficácia nas mudanças - podem até ser parlamentaristas, não me oporia - seria necessário uma desconstrução do que existe e a construção de algo novo. Pôr abaixo o edifício carcomido que temos para edificar um novo, a partir do alicerce. //João Cirilo, mudando o cenário institucional, estaremos começando a edificar um novo edifício. E estamos abordando apenas o tema presidencialismo x parlamentarismo. Mas há muitos outros aspectos a serem abordados e que complementariam uma reforma que incluísse a adoção do parlamentarismo. E não esqueça, já que você é anti-petista, que a maioria dos petistas são contra o parlamentarismo. - Celio De Jesus Ribeiro 

“No parlamentarismo é mais fácil controlar a corrupção e não há um presidente com superpoderes, o congresso tem mais força.” - Rubens Mazzini Rodrigues 


“Tem mais força para legislar e fiscalizar. Mas não para imiscuir-se na administração pública.” - Celio De Jesus Ribeiro 

Boa noite Celio De Jesus Ribeiro, ia perguntar numa outra postagem mas ficou muito distante e não achei. Mas vai lá, não é concernente ao assunto e aliás louvo o brilhante debate ou exposição de ideias havido até o momento entre você e o João Cirilo, brilhante, não há mais o que dizer. Mas fica a minha pergunta, neófito que sou em política, " qual o problema ou o resultado dos senadores terem ido à Venezuela?" Por favor João, sua resposta será de também de suma importância.” - Eduardo Lopes 


“Eduardo Lopes, eu vejo esta viagem apenas como atitude demagógica. E fazer demagogia com intromissão em assuntos internos de outros países não é um bom caminho. E essa minha opinião nada tem a ver com simpatia ao governo venezuelano, até porque não simpatizo com o que imagino que seja aquilo. E também não acredito nesta avalanche de denúncias que fazem a este governo. Fora isso, a zoeira não pode parar.” - Celio De Jesus Ribeiro 

“Acho, sem muito querer discorrer sobre o assunto, que o resultado era esperado; uma viagem premeditada com resultados previstos. Mas, com que resultados aqui no Brasil, that is the question ou bem, é isso.” - Eduardo Lopes

“Mas seu eu fizer a comparação sugerida, Celio De Jesus Ribeiro, temo que aí sim sua tese naufraga: você sugere que eu compare países de primeiro mundo, o que não acontece com a gente.

O que nos faria acreditar que o regime parlamentarista iria nos tirar desta situação terceiro-mundista? É com isso que eu discorro são essas ideias que não consigo encampar, como aliás, eu sempre digo. O nosso problema é justamente o de faltar esse toque primeiro-mundista.

2. Eu não acredito que os candidatos a presidente tenham que fazer pacto com "deus e o diabo" para a eleição a presidente. Se isso ocorre é porque há distorções, há brechas e buracos para que isso ocorra. O caso da mentirada na campanha presidencial deste ano, por exemplo, na minha opinião seria caso de apeamento liminar do poder se não fosse o programa de campanha posto em prática imediatamente: não vejo porque o sistema parlamentarismo, que também depende de voto, que também depende de coalização de gabinetes será infenso a tudo isso se não houver regras coibitivas. 

3. Até aí tudo bem, que seja, isso só irá melhorar a política de forma geral.

4. Penso que o troca-troca também poderia ser evitado no presidencialismo, em havendo vontade política nisso. Não me consta que haja isso tão explicitamente numa república com instituições fortes, embora algo de propina e de subterfúgios sempre existirá isso eu não nego.

5. Aí eu não discuto, porque realmente eu não sei, isto é, se não é possível haver troca de favores em troca de votos. Mas, eu acho que esta questão é mais institucional do que propriamente de sistema político.

6. Aí eu concordo quanto ao Lula legislador. Mas dizer que ele não tem ingerência sobre os pares é algo que eu não vou endossar, não.

7.Eu não parto de seu princípio, isto é, que as mudanças sociais chegarão a reboque da mudança política. Sempre achei o contrário e penso que este seja o ponto principal de discordância entre a gente.



Para você é possível ir de cima para baixo. Eu acho que isso só será possível de baixo para cima. Não acho que alterando o rótulo alteremos a substância, ainda que não substancialmente num primeiro momento.

Mas, eu não tenho opinião fechada sobre isso. Eu acho que qualquer sistema de governo é plausível, factível e executável, se houver leis dignas, se houver respeito ás instituições, se a vontade do povo for realmente ouvida e obedecida como deveria ser. Por exemplo, sabemos que apesar de havermos eleitos nossos governantes, nem sempre o que queremos como cidadãos é feito pelos nossos ditos representantes.” - João Cirilo 

Eduardo Lopes, escrevo abaixo o que eu penso, observando desde já que o Celio De Jesus Ribeiro vê no ato uma perfeita demagogia.

Se monarquia pode desandar em tirania e a aristocracia em oligarquia, a democracia pode se transformar em demagogia.

Então, o ato pode também ser catalogado como a mais nítida democracia, dependendo do ponto de vista.

Eu penso que um tanto de demagogia sempre tem, afinal de contas estamos falando com a classe demagógica por excelência, que é a política. 

Porém, imagino que a democracia tenha suplantado a demagogia, e muito. Primeiro, porque foi um convite de familiares de presos políticos venezuelanos. Venezuela que é um país vizinho, integrante do Mercosul, os visitantes eram membros da mais alta hierarquia do Legislativo, e estavam a bordo de avião da FAB.

Uma visita que não causaria espécie alguma, a não ser - e isto ninguém está prestando a devida atenção - que se trata de presos políticos; mas presos políticos numa democracia? Isto não é por demais estranho?

Ser da oposição não é ser criminoso, não merece cadeia, numa democracia. Mas, e numa demagogia que já se transformou em tirania, pode?

Eu penso que essas visitas de cunho humanitárias são comuníssimas entre países, principalmente países coirmãos como ocorre entre duas ditas democracias, e integrantes de um mesmo bloco comercial.

O motivo da visita só tem de esquisito seu motivo: a visita a presos políticos. No mais, me parece um perfeito exercício de democracia; e a demagogia (para não falar em tirania) está com o Nicolás Maduro e seu regime de exceção. - João Cirilo 

“O que realmente importa é a justiça social, é a igualdade, é a erradicação da miséria ,do analfabetismo e da exploração. O país precisa de governo, senão, vira baderna e as injustiças se avolumam com os mais fortes e mais ricos se impondo dobre a sociedade. As empresas e seus empresários somente pensam no lucro e em explorar a mão de obra. Todos os direitos trabalhistas foram conseguidos com muita luta, sangue, com muito esforça, No caso do Brasil, todos os presidentes que tomaram medidas à favor da classe trabalhadora e miseráveis foram perseguidos pela elite e classes médias e suicidaram, foram depostos militarmente e no caso do PT sofrem as maiores perseguições da mídia, das empresas, dos ricos e classes médias.

Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; e que também não entende de economia; pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.

Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos [14 universidades públicas e entendeu mais de 40 campi], e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade [meio milhão de bolsa para pobres em escolas particulares].

Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 291 dólares [valores de janeiro de 2010], e não quebrou a previdência como queria FHC.

Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG-Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.

Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis [maior programa de energia alternativa ao petróleo do planeta].

Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8 [criou o G-20].

A realidade esteve ruas nestes 12 anos, desemprego na menor taxa da história, fome zero, casa para todos, educação para todos, consumo para todos. Respeito internacional, sem comunismo, sem estatizações, sem sobressaltos. E o combate sem fim à corrupção ao ponto em que está prendendo até os maiores empresários do país, prisões seletivas, mas é um começo. - Luiz Antonio Mattos 

“Quanto custa e o que produziu até hoje o parlamento brasileiro ? Hoje parlamentarismo seria de maior interesse privado do que público. como sempre foi.” - Maxwell Reis 

Ninguém vive sem Estado da mesma forma que ninguém vive com o Estado do tamanho e inchado como esta, não tem mão de obra suficiente para isso. Hoje vivemos uma crise de custo do Estado e não uma crise econômica.

Como evitar as multinacionais se são eles quem colocam os políticos no poder? Criaram inclusive a grande fantasia de que há partidos de direita e oposição. Há quem os defenda e acreditam que estão fazendo diferença. Para fazer a verdadeira limpeza precisamos de povo esclarecido e aguardar essa geração subir ao poder, pois a que temos disponível hoje... Dureza. A grande mudança será uma revolução cultural. Educação é a chave!

Mas reconheço que o fato de hoje ver muito mais pessoas discutindo política, já me traz mais conforto. Embora não tenhamos no Brasil uma verdadeira oposição, temos a oposição tecnológica através das mídias sociais. entendo por que tantos partidos querem silenciar esse canal. - Luciano Hee Chul Oh 

“A Educação é a chave e ainda não a temos. Somos um país constituído de uma maioria de analfabetos funcionais. Precisamos recomeçar da estaca zero.
Quanto ao Estado, precisa ser competente e eficiente, priorizando a aplicação dos recursos apenas nas atividades típicas de Estado. E deve existir uma rígida legislação que não permita gastos acima do valor da arrecadação. Precisa haver um sério comprometimento da nação com a responsabilidade fiscal.” - Celio De Jesus Ribeiro 

2 comentários:

  1. confesso qe nao sei o qe seria melhor preciso estudar mais sobre o tema

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    1. Boa tarde Ivan.

      Seja sempre bem-vindo.

      Fico no aguardo do seu posicionamento após você se inteirar sobre o assunto. sua opinião será muito importante.

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Dag Vulpi

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Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

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