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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Combate e prevenção da hanseníase

A hanseníase também conhecida como "lepra" ou "doença de hansen" é uma infecção causada pela bactéria denominada mycobacterium leprae, que lesa principalmente os nervos periféricos diminuindo a sensibilidade da pele, a membrana mucosa do nariz, os testículos e os olhos. Como a capacidade de detectar o toque, a dor, o calor e o frio diminuem, as pessoas infectadas podem queimar-se, cortar-se ou ferir-se sem perceber.

  
Como confirmar o diagnóstico?

O diagnóstico é confirmado pelo médico através do exame clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados na observação de toda pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos braços e pernas.


Transmissão da hanseníase

A transmissão e o contágio da hanseníase podem ocorrer através:

Do solo contaminado, percevejos, mosquitos.

De uma pessoa para outra. A pessoa que apresenta a forma infectante (multibacilar-mb), estando sem tratamento, elimina o bacilo pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses e espirros), 


Sinais e sintomas da hanseníase

Os sinais e os sintomas iniciais podem ser:

Erupção cutânea formada por uma ou várias áreas esbranquiçadas e planas e sem sensibilidade, ou pequenos nódulos ou erupções cutâneas elevadas com tamanho e forma variados, acompanhada de perda de pelos corpóreos, incluindo as sobrancelhas e cílios.


Outros sintomas podem ser:

  • Lesão de nervos periféricos,
  • Fraqueza muscular,
  • Lesões na planta dos pés,
  • Lesão das vias nasais,
  • Lesão dos olhos pode causar cegueira,
  • Impotência e
  • Esterilidade, pois a infecção pode reduzir tanto a quantidade de testosterona quanto a quantidade de espermatozoides produzidos pelos testículos.


Os sintomas iniciais manifestam-se entre o 1º e o 7º ano após a infecção, ou muitos anos mais tarde, dependendo da resposta imune do indivíduo. Familiares e pessoas próximas a um doente também devem procurar unidade básica de saúde para avaliação, quando foi diagnosticado um caso de hanseníase na família.


Hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito!



O caminho para a cura é a informação!

Fonte: Google

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Brasil já indenizou 8,7 mil portadores de hanseníase por isolamento forçado


Mais de 8,7 mil pessoas que, entre as décadas de 1950 e 1980, contraíram hanseníase e foram internadas compulsoriamente em hospitais-colônias já estão recebendo pensão como indenização do Estado.

Os dados são da Secretaria de Direitos da Presidência da República, responsável pela coordenação da comissão que analisa os processos. Os números se referem até setembro deste ano. Eles foram apresentados hoje (1º), durante o 8º Simpósio Brasileiro de Hansenologia, na capital paulista. Inicialmente, a estimativa do governo federal é que 4 mil pedidos seriam feitos.
Desde 2007, com a Lei Federal 11.520, pessoas submetidas ao isolamento forçado passaram a ter direito a uma pensão de um salário mínimo e meio. Até 1986, uma lei recomendava a internação desses pacientes em locais chamados, à época, de leprosários. Com o fim dessa política de prevenção, as unidades foram transformadas em hospitais gerais. No total, foram feitas 11.963 solicitações, mas apenas 3.171 foram indeferidas.

Maria Eugênia Gallo, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, informou que, em alguns casos, faltam documentos que comprovem o isolamento. “Esses livros [de registro de internação de pacientes] são muito preciosos. Infelizmente, das dezenas de leprosários que tivemos em todo o país, temos apenas três livros para consultar. O restante da documentação é muito precária ou inexistente.”

Ela destacou os isolamentos ocorridos no Acre, onde está boa parte (46 dos 145) dos pedidos de indenização judicializados. “Temos levantamento, mas poderia dizer que 90% são totalmente incapacitados. Eles eram diagnosticados e mandados para os seringais, onde continuavam exercendo a profissão, sem nenhuma orientação ou tratamento adequado. Não temos como avaliar o processo, porque não existe documentação.” O Acre perde apenas para Minas Gerais, com 63 do total de casos judicializados.

O Movimento de Reintegração das pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) luta para estender esse direito aos filhos de portadores de hanseníase que foram entregues para adoção, gerando a separação de milhares de famílias. Thiago Flores, diretor nacional do movimento, disse que, embora exista a percepção de que essa é uma reparação importante, os entraves atuais para andamento do projeto de lei no Congresso são políticos e financeiros.

“Hoje, você tem dificuldade para conseguir um projeto que traga mais gastos para o governo. Do ponto de vista do reconhecimento de direitos, conseguimos avançar bastante. Nosso principal problema é econômico. O que trava o projeto é a questão orçamentária”, afirmou Flores. A estimativa é que 10 mil brasileiros ainda buscam familiares separados pelo isolamento compulsório de pacientes com hanseníase.

Preconceito
Para o diretor da Morhan, o combate ao preconceito e a capacitação de profissionais para diagnóstico precoce são os principais desafios para enfrentar a hanseníase. Segundo ele, hoje a doença é tratada como outra qualquer e o risco transmissão é interrompido a partir da primeira dose do tratamento.
“Muitas pessoas ainda têm a visão da doença como lepra bíblica, uma visão de que a doença é uma maldição, um castigo. A partir do momento em que não temos informação de que a doença é comum, fica muito difícil a adesão ao tratamento.”

Flores é filho de pais com hanseníase e que foram isolados compulsoriamente na colônia Santa Izabel, em Betim, Minas Gerais. Quando ele nasceu, já era permitido que os pais permanecem com os filhos. É lá que eles moram até hoje.

“Na minha época, a colônia já era aberta, livre e não tinha mais a questão dos filhos separados.” Segundo Thiago Flores, desde 1984, em Santa Izabel, os pacientes tinham direito a deixar a colônia. Acrescentou que a maioria permaneceu no local por viver lá há décadas e ter perdido o vínculo com a família, além do medo do preconceito.

Passados 30 anos, ele reconhece que, apesar de a colônia existir como um bairro comum no município, ainda há preconceito, pela falta de informação sobre a área da Santa Izabel. “As pessoas ainda carregam um estigma muito grande, principalmente nas cidades, porque essas colônias foram construídas em áreas isoladas. Tem diminuído, mas ainda há preconceito em relação às pessoas que ainda vivem em regiões de colônias, por causa da falta de informação.”

De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, que atinge pele e nervos periféricos, podendo levar a sérias incapacidades físicas. No Brasil, foram 31.064 novos casos diagnosticados em 2014.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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