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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Brasil é corrupto, mas brasileiro não


Foram ouvidas 2.422 pessoas em todo o país, que tiveram que eleger em uma lista valores que melhor as definiam, os que representavam o Brasil de hoje e aquilo que desejariam para o país.

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O estudo, encomendado ao Instittuto Datafolha pela consultoria Crescimentum e pelo instituto britânico Barret Values Centre, tem como foco os valores pessoais mais importantes dos brasileiros este ano, assim como aqueles que moldam a cultura do país atualmente e aqueles que são desejados para o Brasil. Foram ouvidas, em agosto passado, 2.422 pessoas em todas as regiões do país, que tiveram que eleger em uma lista de cerca de 90 valores os dez que melhor as definiam, os que representavam o Brasil de hoje e aquilo que desejariam para o país.

Se no campo pessoal as qualidades escolhidas foram amizade, honestidade, respeito, confiança e paciência, a cultura nacional foi definida pelos "valores" de corrupção, violência, agressividade e discriminação racial. "Não tem nenhuma correspondência entre o que cada um percebe como seu valor individual e o que ele percebe como a cultura ao seu redor", avaliou o escritor e cientista social Eduardo Giannetti, em entrevista à Folha. "Este é um traço definidor da nossa cultura: o brasileiro é o outro".

A percepção dos problemas no país teria subido de 51%, em 2010, ano em que o estudo foi realizado pela primeira vez, para 61%, este ano. A corrupção, que no primeiro ano era destacada por 54% dos entrevistados, em 2017 foi indicada por 72% do público ouvido.

Sobre aquilo que se deseja tanto no campo pessoal, quanto para o país, a educação ganha espaço como tema predominante. No contexto pessoal, surge como o valor de “aprender sempre”, enquanto para a nação aparece como “oportunidades de educação”. "Brasileiro fala do brasileiro na terceira pessoa, e se dissocia", concluiu Guilherme Marback, economista e diretor da Crescimentum, na mesma reportagem. 

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Antes da votação, Temer tem lista de 25 ‘pendências’ de deputados


Parlamentares cobram emendas e cargos em troca de voto a favor de Temer.

A votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer se aproxima e o Palácio do Planalto ainda precisa resolver uma lista de 25 "pendências". Entre elas a liberação de emendas parlamentares e a distribuição de cargos para integrantes da própria base.

Faltam apenas dois dias para a votação pela Câmara dos Deputados e os atos devem influenciar a contagem de votos com a qual auxiliares de Temer trabalham — entre 250 e 270 favoráveis à derrubada da denúncia. O jornal O Globo recorda que a primeira acusação foi engavetada por 263 votos.

Outro ponto que o Planalto precisa controlar é a crise no PSDB. O partido está rachado entre governistas e independentes, em função da cobrança pela renúncia do senador Aécio Neves (MG) da presidência do partido. O líder da maioria da Câmara dos Deputados, Lelo Coimbra (PMDB-ES), disse que o presidente Temer está tranquilo, mas admitiu que há muita “inquietação” na base.

Temer foi acusado pela Procuradoria-geral da República de obstrução à Justiça e organização criminosa. As negociações para barrar a acusação da PGR estão sendo conduzidas diretamente por Temer, que pediu auxílio ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que também é denunciado. O ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) também foi denunciado.

Nesta segunda-feira (23) devem se intensificar os preparativos para a votação. Temer receberá, no Palácio da Alvorada, líderes governistas e parlamentares da base.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Gilmar diz que falava com Aécio sobre lei de abuso de autoridade


Relatório apontou que Gilmar Mendes e o senador realizaram 43 chamadas telefônicas via WhatsApp entre si.

Em nota encaminhada à imprensa, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, informou nesta quinta-feira, 19, que manteve contato pelo celular com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) para tratar do projeto de lei de abuso de autoridade.


De acordo com duas tabelas anexadas pela PF no relatório, referentes a dois celulares de Aécio Neves, teriam sido 38 chamadas com um celular de Aécio, e 5 com outro, dentro desse período de tempo. Do total de 43, 20 tiveram zero segundo de duração, sugerindo que não foram completadas. Outras 23 tiveram duração de tempo que variou entre alguns segundos e oito minutos.

"O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, esclarece que manteve contato constante, desde o início de sua gestão, com todos os presidentes de partidos políticos para tratar da reforma política. Os encontros e conversas do ministro Gilmar Mendes são públicos e institucionais", diz a nota do TSE.

"Especificamente quanto às ligações de abril, ressalta que estava em debate no Senado Federal o projeto de lei de abuso de autoridade, tratado nas referidas conversas e defendido publicamente pelo ministro desde 2009, inclusive em palestras, seminários, artigos e entrevistas", completa a nota.

A PF destacou que Gilmar Mendes é relator de quatro inquéritos contra Aécio no STF e frisou que ao menos uma das ligações foi feita em um dia no qual o ministro deu uma decisão que suspendeu um interrogatório pelo qual o investigado deveria passar no dia seguinte.

"Não é possível conhecer a finalidade ou o contexto em que houve essas ligações, restando tão somente evidenciado a frequência de contato entre as autoridades em questão", observou inicialmente a PF no relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal como parte das análises realizadas na Operação Patmos.

Com informações do Estadão Conteúdo.

Dodge aponta Geddel como líder de organização criminosa


Manifestação da procuradora-geral se dá no bojo de um pedido de liberdade da defesa do ex-ministro.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou em manifestação ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) "fez muito em pouco tempo" e o apontou como "líder de organização criminosa".

A frase de Dodge sobre a atuação do peemedebista faz referência às suspeitas que lhe são imputadas, de embaraço a investigações e de ocultação de R$ 51 milhões.

A manifestação da procuradora-geral se dá no bojo de um pedido de liberdade da defesa do ex-ministro. Ela rejeita os argumentos dos advogados e pede a manutenção da prisão. O documento é do dia 16 de outubro.

"Em um primeiro momento, Geddel violou a ordem pública e pôs em risco a aplicação da lei ao embaraçar investigação de crimes praticados por organização criminosa. Num segundo momento, passados nem dois meses do primeiro, reiterou a prática ao ocultar mais de R$ 50 milhões de origem criminosa. Fez muito em pouco tempo", disse.

Geddel foi preso pela segunda vez no dia 8 de setembro na operação Tesouro Perdido, quando cumpria prisão domiciliar.A Polícia Federal encontrou um bunker com malas e caixas de dinheiro -somados R$ 51 milhões- e identificou ao menos três digitais do político.

Investigações
Segundo Dodge, o valor "monumental" descoberto no apartamento é apenas "uma fração de um todo ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido".

"Mesmo em crimes de colarinho branco, são cabíveis medidas cautelares penais com a finalidade de acautelar o meio social, notadamente porque a posição assumida por Geddel parece ter sido a de líder da organização criminosa", escreveu. "A elevada influência desta organização criminosa evidencia-se, aos olhos da nação, em seu poder financeiro: ocultou cinquenta e dois milhões de reais em um apartamento de terceiro, sem qualquer aparato de segurança, em malas que facilitaram seu transporte dissimulado".

Na manifestação, Dodge fez referência às investigações da Cui Bono, que tem como tema desvios e fraudes na Caixa Econômica, banco que Geddel foi vice-presidente durante os anos de 2011 e 2013, sustentando que a liberdade do ex-ministro pode atrapalhar o andamento da apuração.

"Realço que é investigada uma poderosa organização criminosa que teria se infiltrado nos altos escalões da Administração Pública, e que seria integrada, segundo indícios já coligidos, por um ex-Ministro de Estado e o ex-Presidente da Câmara dos Deputados".

"Deve ser lembrado a este juízo, que se usufruir de prisão domiciliar, Geddel poderá manter contatos, receber visitas, dar ordens e orientações que podem frustrar os objetivos das medidas cautelares nesta investigação. Como referido acima, ele deu provas materiais de que atuará de toda forma para que esta persecução criminal não tenha o mesmo êxito que teria se estivesse preso".

Com informações da Folhapress.

Em dois meses, Aécio ligou 33 vezes para Gilmar Mendes


Relatório da Polícia Federal indica que o senador ligou para Gilmar no dia em que o ministro tomou decisão favorável ao tucano.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) ligou para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes 33 vezes por meio de aplicativo WhatsApp entre o dia 16 de março e 13 de maio deste ano. O tucano realizou as ligações por meio de dois celulares. É o que aponta o relatório da Polícia Federal.

No entanto, o site de notícias Buzzfeed News, responsável pela divulgação do relatório, destaca que não é possível saber o conteúdo das conversas. O documento foi anexado a um dos processos que tramitam no STF sem sigilo e que tem como parte Aécio, sob a relatoria do ministro Edson Fachin.

O advogado de Aécio, Alberto Zacharias Toron, disse que, em nota, o senador mantém relações formais e que as conversas foram sobre reforma política. "O senador Aécio Neves mantém relações formais com o ministro Gilmar Mendes e, como presidente nacional do PSDB, manteve contados com o ministro, presidente do TSE, para tratar de questões relativas à reforma política. Ressalte-se que pouco mais da metade das ligações citadas foram completadas, conforme consta do relatório da PF. Ocorreram também reuniões públicas para tratar do tema, com a presença do presidente da Câmara e presidentes de outros partidos. O senador Aécio é autor de uma das propostas aprovadas no âmbito da reforma política.A decisão do Ministro Gilmar Mendes que suspendeu a oitiva do Senador foi resultado de petição protocolada pelos advogados do Senador, de acordo com a súmula 14 do STF.

Tal decisão encontra-se em harmonia com a pacífica orientação do STF e vai na linha de inúmeras outras decisões de outros ministros no mesmo sentido. Essa questão foi tratada pelos advogados junto ao tribunal, não tendo sido objeto de contato do senador com o ministro. A oitiva foi realizada poucos dias depois".

O relatório aponta que uma das chamadas ocorreu no dia 25 de abril, mesmo dia em que Gilmar Mendes suspendeu um depoimento que Aécio iria prestar à PF a pedido do parlamentar.

A PF não interceptou as conversas, as chamdas foram identificadas a partir da análise de celulares apreendidos com Aécio Neves na operação Patmos. "Verificou-se, ainda, a existência de vários registros de possíveis ligações, via aplicativo WhatsApp, entre a linha telefônica utilizada pelo Senador Aécio Neves e a linha gravada na agenda dos seus contatos como sendo do Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes#, diz um dos trechos do relatório.

No entanto, a Polícia Federal destaca que não é possível afirmar que as ligações tenham relação com a decisão do magistrado. "Embora não sendo possível afirmar que as ligações havidas no dia 25/04/2017, tenham relação com o requerimento protocolado nesta mesma data pelo advogado do senador Aécio Neves e deferido neste mesmo dia pelo Ministro Gilmar Mendes, é de se destacar a coincidência desses contatos."

Articulador do impeachment de Dilma, Cunha completa um ano de prisão


Ex-presidente da Câmara foi preso em Brasília por ordem de Sergio Moro em outubro de 2016.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados e responsável por colocar em votação o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), Eduardo Cunha (PMDB) completa nesta quinta-feira (19) um ano de prisão. Cunha foi preso em Brasília por ordem de Sergio Moro em outubro de 2016. Segundo o juiz, a liberdade do ex-parlamentar "representava risco à ordem pública" e havia "possibilidade concreta de fuga".

Em março deste ano, o ex-deputado foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas.
Pouco antes da condenação, Cunha disse em depoimento a Moro ter um aneurisma e afirmou que os presos da Lava Jato correm "risco" nos presídios.

No Complexo Médico Penal, em Pinhais, no Paraná, onde está preso, Cunha foi integrado à equipe de presidiários que distribui as marmitas, incluindo o café da manhã, que começa às 6h. Segundo a Lei de Execução Penal, a cada três dias trabalhados, o detento abate um dia de pena.

Apesar de tratado com reverência pelos detidos na Lava Jato, o ex-parlamentar é tido como o mais frio dos presos que já passaram pelo presídio.

Cunha é acusado de receber propina de US$ 1,5 milhão em um negócio da Petrobras em Benin, na África. Além do recebimento do dinheiro, o ex-deputado também foi condenado por ter ocultado os valores entre 2011 e 2014, enquanto era deputado, segundo Moro.

Ele nega irregularidades e diz que as contas pertencem a trusts (instrumento jurídico usado para administração de bens e recursos no exterior), e não a si próprio.

De acordo com o operador financeiro Lúcio Funaro, em depoimento à Lava Jato, Cunha era um "banco de corrupção de políticos", sendo que" todos que precisavam de recursos pediam ele".

Funaro afirmou ainda que Cunha repassava percentual da propina oriunda de esquemas de corrupção ao presidente Michel Temer.

Com informações da Folhapress. 

Após retomar mandato, Aécio liga para Temer e agradece apoio


Esse é o único tipo de política que “funciona” no Brasil, ao menos de uns anos pra cá. E foi exatamente esse tipo de política que a desarticulada ex-presidenta Dilma não soube fazer e, como sabemos, o preço que ela pagou foi alto. Mas fica a pergunta: Será que o brasileiro de fato, apesar de muitos terem apoiado o impeachment, apoia este tipo de política?

Presidente "entrou em campo" para garantir, entre outras coisas, que o PMDB votasse a favor do tucano no Senado.

Depois que o plenário do Senado decidiu reverter a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e, com isso, pôr fim ao afastamento parlamentar do senador Aécio Neves (PSDB-MG), ele ligou para o presidente Michel Temer, a fim de agradecer o apoio recebido.

De acordo com informações do blog da Andréia Sadi, no portal G1, o presidente "entrou em campo", nos últimos dias, para garantir, entre outras coisas, que o partido dele, o PMDB, votasse a favor do tucano. Assessores presidenciais confirmaram, nesta quinta-feira (19), que o mineiro telefonou para Temer.

Em plenário, foram 44 votos contra a manutenção das medidas cautelares e de 26 favoráveis. Em troca, o presidente da República espera garantir pelo menos a mesma quantidade de votos, entre os tucanos, que conseguiu quando da primeira denúncia contra ele, por corrupção passiva. Dos 47 deputados do PSDB, 21 votaram contra o peemedebista.

Ontem (17), o PSDB chegou a divulgar nota negando que um acordo havia sido feito com o PMDB para salvar Aécio. Segundo a executiva da legenda, a posição da bancada deve-se "exclusivamente à nossa convicção de que todo e qualquer cidadão tem direito a ampla defesa".

"Nossa decisão não implica de forma nenhuma em um juízo de valor sobre as atitudes do senador Aécio e muito menos pode ser entendida como parte de qualquer acordo relacionado à votação da denúncia contra o presidente da República na Câmara dos Deputados", diz trecho na note.

Nessa segunda denúncia, também de autoria da Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente Michel Temer é acusado, junto com ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), de obstrução de justiça e organização criminosa.

A votação do processo deve ocorrer já na próxima semana, no plenário da Câmara dos Deputados.

Comissão rejeita 2º denúncia contra Temer e comemora


A autorização ainda deve ser votada em Plenário, o que deve ser feito na próxima quarta-feira (25).

Por 39 votos contra 26, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou o parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), recomendando que a Câmara não autorize o Supremo Tribunal Federal a processar o presidente da República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), com base na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República.

A autorização ainda deve ser votada em Plenário, o que deve ser feito na próxima quarta-feira (25). Para aprovar a denúncia, são necessários os votos de 352 deputados.

Foram 19 horas de debates na CCJ em dois dias, até a votação final.

Com informações da Agência Câmara.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

De volta ao Senado, Aécio ainda enfrentará desgaste político e jurídico

Nessa terça-feira (17), plenário derrubou determinação do STF que afastava tucano do cargo e ordenava seu recolhimento domiciliar noturno.

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Minutos depois de o plenário do Senado derrubar decisão da Justiça que afastava Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato, o nome do tucano voltou à lista de "parlamentares em exercício" no site da Casa.

Aécio foi afastado do Senado por duas vezes este ano, uma delas em maio e outra em setembro.

Em ambas as situações a acusação é a mesma: corrupção passiva e obstrução da Justiça. Ele foi gravado em março pelo delator e empresário Joesley Batista, dono da JBS, a quem pediu R$ 2 milhões.

A primeira determinação foi revertida pelo próprio STF (Supremo Tribunal Federal). Já a segunda se deu por uma decisão política pela maioria dos senadores.

Recuperado o mandato, Aécio agora tem de enfrentar situações adversas tanto na política quanto na Justiça.

Ainda está pendente de análise do STF a denúncia apresentada em maio pelo MPF (Ministério Público Federal). O caso não tem data para ser pautado e será julgado pela primeira turma da corte após uma série de depoimentos e provas serem coletados.

No campo político, Aécio deverá enfrentar nova representação contra ele no Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro. O processo pode, inclusive, resultar na cassação de seu mandato.

O senador já teve um pedido de cassação arquivado pelo colegiado no primeiro semestre deste ano. Diante do novo afastamento, ele é alvo de outro pedido apresentado pelo PT. O caso ainda está pendente de análise do Conselho.

Aécio está licenciado da presidência do PSDB desde seu primeiro afastamento, em maio. Tucanos devem fazer nova pressão para que ele deixe o cargo em definitivo agora. Uma ala do partido avalia que as acusações contra o senador têm prejudicado a imagem da sigla, na véspera de eleições.

Ainda de olho em 2018, o tucano deverá decidir se concorre novamente a uma vaga no Senado ou se decide concorrer a uma cadeira na Câmara. Alguns aliados avaliam que as acusações que pesam contra Aécio não tem chances de se eleger senador e que deve concorrer ao cargo de deputado para garantir foro privilegiado após 2018. 

Com informações da Folhapress.

Tasso diz que Aécio 'não tem condições' de presidir PSDB


Novo revés da Justiça, contudo, reacendeu do debate sobre o comando da sigla.

O senador Tasso Jereissati (CE), defendeu nesta quarta-feira (18) a renúncia definitiva de Aécio Neves à presidência do partido. Ao chegar ao Congresso, ele disse que o mineiro "não tem condições" de permanecer no posto.

Questionado se era caso de renúncia de Aécio, Tasso respondeu de forma afirmativa. "Eu acho que sim porque agora ele não tem condições, dentro das circunstâncias em que está, de ficar como presidente do partido. Nós precisamos ter uma solução definitiva e não provisória".

Tasso, que ocupa interinamente a presidência do PSDB desde maio, quando Aécio se licenciou do cargo, já defendeu outras vezes a renúncia do senador mineiro. Mas o assunto foi adiado até dezembro, para quando está prevista convenção nacional.

O novo revés da Justiça, contudo, reacendeu o debate sobre o comando da sigla.

A fala do presidente interino do PSDB ocorre um dia depois de o Senado ter derrubado as medidas cautelares impostas a Aécio pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O tucano ficou afastado por quase um mês do mandato e estava impedido de deixar sua residência à noite. Com a sessão de terça (17) do plenário do Senado, as cautelares estão suspensas.

A expectativa é que Aécio reassuma o mandato já na tarde desta quarta.

Tasso disse ainda que não conversou com Aécio, mas que isso deve acontecer ainda hoje.

À reportagem, alguns tucanos disseram que esperam um gesto voluntário de Aécio, de abrir mão do cargo. Eles avaliam que o partido já se expôs muito na terça, ao votar em peso pela liberação de Aécio. E que, portanto, é hora de ele retribuir o "sacrifício" à bancada.

Os dez senadores do PSDB votaram nesse sentido, numa sessão com voto aberto. Apenas Ricardo Ferraço (ES) e o próprio senador mineiro não votaram.

Tasso disse ainda que a decisão tomada na terça pelo plenário do Senado foi "mal interpretada".

"A decisão da maioria foi mal interpretada. Ao meu entender, [a decisão] é de dar ao senador Aécio Neves o que ele não teve até agora, que é o direito de defesa", disse.
Ele disse ainda que Aécio terá de responder a um processo no Conselho de Ética do Senado e às investigações no STF.

Com informações da Folhapress.

MPF denuncia Nuzman e Sérgio Cabral por esquema na Rio 2016


Também foram denunciados o empresário Arthur Soares, conhecido como "Rei Arthur" e os membros africanos do COI (Comitê Olímpico Internacional), Papa Massata Diack e Lamine Diack.

O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF) denunciou nesta quarta-feira (18) o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, o seu braço direito, Leonardo Gryner, e o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) pelo esquema que revelou a compra de votos para a escolha do Rio como sede olímpica de 2016.

Também foram denunciados o empresário Arthur Soares, conhecido como "Rei Arthur" e os membros africanos do COI (Comitê Olímpico Internacional), Papa Massata Diack e Lamine Diack. A denúncia foi encaminhada ao juiz da 7º Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, responsável também pelos processos relacionados à Lava Jato no Rio.

Investigações da Operação Unfair Play do MPF apontaram que Sérgio Cabral pagou propina para a delegação africana, por meio do empresário Arthur Soares, para a escolha do Rio. Carlos Nuzman e Leonardo Gryner teriam sido os agentes responsáveis por unir pontas interessadas, fazer os contatos e "azeitar as relações para organizar o mecanismo do repasse de propinas", segundo o MPF.

O MPF também informou que, nos últimos dez dos 22 anos de presidência do COB, Nuzman ampliou seu patrimônio em 457%, não havendo indicação clara de seus rendimentos, além de manter parte de seu patrimônio oculto na Suíça. Por exemplo, ele só veio a declarar a existência de 16 barras de ouro, de 1 kg cada uma, que mantinha no exterior, à Receita Federal, por meio de retificação do Imposto de Renda, na data de 20 de setembro deste ano, ou seja, após a deflagração da Operação Unfair Play. Nuzman está preso preventivamente, desde o dia 5, em Benfica, zona norte do Rio. 

Com informações do Estadão Conteúdo.

Dos 44 votos a favor de Aécio, 19 são alvo da Lava Jato


Dos 26 que votaram contra o tucano, seis também são alvo da Lava Jato.

Dos 44 senadores que votaram ontem para derrubar as medidas cautelares impostas ao tucano Aécio Neves (MG), ao menos 19 (43,2%) são alvo da Operação Lava Jato. A maior parte deles (10) é do PMDB, partido que mais deu votos a favor do senador mineiro - foram 18 no total.

Apenas dois senadores do PMDB votaram por manter a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que afastou e determinou o recolhimento noturno de Aécio. Foram contrários ao tucano Kátia Abreu (PMDB-TO), também alvo da Lava Jato, e Roberto Requião (PMDB-PR).

Também partiu dos investigados as defesas mais enfáticas para que o Senado barrasse as restrições impostas a Aécio. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), por exemplo, foi um dos cinco a discursar em defesa do tucano. Mesmo em recuperação de uma cirurgia, ele descumpriu recomendação médica para participar da sessão e ajudar a "salvar" o colega. "Quis Deus que eu tivesse a saúde para que, depois de operado, estivesse aqui hoje também para falar desta tribuna como último orador", disse o senador no discurso.

Também fazem parte da lista nomes como Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-MA) e Valdir Raupp (PMDB-RR). No PSDB, que deu 10 dos 11 votos possíveis a favor do correligionário, três senadores são alvo da Lava Jato: Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB) e José Serra (SP). Apenas Ricardo Ferraço (ES), também investigado, não compareceu à votação.

Dos 26 que votaram contra o tucano, seis são alvo da Lava Jato. Entre eles o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada. O partido chegou a divulgar uma nota, logo após o afastamento de Aécio, na qual defendeu o enfrentamento com o Supremo, mas recuou após repercussão negativa.

Veja quem votou para livrar Aécio das medidas cautelares do STF:

Airton Sandoval (PMDB-SP)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Benedito de Lira (PP-AL)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cidinho Santos (PR-MT)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Dalírio Beber (PSDB-SC)
Dário Berger (PMDB-SC)
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Amorim (PSDB-SE)
Eduardo Braga (PMDB-AM)
Eduardo Lopes (PRB-RJ)
Elmano Férrer (PMDB-PI)
Fernando Coelho (PMDB-PE)
Fernando Collor (PTC-AL)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Hélio José (PROS-DF)
Ivo Cassol (PMDB-RO)
Jader Barbalho (PMDB-PA)
João Alberto Souza (PMDB-MA)
José Agripino Maia (DEM-RN)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Serra (PSDB-SP)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Omar Aziz (PSD-AM)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Pedro Chaves (PSC-MS)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Roberto Rocha (PSDB-MA)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Telmário Mota (PTB-RR)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Vicentinho Alves (PR-TO)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Wilder Morais (PP-GO)
Zezé Perrella (PMDB-MG)

E quem votou para manter o afastamento de Aécio do Senado:

Acir Gurgacz (PDT-RO)
Alvaro Dias (Pode-PR)
Ana Amélia (PP-RS)
Ângela Portela (PDT-RR)
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)
Fátima Bezerra (PT-RN
Humberto Costa (PT-PE)
João Capiberibe (PSB-AP)
José Medeiros (Pode-MT)
José Pimentel (PT-CE)
Kátia Abreu (PMDB-TO)
Lasier Martins (PSD-RS)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Lúcia Vânia (PSB-GO)
Magno Malta (PR-ES)
Otto Alencar (PSD-BA)
Paulo Paim (PT-RS)
Paulo Rocha (PT-PA)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Regina Sousa (PT-PI)
Reguffe (Sem partido-DF)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Romário (Pode-RJ)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Walter Pinheiro (Sem partido-BA)


Com informações do Estadão Conteúdo.

Cunha diz que Funaro o transformou em 'Posto Ipiranga' da Lava Jato


Ex-presidente da Câmara ironizou declarações dadas pelo doleiro em delação premiada.

Ex-operador do PMDB, Lucio Funaro fez uma série de menções ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na delação concedida à Procuradoria-Geral da União em agosto. Entre elas, a de que Cunha seria um "banco de propina" de deputados, pagando parlamentares para depois se tornar o "dono" dos mandatos.

A pessoas próximas ouvidas pela Folha de S. Paulo, o ex-parlamentar ironizou o operador financeiro ao dizer que ele o transformou no "Posto Ipiranga" da Lava Jato.

Embora o depoimento de Funaro tenha sido tomado há dois meses, apenas agora algumas informações vieram a público devido ao vazamento dos vídeos gravados na PGR. 

Do Notiasaominuto

Temer também é vencedor com votação favorável a Aécio, avalia Planalto


Equipe do governo acredita que votação mostra a força do tucano sobre ala importante do PSDB, que poderia apoiá-lo na votação da segunda denúncia.

No trabalho de preparação para enfrentar a segunda denúncia contra Michel Temer na Câmara, o Planalto avaliou positivamente a vitória de Aécio Neves na votação dessa terça-feira (17), que decidiu pela manutenção do mandato do tucano.

Segundo um assessor do presidente ouvido pelo jornal O Globo, a vitória demonstrou o poder que Aécio ainda tem sobre uma ala do PSDB. "Até mais do que imaginavam, porque falavam que no voto aberto ele perderia. A tendência é que isso aumente o número de votos de tucanos a favor de Temer, até porque o Alckmin tirou a digital do processo", afirmou o assessor, acrescentando que a divisão do PSDB vista na votação da primeira denúncia contra Temer tenderia a diminuir, com maior apoio ao peemedebista.

A Comissão de Constituição e Justiça deve enviar ainda hoje ao plenário da Câmara o parecer da denúncia por obstrução de Justiça e organização criminosa contra Temer. 

Em meio à votação de denúncia, Temer convida Doria para jantar


Objetivo do presidente seria conseguir mais votos do PSDB a seu favor, durante votação na Câmara.

No dia em que os parlamentares começam a discutir o parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PMDB-MG), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o presidente da República, Michel Temer, irá se reunir com o prefeito de São Paulo, João Doria, à noite, em Brasília.

Andrada é o relator da denúncia contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Seu relatório pede que a investigação contra os peemedebistas seja arquivada.

De acordo com informações do blog da Andréia Sadi, no portal G1, o tucano informou que o convite partiu de Temer. Além do peemedebista, o prefeito tem encontro marcado com a bancada do agronegócio, e com os ministros Bruno Araújo (Cidades) e Mendonça Filho (Educação).

O gesto de Temer é visto como mais uma estratégia para tentar barrar a segunda denúncia contra ele, de autoria da Procuradoria-Geral da República (PGR), pelos crimes de obstrução de justiça e organização criminosa.

O objetivo do presidente seria conseguir mais votos do PSDB a seu favor já que, quando da primeira acusação, por corrupção passiva, os tucanos votaram rachados. Doria, no entanto, foi uma das lideranças do partido que apoiaram Temer.

É basicamente impossível manter delação de Funaro sob sigilo, diz Maia


Presidente da Câmara voltou a afirmar que foram cumpridos corretamente todos os procedimentos na tramitação da denúncia contra o presidente da República.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta terça-feira (17) que foram cumpridos corretamente todos os procedimentos na tramitação da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).

Maia disse que, após a denúncia chegar à Câmara, reuniu-se com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, e com o ministro Edson Fachin, responsável no STF pela Operação Lava Jato. “Tudo o que foi determinado pelo ministro Fachin foi cumprido pela Câmara”, disse Maia. “A Casa, de forma nenhuma, desrespeitaria uma decisão do Supremo.”

Os autos originais enviados pelo STF contêm, nos anexos, arquivos digitais de áudio e vídeo com delações premiadas em que Temer, os dois ministros e outros políticos são citados. Rodrigo Maia ressaltou que não havia nenhum pedido de sigilo em relação a esses arquivos digitais.

Ele afirmou ainda, conforme o portal G1, que é "basicamente impossível" pressupor que o sigilo da delação de Funaro fosse mantido até o fim da análise da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

"É basicamente impossível você imaginar que vai enviar uma denúncia para a Câmara dos Deputados para que 513 deputados e deputadas avaliem o documento e que você vai manter esses documentos sob sigilo. É basicamente impossível que esse sigilo fosse mantido até o final do julgamento", disse o presidente da Câmara a jornalistas.

Reação
Durante a entrevista, no início desta tarde, Rodrigo Maia também foi questionado sobre a declaração do advogado de Temer, Eduardo Carnelós, de que a divulgação de vídeos incluídos nos anexos da denúncia encaminhada pelo STF tratou-se de um “criminoso vazamento” – posteriormente, no entanto, Carnelós afirmou que “jamais” quis imputar prática de crime ao presidente da Câmara.

“Quando entendo que, de alguma forma, a Câmara dos Deputados e seus servidores são atacados, tenho que reagir em nome da instituição. O advogado fez uma mea-culpa, mas como entendo que houve desrespeito à Câmara e seus servidores e que o advogado não teve humildade de admitir o erro, reagi à altura”, disse Maia.

Senado derruba afastamento de Aécio Neves

O senador do PSDB irá retomar ao mandato.

Contrariando as expectativas da presidenta do PT, senadora Gleisi Hofmann, que defendeu em nota publica que o STF não teria “autoridade” para julgar o tucano, mas sim, que essa prerrogativa seria de exclusividade do senado, viu na tarde de ontem (17), os senadores inocentaram o seu “parceiro”, o “narcorruptucano” Aécio Neves.

Senado decide por 42 votos a 26 derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato e mantê-lo em recolhimento noturno (OFS 70/2017). Com isso, o senador, que estava afastado da Casa desde 26 de setembro, pode voltar a exercer o mandato. A votação foi aberta e nominal.

Aécio Neves foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva e obstrução de Justiça, com base em delações premiadas da empresa J&F. A maioria dos senadores entendeu, no entanto, que as medidas contra o parlamentar não poderiam ser tomadas pela 1ª Turma do Supremo.

Na discussão da matéria, cinco parlamentares defenderam a derrubada das medidas cautelares: os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA), Telmário Mota (PTB-RR), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Roberto Rocha (PSDB-MA) e Romero Jucá (PMDB-RR).

Já os senadores Alvaro Dias (PODE-PR), Ana Amélia (PP-RS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Reguffe (sem partido-DF) e Humberto Costa (PT-PE) discursaram favoravelmente à decisão do STF.

Com informações da Agência Senado.

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