Também
foram denunciados o empresário Arthur Soares, conhecido como "Rei
Arthur" e os membros africanos do COI (Comitê Olímpico Internacional),
Papa Massata Diack e Lamine Diack.
O
Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF) denunciou nesta quarta-feira
(18) o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman,
o seu braço direito, Leonardo Gryner, e o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral
(PMDB) pelo esquema que revelou a compra de votos para a escolha do Rio como
sede olímpica de 2016.
Também
foram denunciados o empresário Arthur Soares, conhecido como "Rei
Arthur" e os membros africanos do COI (Comitê Olímpico Internacional),
Papa Massata Diack e Lamine Diack. A denúncia foi encaminhada ao juiz da 7º
Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, responsável também pelos processos
relacionados à Lava Jato no Rio.
Investigações
da Operação Unfair Play do MPF apontaram que Sérgio Cabral pagou propina para a
delegação africana, por meio do empresário Arthur Soares, para a escolha do
Rio. Carlos Nuzman e Leonardo Gryner teriam sido os agentes responsáveis por
unir pontas interessadas, fazer os contatos e "azeitar as relações para
organizar o mecanismo do repasse de propinas", segundo o MPF.
O
MPF também informou que, nos últimos dez dos 22 anos de presidência do COB,
Nuzman ampliou seu patrimônio em 457%, não havendo indicação clara de seus
rendimentos, além de manter parte de seu patrimônio oculto na Suíça. Por
exemplo, ele só veio a declarar a existência de 16 barras de ouro, de 1 kg cada
uma, que mantinha no exterior, à Receita Federal, por meio de retificação do
Imposto de Renda, na data de 20 de setembro deste ano, ou seja, após a
deflagração da Operação Unfair Play. Nuzman está preso preventivamente, desde o
dia 5, em Benfica, zona norte do Rio.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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