quarta-feira, 18 de outubro de 2017

É basicamente impossível manter delação de Funaro sob sigilo, diz Maia


Presidente da Câmara voltou a afirmar que foram cumpridos corretamente todos os procedimentos na tramitação da denúncia contra o presidente da República.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta terça-feira (17) que foram cumpridos corretamente todos os procedimentos na tramitação da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).

Maia disse que, após a denúncia chegar à Câmara, reuniu-se com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, e com o ministro Edson Fachin, responsável no STF pela Operação Lava Jato. “Tudo o que foi determinado pelo ministro Fachin foi cumprido pela Câmara”, disse Maia. “A Casa, de forma nenhuma, desrespeitaria uma decisão do Supremo.”

Os autos originais enviados pelo STF contêm, nos anexos, arquivos digitais de áudio e vídeo com delações premiadas em que Temer, os dois ministros e outros políticos são citados. Rodrigo Maia ressaltou que não havia nenhum pedido de sigilo em relação a esses arquivos digitais.

Ele afirmou ainda, conforme o portal G1, que é "basicamente impossível" pressupor que o sigilo da delação de Funaro fosse mantido até o fim da análise da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

"É basicamente impossível você imaginar que vai enviar uma denúncia para a Câmara dos Deputados para que 513 deputados e deputadas avaliem o documento e que você vai manter esses documentos sob sigilo. É basicamente impossível que esse sigilo fosse mantido até o final do julgamento", disse o presidente da Câmara a jornalistas.

Reação
Durante a entrevista, no início desta tarde, Rodrigo Maia também foi questionado sobre a declaração do advogado de Temer, Eduardo Carnelós, de que a divulgação de vídeos incluídos nos anexos da denúncia encaminhada pelo STF tratou-se de um “criminoso vazamento” – posteriormente, no entanto, Carnelós afirmou que “jamais” quis imputar prática de crime ao presidente da Câmara.

“Quando entendo que, de alguma forma, a Câmara dos Deputados e seus servidores são atacados, tenho que reagir em nome da instituição. O advogado fez uma mea-culpa, mas como entendo que houve desrespeito à Câmara e seus servidores e que o advogado não teve humildade de admitir o erro, reagi à altura”, disse Maia.

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