Presidente
da Câmara voltou a afirmar que foram cumpridos corretamente todos os
procedimentos na tramitação da denúncia contra o presidente da República.
O presidente
da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta terça-feira (17) que foram
cumpridos corretamente todos os procedimentos na tramitação da denúncia contra
o presidente da República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa
Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
Maia
disse que, após a denúncia chegar à Câmara, reuniu-se com a presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, e com o ministro Edson
Fachin, responsável no STF pela Operação Lava Jato. “Tudo o que foi determinado
pelo ministro Fachin foi cumprido pela Câmara”, disse Maia. “A Casa, de forma
nenhuma, desrespeitaria uma decisão do Supremo.”
Os
autos originais enviados pelo STF contêm, nos anexos, arquivos digitais de
áudio e vídeo com delações premiadas em que Temer, os dois ministros e outros
políticos são citados. Rodrigo Maia ressaltou que não havia nenhum pedido de
sigilo em relação a esses arquivos digitais.
Ele afirmou
ainda, conforme o portal G1, que é "basicamente impossível" pressupor
que o sigilo da delação de Funaro fosse mantido até o fim da análise da
segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.
"É
basicamente impossível você imaginar que vai enviar uma denúncia para a Câmara
dos Deputados para que 513 deputados e deputadas avaliem o documento e que você
vai manter esses documentos sob sigilo. É basicamente impossível que esse
sigilo fosse mantido até o final do julgamento", disse o presidente da
Câmara a jornalistas.
Reação
Durante
a entrevista, no início desta tarde, Rodrigo Maia também foi questionado sobre
a declaração do advogado de Temer, Eduardo Carnelós, de que a divulgação de
vídeos incluídos nos anexos da denúncia encaminhada pelo STF tratou-se de um
“criminoso vazamento” – posteriormente, no entanto, Carnelós afirmou que
“jamais” quis imputar prática de crime ao presidente da Câmara.
“Quando
entendo que, de alguma forma, a Câmara dos Deputados e seus servidores são
atacados, tenho que reagir em nome da instituição. O advogado fez uma
mea-culpa, mas como entendo que houve desrespeito à Câmara e seus servidores e
que o advogado não teve humildade de admitir o erro, reagi à altura”, disse
Maia.
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