Ranier
Bragon e Camila Mattoso de Brasília e Italo Nogueira do Rio
O
deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC) dividiu nos últimos 13 anos sua
atividade parlamentar com atuação no mercado imobiliário.
Flávio
entrou na política com um Gol 1.0, em 2002. Quinze anos depois, tem dois
apartamentos e uma sala que, segundo a prefeitura, valem R$ 4 milhões. Ele
realizou operações envolvendo 19 imóveis na zona sul do Rio de Janeiro e Barra.
A
maior parte são 12 salas do Barra Prime, um prédio comercial. Todas foram
vendidas para a MCA Participações, empresa que tem entre os sócios uma firma do
Panamá. Ela adquiriu as salas de Flávio em novembro de 2010, 45 dias depois de
o deputado ter comprado 7 das 12 salas.
Segundo
os registros, o político lucrou com a operação pelo menos R$ 300 mil no curto
período.
Em
2012, Flávio comprou no mesmo dia dois apartamentos diferentes. Nos dois casos,
os ex-proprietários venderam os imóveis com prejuízo –pelo menos no papel– de
ao menos R$ 60 mil. Pouco mais de um ano depois, Flávio lucrou R$ 813 mil com a
venda dos mesmos imóveis, valorização de mais de 260%.
Resultado
semelhante ele teve com um imóvel adquirido na planta em Laranjeiras.
Flávio
o declarou à Justiça Eleitoral em 2014, por R$ 565,8 mil. Em 2016, informou o
preço de R$ 846 mil. No fim daquele ano, a compra foi registrada em escritura,
por R$ 1,7 milhão. Um ano depois, o revendeu por R$ 2,4 milhões.
OUTRO
LADO
A
Folha procurou Bolsonaro e seus três filhos desde a tarde de
quinta-feira (4) e encaminhou 32 perguntas para as assessorias dos quatro.
Apenas
as de Flávio e Carlos responderam, mas de forma genérica.
Flávio
afirmou que estava em viagem ao exterior e que ficaria à disposição quando
retornar ao Rio, dia 17.
A
Folha enviou 13 questionamentos a Jair Bolsonaro, entre os quais se ele
considera o patrimônio de sua família compatível com os ganhos de quem se
dedica exclusivamente à política. O deputado não respondeu.
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Dag Vulpi