A
Previdência Social brasileira não é deficitária. A afirmação é do presidente da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência do Senado, senador Paulo
Paim (PT-RS). “Setores do patronato arrecadam, por ano, em torno de R$25
bilhões do bolso do trabalhador e não repassam à Previdência”, denunciou, na
última sessão do colegiado antes do recesso parlamentar, previsto para ocorrer
de 18 a 31 de julho.
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Ainda
segundo Paim, ao final dos trabalhos a comissão vai mostrar que o rombo na
Previdência está diretamente ligado a uma divida acumulada de grandes bancos,
empresas e grandes montadoras, que ultrapassa R$ 500 bilhões.
Com
encerramento dos trabalhos previsto para 8 de setembro, o relator da comissão,
senador Hélio José (PMDB-DF), já adiantou que pedirá a prorrogação dos
trabalhos para preparar um relatório mais “completo e propositivo”. O
documento, adiantou o senador, deverá propor medidas para mudar a Previdência
Social, como um combate mais efetivo à inadimplência. "Não é possível
convivermos com os grandes devedores não pagando a Previdência", disse.
Desde
26 de abril, quando começou, até hoje, foram realizadas 22 reuniões, 18
audiências públicas com cerca de 90 pessoas entre especialistas do governo,
sindicatos e sociedade civil.
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