Com
apenas 19 dos 513 deputados federais presentes na Câmara no início da tarde de
hoje (3), a sessão plenária da Casa não chegou a ser aberta, uma vez que para o
início dos trabalhos são necessários ao menos 51 parlamentares. Com isso, ainda
não começou a contar o prazo das 10 sessões da Câmara que o presidente Michel
Temer tem para apresentar sua defesa na Comissão de Constituição e de Justiça
(CCJ).
Mesmo
ainda não tendo sido realizada nenhuma sessão desde que a denúncia chegou
à Câmara, na última quinta-feira (29), o presidente pode apresentar sua defesa
a qualquer momento. Pelas normas, o prazo para a apresentação está aberto desde
que Temer foi notificado da denúncia apresentada contra ele pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo suposto crime de corrupção passiva.
Tramitação
Sem
quórum para a realização das sessões na última sexta-feira (30) e hoje, o prazo
para a apresentação da defesa do presidente foi alongado. Também não foi
anunciado ainda pelo presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), o nome do
deputado que será responsável pela relatoria da denúncia.
Pacheco
já afirmou que deverá indicar o relator nesta terça-feira (4). Pelo Regimento
Interno da Câmara, a CCJ tem o prazo de até cinco sessões da Casa, após a
apresentação da defesa, para que o parecer seja elaborado, apresentado,
discutido e votado pelo colegiado.
Após
votação na CCJ, o parecer com recomendação de rejeição ou de prosseguimento da
denúncia será levado à discussão e votação no plenário. Para que a Casa
autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a investigar o presidente da
República são necessários os votos favoráveis de pelo menos 342 deputados. A
votação será nominal.
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