A
presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara
divulgou hoje (7) as regras para o acesso ao plenário onde serão realizadas as
reuniões para a analise da denúncia pelo crime de corrução passiva contra o
presidente Michel Temer apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O acesso à sala da reunião ficará restrito aos parlamentares, servidores
autorizados e imprensa credenciada.
O
controle do fluxo será feito por agentes do Departamento de Polícia Legislativa
da Câmara. Foi vedado também o ingresso de pessoas na Câmara portando banners,
cartazes, faixas e similares.
Segundo
a secretaria da CCJ, as regras foram definidas depois de reunião do presidente
da comissão, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), com integrantes da área técnica de
segurança da Câmara. A restrição foi adotada para garantir a segurança, em
função da capacidade limitada do plenário, onde cabem cerca de 150 pessoas.
A
expectativa da secretaria é que pelo menos 100 deputados participem da sessão,
sem contar os servidores, assessores legislativos e jornalistas. Ainda hoje
também serão divulgadas regras de procedimentos para as reuniões.
A
acusação de corrupção passiva contra o presidente foi apresentada pela
Procuradoria Geral da República (PGR) e para ter prosseguimento perante a
Justiça, deve ser autorizada pela Câmara dos Deputados em duas etapas de
votação, primeiro na CCJ e depois no plenário.
Na
próxima segunda-feira (7), será realizada a primeira reunião da CCJ para dar
andamento ao processo da denúncia. O trâmite começará pela leitura do parecer
do relator deputado Sérgio Sveiter (PMDB-RJ), que deverá submeter seu relatório
à discussão e votação dos outros membros da comissão.
A
análise na CCJ deve se estender pelo menos até o dia 17 de julho. Por se tratar
de uma matéria polêmica, a tendência é que as reuniões atraiam a presença de
muitas pessoas para o plenário, o que pode provocar tumulto a exemplo do que
ocorreu na comissão especial que analisou a reforma da Previdência. O mesmo
procedimento foi adotado durante a análise do processo de impeachment da
presidente Dilma Roussef.
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