O
presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta
quinta-feira (6) que o Congresso defina rapidamente se aceita ou não a denúncia
contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva, apresentada pela
Procuradoria-Geral da República. "Minha vontade pessoal é que a gente deva
encerrar este assunto assim que sair da Comissão de Constituição e Justiça - o
Brasil não pode ficar parado com o parecer da Comissão de Constituição e
Justiça até o mês de agosto", disse, em entrevista à imprensa brasileira,
em Buenos Aires.
Maia
desembarcou na capital argentina, na quinta-feira (6), junto com mais quatro
deputados brasileiros, para participar do Primeiro Fórum Parlamentar sobre
Relações Internacionais e Diplomacia Parlamentar. Ele negou que tenha saído do
Brasil para evitar ter que assumir o lugar de Temer, durante a sua viagem à
Alemanha, onde participará da reunião do G-20 (grupo formado pelas 19 maiores
economias do mundo mais a União Europeia). Segundo Maia, a participação dele no
evento na Argentina já tinha sido acertada há mais de um mês.
"Tenho
o maior orgulho de sentar na cadeira da Presidência da República em qualquer
momento”, disse Maia. Ele disse que pretende continuar na presidência da Câmara
trabalhando pela aprovação das reformas até 2018. Na avaliação de Maia, Temer
terá o apoio parlamentar necessário para evitar ser julgado e se manter no
cargo.
Cabe
ao plenário da Câmara dos Deputados votar o relatório que será apresentado pela
Comissão de Constituição e Justiça e decidir se a denúncia contra Temer será
aceita ou não. O presidente precisa garantir 172 votos para evitar o
julgamento. Maia não quis comentar o que faria caso Temer fosse derrotado na
Câmara e tivesse que assumir seu lugar.
"Para
que a gente possa colaborar com a democracia brasileira e a estabilidade no
Brasil, essa é uma análise que eu não acho prudente. O presidente Michel Temer
tem uma base de apoio grande", disse. "Claro que não é uma votação
fácil, mas a probabilidade maior é que ele vença essa denúncia. Acho que o
passo seguinte não deve ser avaliado, a não ser que ele ocorra".
Reformas
Maia
insistiu na necessidade de "votar a denúncia rápido" para seguir
adiante com a votação das reformas trabalhista, da Previdência e do sistema
tributário e mudanças na legislação na área de segurança pública, mas ele disse
que existe a possibilidade da Comissão de Constituição e Justiça só concluir
seu trabalho no dia 17 de julho, quando começa o recesso parlamentar. Neste
caso, a votação seria na primeira semana de agosto - a não ser que o plenário
da Câmara dos Deputados aceite votar durante o recesso.
Segundo
Maia, Temer, ao contrário da ex-presidente Dilma Rousseff ", tem uma boa
relação com os parlamentares, o que fortalece a posição do governo, mas muitos
dos 380 deputados ainda não manifestaram a sua opinião abertamente,
contribuindo para o clima de indefinição.
Maia
disse que deve a Temer o fato de hoje ocupar a presidência da Câmara dos
Deputados. "Eu sei reconhecer aqueles que me colocaram na posição em que
estou - o presidente Temer foi fundamental na minha segunda eleição",
disse. Segundo Maia, seu papel agora é "liderar as reformas" no
Congresso e ser "árbitro" nas denúncias.
Momento
difícil
Para
o presidente da Câmara, "o momento do Brasil, independente do resultado da
votação, é um momento difícil", e acrescentou que é preciso ter
"tranquilidade" para ajudar o país a sair da crise.
Em
Buenos Aires, onde ficam até sábado, os parlamentares brasileiros terão a
oportunidade de discutir com colegas argentinos e uruguaios o ataque ao
Parlamento venezuelano, ocorrido na quarta-feira (5), quando dezenas de
simpatizantes do presidente Nicolas Maduro invadiram o prédio, armados de
pedras e morteiros. Eles golpearam parlamentares da oposição, funcionários da
Casa e jornalistas.
Maia
manifestou preocupação em relação à falta de independência dos três Poderes na
Venezuela, mas disse que o Brasil não enviaria uma missão parlamentar ao país,
porque sua segurança não estaria garantida.
ele aproveit
ResponderExcluirou que lula e dilma tiraram as cameras de segurança!
e continuou
ja era pra ter votado.
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