Um
inspetor da polícia científica da Venezuela, identificado como Oscar Pérez,
sobrevoou na tarde dessa terça-feira (2) a sede do Tribunal Supremo de Justiça
(TSJ) em Caracas com um helicóptero da instituição, levando uma mensagem que
pedia a liberdade do país. Mais tarde, ele divulgou um vídeo no qual exige a
renúncia do presidente Nicolás Maduro. A informação é da Agência EFE.
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Maduro
respondeu à gravação, afirmando que Pérez lançou granadas, que acabaram não
explodindo, contra a sede do TSJ e que a ação do policial foi um "ataque
terrorista armado" contra as instituições venezuelanas.
O
agente do Corpo de Pesquisa Científica foi fotografado a bordo da aeronave com
um pequeno cartaz em que estava escrito "350 Liberdade", em
referência ao artigo da Constituição que determina "desconhecer qualquer
regime que contrarie as garantias democráticas".
Enquanto
sobrevoava a sede do TSJ, Pérez divulgou no Instagram um vídeo no qual lia,
acompanhado de outros agentes encapuzados, um pedido para que os venezuelanos
fossem a cada base militar do país.
"Somos
uma coalizão de funcionários militares, policiais e civis na busca do
equilíbrio e contra esse governo transitório criminoso. Não pertencemos, nem
temos tendências político-partidárias. Somos nacionalistas, patriotas e
institucionalistas", leu o inspetor.
O
agente pediu que Maduro e seus ministros renunciem imediatamente aos cargos e
defendeu a convocação de eleições gerais.
"É
dever dos funcionários de segurança do Estado desarticular grupos
paramilitares. Esse combate é contra a impunidade imposta por este governo,
contra a tirania e contra a morte de jovens que lutam pelos seus
direitos", acrescentou Pérez no vídeo.
No
momento em que o helicóptero sobrevoou a sede do TSJ, foram ouvidas algumas
explosões, segundo testemunhos de moradores da região publicados nas redes
sociais.
Maduro
afirmou que "forças especiais" já foram enviadas para localizar o
helicóptero e os responsáveis por esse "ataque terrorista". Segundo o
presidente, as primeiras informações indicam que o agente do CICPC era piloto
do ex-ministro Miguel Rodríguez Torres, que tem se manifestado contra o
governo.
O
presidente culpou o partido de oposição Primeiro Justiça de adotar um
"caminho de violência" e acusou os principais líderes da legenda de
comandar "todos os fatos violentos" conhecidos.
Além
disso, Maduro disse que espera que a Mesa da Unidade Democrática (MUD),
principal aliança de oposição, se pronuncie sobre o fato e que o Ministério
Público, agora crítico ao governo, tome medidas sobre o assunto.
A
sede do TSJ foi cercada por policiais depois do suposto ataque denunciado por
Maduro.
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