O
ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou hoje (22) que
uma frente de investigação contra o presidente da Federação das Indústrias de
São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, saia da alçada do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara
Federal de Curitiba, e seja encaminhada à Justiça Federal de São Paulo.
Saiba
mais:
A
ação é consequência da delação premiada de Marcelo Odebrecht. Fachin acatou um
recurso de Skaf, que argumentou não haver relação entre os fatos narrados e os
crimes investigados por Moro no âmbito da Lava Jato.
Skaf
é suspeito de corrupção passiva e fraude eleitoral. Segundo depoimento de
Odebrecht, o presidente da Fiesp recebeu R$ 2,5 milhões não declarados para sua
campanha ao governo do estado de São Paulo, em 2014. A quantia teria sido
repassada a pedido de Benjamin Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN).
“Do
cotejo das razões recursais com o depoimento prestado pelo colaborador não
constato, a priori, relação dos fatos com a operação de repercussão nacional
que tramita perante a Seção Judiciária do Paraná”, escreveu Fachin no despacho
em que acatou o recurso. O ministro havia remetido o processo a Curitiba em
abril.
Na
início da semana, Fachin retirou outros três processos envolvendo o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva da competência de Moro, bem como
uma ação envolvendo o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
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