O
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu hoje (9) manter a data do
depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ocorrerá amanhã (10)
em Curitiba. A decisão foi tomada pelo juiz federal Nivaldo Brunoni, que negou
o pedido de habeas corpus impetrado pelos advogados de Lula.
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A
defesa de Lula havia
requerido a suspensão da audiência para que fosse possível analisar as
cerca de 100 mil páginas em documentos que a Petrobras anexou ao processo. O
advogado Cristiano Zanin Martins alegou cerceamento de defesa por "não
haver viabilidade material de análise dessa documentação antes do
interrogatório".
A
argumentação de Martins foi negada por Brunoni, que ressaltou que a juntada de
documentos por parte da Petrobras foi requerida pela própria defesa do
ex-presidente. O juiz relator também negou o pedido de que a tramitação do
processo fosse suspensa até que os advogados de Lula pudessem analisar a
documentação.
"Foge
do razoável a defesa pretender o sobrestamento da ação penal até a aferição da
integralidade da documentação por ela própria solicitada, quando a inicial
acusatória está suficientemente instruída", diz o despacho de Brunoni.
A
audiência de amanhã marcará o primeiro encontro presencial de Lula com o juiz
federal Sergio Moro. O ex-presidente será interrogado na condição de réu da
ação penal a que responde no âmbito da Operação Lava Jato.
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