O
ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso disse hoje (18), por meio
das redes sociais, que os políticos citados na delação dos executivos do
frigorífico JBS precisam dar explicações à população sobre as denúncias a eles,
e, se a resposta não for convincente, eles devem “facilitar a solução”. Em
postagem no Facebook, Fernando Henrique sugeriu que essa facilitação da solução
poderia vir com a renúncia.
Leia
também:
“Os
atingidos por elas [denúncias] têm o dever de se explicar e oferecer à
opinião pública suas versões. Se as alegações da defesa não forem convincentes,
e não basta argumentar, são necessárias evidências, os implicados terão o dever
moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia. O país tem
pressa. Não para salvar alguém ou estancar investigações”, disse o
ex-presidente.
Em
seu perfil, o ex-presidente pediu também que seja dada publicidade às
gravações. “A solução para a grave crise atual deve dar-se no absoluto respeito
à Constituição. É preciso saber com maior exatidão os fatos que afetaram tão
profundamente nosso sistema político e causaram tanta indignação e decepção. É
preciso dar publicidade às gravações e ao fundamento das acusações.”
Entenda o caso
Na
tarde de hoje, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu
abrir inquérito para investigar o presidente Michel Temer. A medida foi
tomada a partir das delações premiadas dos empresários Joesley e Wesley
Batista, donos do grupo JBS, controlador do frigorífico Friboi.
O
conteúdo dos depoimentos envolvendo Temer foi antecipado ontem (17) pelo jornal O
Globo. Segundo a reportagem, em encontro gravado em áudio pelo empresário
Joesley Batista, Temer sugeriu que se mantivesse pagamento de mesada ao
ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes
ficassem em silêncio. Cunha está preso em Curitiba. A delação dos empresários
também implica o senador afastado Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, mesmo
partido de FHC.
Segundo
o jornal, as gravações em posse da Justiça revelam que o parlamentar pediu
propina de R$ 2 milhões a Joesley Batista. Aécio teria indicado um primo,
Frederico Pacheco de Medeiros, para receber o dinheiro. Hoje, Fachin determinou
o afastamento de Aécio do Senado e o primo e a irmã de Aécio, Andrea Neves, foram
presos preventivamente.
A
Presidência da República divulgou nota na noite de ontem (17) na qual diz que o
presidente Michel Temer "jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio
do ex-deputado Eduardo Cunha", que está preso em Curitiba, na Operação
Lava Jato. Hoje, o Palácio do Planalto pediu ao STF acesso
à íntegra das gravações.
Já
a assessoria de Aécio Neves informou ontem, pelas redes sociais, que ele está
“absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos”. “No que se
refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal,
sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao
conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários”,
diz a nota, divulgada ontem.
A
defesa do senador confirmou hoje (18) o pedido de empréstimo de R$ 2
milhões para custear gastos com advogados nas investigações da Operação Lava
Jato, mas disse que foi um pedido a "um amigo que pode ajudar", sem
relação com o cargo que ocupa.
toma vergonha FHC...explicar o que !
ResponderExcluirfoi gravado acabou.
renuncia ou impixi nele.