Agentes
da Polícia Federal (PF) e procuradores do Ministério Público Federal (MPF)
estiveram hoje (18) em endereços do senador e presidente do PSDB, Aécio Neves
(MG), e de sua irmã, Andrea Neves, na zona sul do Rio de Janeiro, em Brasília e
em Minas Gerais.
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Os
agentes chegaram por volta das 6h à orla do bairro carioca de Ipanema, onde
Aécio tem um apartamento, e precisaram chamar um chaveiro para entrar no
imóvel. A equipe deixou o endereço com material apreendido por volta de 8h30.
Mais buscas são feitas no imóvel de Andrea Neves, na orla de Copacabana.
Brasília
A
Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de
Aécio Neves no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Os advogados Rodrigo
Alencastro e José Eduardo Alckmin chegaram à casa do senador por volta das
8h15. Pouco depois, a equipe da Polícia Federal, acompanhada de uma procuradora
da República, deixou a residência do senador carregando alguns malotes.
Os
advogados permanecem no interior da casa e até o momento não se manifestaram
sobre se Aécio Neves está no local. Uma viatura da Polícia Militar faz a
segurança da área próxima à residência do senador, onde estão presentes vários
jornalistas.
Também
são realizadas buscas em Belo Horizonte e na cidade de Cláudio, na
região centro-oeste de Minas Gerais. A PF de Minas também prendeu a irmã de
Aécio, Andrea Neves.
Histórico
No
início da noite de ontem (17), o jornal O Globo publicou reportagem,
segundo a qual, em uma gravação feita pelo dono do grupo JBS, Joesley Batista,
o senador Aécio Neves teria pedido a ele R$ 2 milhões. De acordo com a
reportagem, o dinheiro foi entregue a um primo de Aécio. A reportagem diz ainda
que a entrega foi registrada em vídeo pela Polícia Federal. A PF rastreou o
caminho do dinheiro e descobriu que o montante foi depositado em uma empresa do
senador Zezé Perrella (PMDB-MG).
Em
nota, a assessoria de Aécio Neves disse ontem (17) que o senador "está
absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. No que se
refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal,
sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao
conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos
necessários".
O
senador Zezé Perrella publicou uma mensagem em seu Twitter por volta das 22h50
dessa quarta-feira em que diz que nunca conversou com Wesley Batista (irmão de
Joesley Batista), não conhece ninguém do grupo Friboi (uma das marcas da JBS) e
que nunca recebeu, “oficial ou extraoficial”, nenhuma doação da empresa. “Estou
absolutamente tranquilo”, disse o senador, que acrescentou que espera que todos
os citados na matéria de O Globo tenham a oportunidade de esclarecer sua
participação. “O sigilo das minhas empresas citadas, dos meus filhos estão
absolutamente à disposição da Justiça, onde ficará comprovado que eu não tenho
nada a ver com essa história”, disse Perrella.
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Dag Vulpi