O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu hoje (3) que o
mérito do habeas corpus do ex-ministro Antonio Palocci será julgado
pelo plenário do STF. Fachin tomou a decisão após rejeitar, nesta tarde, pedido
de liminar para soltar o ex-ministro, preso em setembro do ano passado na
Operação Lava Jato.
L
eia também:
Com
a medida, o ministro tenta obter apoio da Corte para manter as prisões na Lava
Jato. Fachin é relator das ações da operação na Segunda Turma do STF e foi
derrotado ontem (2), por maioria, na votação que concedeu liberdade ao
ex-ministro José Dirceu. Antes da decisão que beneficiou Dirceu, os empresários
José Carlos Bumlai e o ex-tesoureiro do PP João Claudio Genú foram soltos por
decisão da Turma.
Além
dos ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e
Gilmar Mendes, que fazem parte do colegiado da Lava Jato, a Corte é formada
pelos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz
Fux, Marco Aurélio e pela presidente, Cármen Lúcia.
Na
decisão em que negou liberdade a Palocci, Fachin entendeu que não há nenhuma
ilegalidade na decisão do juiz federal Sérgio Moro, que determinou a prisão.
"O
deferimento de liminar em habeas corpus constitui medida excepcional
por sua própria natureza, que somente se justifica quando a situação
demonstrada nos autos representar manifesto constrangimento ilegal, o que,
nesta sede de cognição, não se confirmou", afirmou o ministro.
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