A
defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou hoje (8) um habeas
corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região para pedir a suspensão do
processo em que ele é acusado de receber vantagens indevidas da construtora
OAS. A defesa alega que não teve tempo hábil de analisar documentos que foram
juntados ao processo entre os dias 28 de abril e 2 de maio por meio digital.
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“É
materialmente impossível analisar toda essa documentação até o dia 10, quando
haverá o interrogatório do ex-presidente e será aberto o prazo para
requerimento de novas provas”, aponta nota do escritório de advocacia.
Segundo
os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, os documentos –
referentes a contratos entre a Petrobras e a OAS – eram solicitados desde
outubro do ano passado.
“A
mídia apresentada perfaz 5,42 gigabytes e foi levada aos autos sem índice e de
forma desorganizada. Há cerca de 5 mil documentos (técnicos, negociais e
jurídicos) e são estimadas cerca de 100 mil páginas”, aponta a defesa.
Segundo
os advogados, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, negou prazo
adicional para a análise e também a entrega da outra parte da documentação.
Para
a defesa, a negativa “causa inequívoco prejuízo à defesa de Lula”. Eles alegam
que a acusação faz referência a três contratos firmados entre a Petrobras e a
OAS. “Somente algumas peças foram anexadas à denúncia após terem sido
selecionadas pelo Ministério Público Federal.”
Os
advogados afirmam ainda que a decisão fere a igualdade de condições para defesa
e acusação, tendo em vista que apenas uma das partes tem acesso a documentos
relativos a contratos tratados na ação penal. A Petrobras, segundo os
advogados, atua como assistente de acusação no processo.
Além
de pedir liminarmente a suspensão do processo, a defesa solicita a definição de
um prazo “razoável” para a análise dos documentos. Pede ainda a íntegra da
documentação que já havia sido requerida.
Procurada
pela Agência Brasil, a 13ª Vara Federal de Curitiba, onde atua o juiz
Sérgio Moro, informou que não comentaria as críticas feitas à decisão.
se cagando de medo rsrsrsrsrs
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