O
juiz federal Sérgio Moro decidiu aceitar pedido feito pela defesa do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para arrolar 87 testemunhas de defesa
em uma das ações penais da Operação Lava Jato. No entanto, Moro determinou que
Lula compareça a todas as audiências para “prevenir
a insistência na oitiva de testemunhas irrelevantes”.
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“Já que este julgador terá que ouvir 87
testemunhas da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, além de dezenas de outras,
embora em menor número arroladas pelos demais acusados, fica consignado que
será exigida a presença do acusado Luiz Inácio Lula da Silva nas audiências nas
quais serão ouvidas as testemunhas arroladas por sua própria defesa, a fim
prevenir a insistência na oitiva de testemunhas irrelevantes, impertinentes ou
que poderiam ser substituídas”, decidiu Moro.
Entre
as pessoas que foram convocadas pela defesa de Lula estão os ex-diretores da
Polícia Federal Luiz Fernando Correa e Paulo Lacerda, além do ex-ministro da
Controladoria-Geral da União (CGU) Jorge Hage.
Defesa de Lula
Em
nota, a defesa de Lula declarou que a decisão de Moro é arbitrária porque a
presença do acusado é facultativa e não obrigatória nas audiências de processos
criminais. Para os advogados, Moro pretende desqualificar a defesa.
"Essa decisão foi proferida na ação penal em
que Lula é indevidamente acusado de ter recebido um terreno para a instalação
do Instituto Lula e um apartamento, vizinho ao que reside. No entanto, as
delações dos executivos da Odebrecht mostraram que o ex-presidente não recebeu
tais imóveis, o que deveria justificar a extinção da ação por meio de sua absolvição
sumária", diz a nota.
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