O
empresário Marcelo Odebrecht afirmou em delação premiada que Dilma Roussef e
Luiz Inácio Lula da Silva sabiam de doações não contabilizadas da empreiteira
para a campanha deles à Presidência da República, o chamado caixa 2.
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O empresário disse que se encontrou com a ex-presidente Dilma em 2015 no México, e afirmou que fez um alerta sobre a possível contaminação que o caixa 2 poderia causar à campanha dela por causa das investigações da Lava Jato.
"No que tange à questão de caixa 2, tanto
Lula quanto Dilma, eles tinham conhecimento de um montante, não necessariamente
do valor preciso, mas tinham conhecimento da dimensão de todo o nosso apoio ao
longo dos anos. A Dilma, ela sabia, que grande parte do nosso apoio tava
direcionado para João Santana [responsável pelo marketing da campanha]. E
especificamente em 2015, no encontro que tive, já com a Operação Lava Jato
deflagrada, tive consciência de todos os depósitos que tinham sido feitos, eu
mostrei a ela a quantidade que poderia contaminar a campanha dela",
disse em um dos depoimentos da delação premiada.
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Ouça a reportagem aqui
A divulgação dos depoimentos de executivos da Odebrecht, prestados no fim do ano passado, foi autorizada na última quarta-feira (12) pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
Dilma Rousseff e Lula
Em
nota, a ex-presidenta Dilma Roussef afirma que Marcelo Odebrecht faltou com a
verdade. Diz que nunca pediu recursos para a campanha ao empresário e refuta o
que chama de insinuações de que tenha beneficiado a construtora. Dilma ainda
declara que nunca manteve relação de amizade ou de proximidade com o dono da
empreiteira.
Pela rede social Facebook, o ex-presidente Lula divulgou nessa quinta-feira trechos de uma entrevista concedida a rádio Metrópole em Salvador em que diz encarar com naturalidade todas as acusações falsas que vem sofrendo e afirma que o país não pode viver sob uma ditadura de um pequeno grupo do Poder Judiciário.
Pela rede social Facebook, o ex-presidente Lula divulgou nessa quinta-feira trechos de uma entrevista concedida a rádio Metrópole em Salvador em que diz encarar com naturalidade todas as acusações falsas que vem sofrendo e afirma que o país não pode viver sob uma ditadura de um pequeno grupo do Poder Judiciário.
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