Em
reunião da bancada na Câmara dos Deputados, os parlamentares do PSD decidiram
hoje (25) apoiar a aprovação da reforma trabalhista, mas defenderam o adiamento
por um período de 30 a 45 dias da votação da reforma da Previdência em
plenário. Aprovada nesta terça-feira na comissão especial, o texto da reforma
trabalhista deverá ser votado amanhã (26) no plenário da Casa.
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Com
37 deputados, o partido tem a sexta maior bancada da Câmara e pode ter papel
decisivo nas votações em plenário. De acordo com o líder do partido, Marcos
Montes (MG), cerca de 90% dos parlamentares votarão a favor da aprovação da
reforma trabalhista. “Ela [a bancada]
está bem compactamente a favor. Não vou dizer que ela está totalmente a favor,
mas diria que 90%, uns 34 a 33 deputados favoráveis. Vamos encaminhar sim, mas
não vamos fechar questão”, disse Montes à Agência Brasil.
Já
em relação à reforma da Previdência, o líder defendeu "uma pausa para
respirar", após a votação da reforma trabalhista, para que o parlamento
possa amadurecer o posicionamento. A previsão é que a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 287, que trata das mudanças nas regras previdenciárias,
comece a ser votada na comissão especial da Câmara na próxima terça-feira, 2 de
maio. Já no plenário, a expectativa é de que o texto entre na pauta ainda na
primeira quinzena de maio.
“A [reforma da Previdência nós só vamos
discutir depois da trabalhista. Uma sugestão que eu fiz ao governo é que,
depois da votação da trabalhista, a gente baixa a poeira, discute a Previdência
com calma, mais 30 dias para depois votar a Previdência”, disse. “Respira e
na hora que tiver um sentimento de compreensão da reforma, a gente vota. Não dá
para aprovar uma e imediatamente aprovar a outra”, acrescentou.
Ainda
de acordo com Montes, a sugestão de adiamento da votação foi apresentada ao
presidente Michel Temer, ao ministro da Secretaria de Governo, Antonio
Imbassahy, ao líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e ao
presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e não houve resistência. “Sugeri para
todo mundo, acho que o Aguinaldo e o Imbassahy assimilaram”, disse.
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