O Supremo
Tribunal Federal (STF) marcou os depoimentos de cinco delatores da Operação
Lava Jato na ação penal em que o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
responde pelo recebimento de US$ 5 milhões de propina em contas não declaradas
na Suíça. As testemunhas são de acusação e foram arroladas pelo Ministério
Público Federal (MPF).
Conforme
despacho assinado na sexta-feira (8) por um juiz auxiliar do gabinete do
ministro Teori Zavascki, no dia 1º de agosto, serão ouvidos na Justiça Federal
do Rio de Janeiro o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor
Cerveró, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o
lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.
No dia 21
deste mês, o doleiro Alberto Yousseff prestará depoimento na Justiça Federal em
Curitiba. Outro delator, o empresário Júlio Gerin de Almeida Camargo, que
acusou Cunha de receber propina, falará à Justiça Federal em São Paulo no dia 8
de agosto.
Com a exceção
de Youssef, todos os delatores estão em prisão domiciliar em função das
informações fornecidas à força-tarefa de investigadores da Lava Jato. Por terem
assinado acordo de colaboração, os quatro delatores são obrigados a contar os
fatos de que tiverem conhecimento e não podem ficar calados durante à oitiva.
No dia 22 de
junho, o Supremo decidiu abrir a segunda ação penal contra Cunha, na qual o
parlamentar é acusado de receber US$ 5 milhões de propina em um contrato de
exploração da Petrobras no Benin, na África, e de ter contas não declaradas na
Suíça.
A terceira
denúncia contra o parlamentar foi protocolada pelo procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, no mês passado. Eduardo Cunha foi citado nos
depoimentos de delação premiada de Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos de
Governo e Loterias da Caixa.
Segundo Cleto,
o deputado recebia 80% da propina arrecadada entre empresas interessadas na
liberação de verbas do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FI-FGTS).
Após a
divulgação do conteúdo da delação, o ex-presidente da Câmara dos Deputados
divulgou nota negando o recebimento de “vantagens indevidas”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi