Uma das
maiores apostas na Câmara desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou a renúncia
à presidência da Casa na última quinta-feira (7), a candidatura do deputado
Rogério Rosso (PSD-DF) foi confirmada hoje (11). O próprio parlamentar anunciou
sua decisão tomada “após um longo final de semana de conversas, entendimentos e
percepções”, mas alertou que tudo dependerá das regras que forem estabelecidas
para a eleição.
“Vamos
registrar a candidatura não por vontade própria, mas de um conjunto de
parlamentares que entendem que reunimos o perfil que a Casa necessita para a
presidência”, afirmou Rosso.
O deputado do
Distrito Federal é agora um dos nomes do chamado centrão - PP, PR, PSD, PTB,
PROS, PSC, SD, PRB, PEN, PTN, PHS e PSL – que participam da disputa. A
expectativa é que o número de candidaturas aumente até o dia da votação, que
deve ocorrer na quarta-feira (13), e não deve haver costuras para que menos
nomes concorram no primeiro turno. A negociação acontecerá no segundo turno,
quando os que reunirem mais números de votos terão que buscar apoio dos que
acabarem derrotados.
Outro
candidato que representa o mesmo grupo é o 1° secretário da Mesa Diretora da
Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), que tem comandado as articulações para solução
dos recentes impasses na Casa. Neste final de semana, Mansur que se reuniu na
casa de Rosso com outros líderes partidários, conseguiu convencer o presidente
interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), que queria a eleição na quinta-feira
(14), a antecipar em um dia o pleito.
O mesmo foi
feito com outras lideranças que defendiam eleições na terça-feira (12) e foram
convencidos a esperar um dia a mais. Neste grupo estão PMDB, PEN, PTB, PSC, PP,
PTN, PR, PRB, PV, PHS, SD, Pros e PSL.
Hoje a decisão
terá que ser homologada pela Mesa Diretora em uma reunião marcada para as 15h.
Mansur explicou que ainda pretende discutir as regras para as eleições, como o
tempo de fala de cada candidato e o intervalo entre o primeiro e segundo turno
que deve ser de cerca de uma hora. Outra decisão deve ser o prazo para as
candidaturas, até 12h da quarta-feira.
Mansur
explicou que, depois da reunião da Mesa, as decisões serão levadas para o aval
do Colégio de Líderes, que vai se reunir às 17h. “Independentemente da minha
candidatura estou buscando uma eleição tranquila, sem interferência do governo
Temer, de Lula e de Cunha”, afirmou.
Perguntado
sobre a disputa com outros parlamentares do centrão, incluindo Rosso, o 1°
secretário descartou que isto enfraqueça a harmonia na base aliada do
presidente interino Michel Temer. “Pondero que, neste momento, os candidatos
apresentem suas propostas no primeiro turno. Isto não vai quebrar a base e no
segundo turno se definem apoios”, explicou, antecipando que vai buscar um
candidato que apoie o governo. Rodrigo Maia (DEM-RJ) é outro nome que pode
oficializar sua candidatura nas próximas horas.
Pelo PMDB,
Marcelo Castro (PI) e Fábio Ramalho (MG) registraram oficialmente suas
candidaturas. Ainda há expectativa de que outros nomes, entre eles, Baleia
Rossi (SP), Osmar Serraglio (PR), Carlos Marun (MS) e Sérgio Souza (PR), entrem
na disputa. Outros registros foram os de Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Gaguim
(PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES) e Heráclito Fortes (PSB-PI). Cristiane Brasil
(PTB-RJ), filha do delator do mensalão Roberto Jefferson, também declarou a
intenção de concorrer.
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