quinta-feira, 2 de junho de 2016

Terceiro suspeito de participar de estupro coletivo se entrega à polícia do Rio

O terceiro suspeito de ter participado do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, no alto do morro São José Operário, na Praça Seca, zona oeste do Rio, se apresentou hoje (1º) à tarde na Cidade da Polícia. 

Raphael Duarte Belo, 41 anos, disse à polícia que não teve relações sexuais com a jovem. O homem relatou que no domingo (22), no dia do estupro coletivo, foi até um local do morro, chamado "rodo", para pedir autorização de traficantes para promover um baile na semana seguinte.  Em uma página no Facebook, Raphael Belo disse ontem (31) que iria se entregar à polícia e descreveu que ao chegar na localidade viu “uma casa que estava abandonada, aberta, toda suja, com cheiro de fezes e com uma mulher nua, dormindo e com os cabelos embolados, parecendo uma mendiga ou cracuda”.

Raphael Belo disse que estava acompanhado de Raí de Souza, 22 anos, também suspeito de ter participado do estupro coletivo e está preso preventivamente. Raphael contou que, ao verem a garota, Raí pegou o celular e começou a gravar. "Ela [a jovem] começou a se mexer e acordar e aí fomos embora. Sei que não se deve zombar de uma pessoa naquele estado, errei, mas sou uma pessoa normal, passiva de erro”.

Raphael aparece em uma foto rindo e fazendo uma selfie com a jovem nua e desacordada.

A polícia recolheu o colchão da casa onde a adolescente de 16 anos dormia e encaminhou para a perícia técnica. Raí de Souza e Lucas Perdomo, de 20 anos - que tiveram as prisões temporárias decretadas - serão transferidos ainda hoje (1º) para um presídio no Complexo de Gericinó, em Bangu.

A Polícia Civil vai fazer uma acareação entre os três presos para confrontar os depoimentos, já que foram identificadas diferenças nas versões apresentadas por cada um deles.

O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse hoje, ao participar da reunião de Segurança Pública e Defesa Civil para os Jogos Rio 2016, que tem acompanhado o caso e que a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) está trabalhando para esclarecer o crimes o mais rápido possível. “Também tenho a mesma pressa, mesma angústia que vocês tem. Tenho certeza, a Polícia Civil também tem. Essas pessoas, não tenho dúvida que vão receber a devida punição”.

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Dag Vulpi

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