Pedro Peduzzi
- Repórter da Agência Brasil
A presidente
afastada Dilma Rousseff disse hoje (27) que, caso retorne à Presidência, fará
um governo de transição, com o objetivo de garantir a democracia brasileira até
as eleições de 2018. Dilma diz que pretende também aproveitar o momento
político para avançar nas discussões sobre a reforma política.
“Farei
basicamente um governo de transição. Porque é um governo que vai ter dois anos,
e o que nós temos de garantir neste momento é a qualidade da democracia no
Brasil, o que vai ocorrer em 2018. Eu farei isso, sobretudo. Acho que cabe a
discussão de uma reforma política no Brasil, sem dúvidas. Nós tentamos isso
depois de 2013 e perdemos fragorosamente. Tentamos Constituinte, tentamos
reforma política”, disse a presidente afastada em entrevista à agência de
notícias Pública, publicada nesta segunda-feira.
Dilma, no
entanto, não confirmou a realização de um plebiscito sobre a convocação de
novas eleições antes de 2018, proposta defendida por algumas lideranças
políticas. “Não há um consenso. É uma das coisas. Uma das propostas colocadas
na mesa. Agora, há de todo mundo uma opção por eleição direta, né? Sempre.”
Caso retorne
ao poder, a presidente afastada disse que não tentará recompor sua base nos
moldes como estava antes do processo de impeachment. “Não tem mais como
recompor. Vou te falar, eu não recomponho governo nos termos anteriores em
hipótese alguma.”
Perguntada se
irá ao Senado para se defender na Comissão Processante do Impeachment, Dilma
disse que ainda não se decidiu sobre o assunto. “Estou avaliando. Sou do tipo
de gente que avalia.”
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