O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) acaba de ser eleito presidente da
Comissão Especial do Impeachment no Senado. Os parlamentares discutem
agora a indicação do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) para a
relatoria do processo.
Assim, passa a contar o prazo de dez dias
para que o relator do caso, ainda a ser escolhido, apresente um parecer
que precisa ser aprovado por maioria simples, entre os 21 integrantes do
colegiado.
Antes mesmo da confirmação do nome de Raimundo Lira
(PMDB-PB) para a presidência da comissão, único nome indicado e aclamado
por governistas e oposição, uma questão de ordem tumultuou a reunião.
Inclusão de advogado
A senadora Vanessa
Grazziotin (PCdoB-AM), nos primeiros minutos da sessão, apresentou
questão de ordem para que seja incluído o nome do advogado Flávio
Henrique Costa Pereira, coordenador jurídico nacional do PSDB, como um
dos subscritores do pedido que culminou na abertura do processo, ao lado
dos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.
O
contraponto foi feito pelo senador Cássio Cunha Lima (PB), líder do
PSDB no Senado, que afirmou que Pereira é advogado dos três autores e
não subscritor. “É mais uma tentativa de, já no início da sessão, criar
obstáculo e impedir o avanço da investigação com esse tipo de chicana”,
atacou o parlamentar.
O debate foi interrompido para que Lira
fosse oficializado no cargo e retomado em seguida. Depois de solucionar
esses questionamentos, os senadores vão escolher o relator do caso. O
governo rejeita o nome de Antonio Anastasia (PSDB-MG), única indicação
até hoje para o cargo. A votação será nominal.
Antes das 8h,
jornalistas já chegavam ao local para tentar garantir um espaço na sala
da comissão que tinha vagas limitadas. A Polícia Legislativa do Senado e
a Secretaria de Comunicação restringiram a 20 o número de vagas para os
profissionais de imprensa, o que causou tumulto.
A Ala Nilo Coelho, do Senado, onde ocorre a sessão, foi bloqueada, provocando uma concentração de pessoas no chamado Túnel do Tempo
e alguns jornalistas tentavam, sem sucesso, convencer senadores que
entravam na reunião a buscar soluções. Poucos minutos antes do início da
sessão, a direção do Senado abriu um plenário ao lado da comissão para
que a imprensa acompanhasse os debates por um telão.
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