Vários
opositores venezuelanos insistiram que o presidente Nicolás Maduro deve
renunciar ao cargo dado ter admitido a catástrofe existente no país ao decretar
o estado de emergência econômica.
Um dia depois
da prestação anual de contas, perante um parlamento que, pela primeira vez, em
16 anos, tem uma maioria de deputados da oposição, diversos líderes da oposição
concordaram que se deve antecipar o fim da gestão de Maduro, eleito em abril de
2013 para um mandato de seis anos.
“Maduro diz
que quer estimular o investimento, a produção e as exportações. Há uma medida
que o conseguiria de imediato: demitir-se”, escreveu na sua conta na rede
social Twitter a líder do partido Vente Venezuela, Maria Corina Machado.
Machado
classificou de “irracional o decreto de emergência econômica de Maduro por
pedir para o governo todo o controle orçamental sem fiscalização nem ação da
Assembleia Nacional [parlamento]”.
O ex-candidato
presidencial pela Mesa da Unidade Democrática, aliança de partidos da oposição,
Henrique Capriles, escreveu que embora seja urgente o diálogo, este “não é
fazer o que o governo quer e menos ainda com quem levou o país à ruína”.
Capriles
considerou que o decreto de Maduro “é um frasco de veneno para os
venezuelanos”.
O decreto,
para vigorar durante 60 dias, foi também criticado por advogados
constitucionalistas e economistas, que consideraram que a medida restringe
garantias constitucionais e aprofunda a intervenção do estado nas empresas
privadas do país.
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