A carta-manifesto com
críticas à Operação Lava Jato, apresentada na última semana por advogados e
juristas repercutiu ontem (18) entre presidentes de partidos políticos.
O primeiro foi o presidente do PT, Rui Falcão, que divulgou editorial no site do partido apoiando o manifesto e alertando para as violações de direitos que, segundo ele, estão sendo cometidas em nome do combate à corrupção.
O primeiro foi o presidente do PT, Rui Falcão, que divulgou editorial no site do partido apoiando o manifesto e alertando para as violações de direitos que, segundo ele, estão sendo cometidas em nome do combate à corrupção.
“O combate à
corrupção, a corruptos e corruptores, não pode servir à violação de direitos,
nem tampouco para fragilizar a democracia, tão duramente conquistada. É preciso
vigilância e luta aberta contra este embrião de Estado de exceção que ameaça
crescer dentro do Estado Democrático de Direito”, disse Falcão no editorial
semanal publicado na agência de notícias do PT.
Para Falcão, o fato de
o manifesto ter sido assinado por advogados que defendem alguns dos acusados na
operação “não tira o mérito do repúdio”. “Somando-se a outro texto, já
subscrito anteriormente por juízes democráticos e juristas, a denúncia alerta
para os exageros das delações forçadas, dos vazamentos seletivos de
informações, o excesso das prisões preventivas, para a espetacularização dos
julgamentos, as restrições ao direito de defesa e ao trabalho dos advogados e –
por que não? – uma atuação judicial arbitrária e absolutista, de todo
incompatível com o papel que se espera ver desempenhado por um juiz , na
vigência de um Estado de Direito”, diz.
Na oposição, os
comentários sobre o manifesto são diferentes. O presidente do PPS, deputado
Roberto Freire (PE), ressaltou que “pouquíssimas” decisões da Justiça Federal
ou ações do Ministério Público relacionadas à Operação Lava Jato foram
reformadas por tribunais superiores. Para Freire, isso é prova de que as leis e
protocolos do Estado Democrático de Direito estão sendo observados.
“Estão no direito
deles, ao protestar; a liberdade de expressão garante isso. Mas não é algo que
mereça o respeito da sociedade”, afirmou o deputado. Para Freire, o manifesto
de quem defende as pessoas acusadas de corrupção é um “episódio que demonstra
claramente a importância do trabalho que vem sendo feito pelo Ministério
Público Federal, a Polícia Federal e a Justiça Federal no país.”
Também oposicionista,
o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), evitou “polemizar” com o líder
petista. Para Maia, o manifesto apresentado pelos advogados da Lava Jato são um
“assunto entre a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] e procuradores, e fica
restrito ao campo jurídico”.
O manifesto assinado
por advogados penalistas e constitucionalistas foi divulgado em espaço pago nos
principais jornais do país na última sexta-feira (15). Eles acusam a Lava Jato
de ser um episódio “sem precedentes” de violações de direitos fundamentais dos
réus e das regras mínimas de “um justo processo”.
O texto não aponta casos específicos ou exemplos, o que provocou reação de procuradores que acusaram os advogados de fazer acusações generalistas e atacar a operação e seus executores de forma “indistinta”.
foi a mesma coisa no caso do mensalao..................
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