Em novo
balanço divulgado ontem (12), o Ministério da Saúde informou que 3.530 casos
suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika em recém-nascidos foram
notificados no país entre 22 de outubro de 2015 e 9 de janeiro. O boletim
também traz a confirmação de que a morte de dois recém-nascidos e dois abortos
de bebês com a malformação no Rio Grande do Norte foram em decorrência do vírus Zika.
O ministério
ainda investiga se a morte de outros 46 bebês com microcefalia na região
Nordeste também tem relação com o Zika.
As
notificações da malformação estão distribuídas em 724 municípios de 21 unidades
da federação. O estado de Pernambuco, primeiro a identificar aumento de
microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.236), o que
representa 35% do total registrado em todo o país.
Em seguida,
estão os estados da Paraíba (569), Bahia (450), do Ceará (192), Rio Grande do
Norte (181), de Sergipe (155), Alagoas (149), do Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro
(122).
Transmitido
pelo Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em
2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em
maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre de 2015,
era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da
dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.
Porém, no dia
28 de novembro, o ministério confirmou que, quando gestantes são infectadas por
esse vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível
do cérebro, que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos.
A microcefalia
não é uma malformação nova, é sintoma de algum problema no organismo da
gestante e do bebê, e pode ter diversas origens, como infecção por
toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora ficou confirmado que também pelo
vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar a
essa condição.
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Dag Vulpi