A Secretaria
Executiva do Conselho Deliberativo do Fundo Soberano do Brasil (FSB) realizou o
resgate parcial de R$ 855 milhões em cotas do Fundo Fiscal de Investimentos e
Estabilização (FFIE). Os recursos, originários do resgate antecipado de títulos
públicos federais, foram transferidos para a Conta Única do Tesouro Nacional.
Segundo o
Ministério da Fazenda, a operação ocorreu ontem (22) e se deve à “necessidade
de elevação das disponibilidades financeiras do Tesouro Nacional, em um
contexto de contração econômica com queda acentuada na arrecadação de receitas
fiscais e dificuldades para a redução de despesas obrigatórias”.
O conselho do
FSB é presidido pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Também fazem parte do
conselho o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Valdir Simão, e o
presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
O FFIE é um
fundo privado do qual a União, com recursos do Fundo Soberano, é cotista único.
Esse resgate, segundo o Ministério da Fazenda, já estava previsto desde o 2º
Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias de 2015 como
parte das receitas esperadas na rubrica “Operações com Ativos”.
Informações disponibilizadas pelo Tesouro
Nacional mostram que o Banco do Brasil Gestão de Recursos
Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (BBDTVM) atua na qualidade
de administradora do Fundo Fiscal de Investimentos e Estabilização (FFIE).
Ainda segundo o Tesouro, o banco estatal é responsável pela distribuição e
registro escritural de cotas, bem como pelos serviços de Tesouraria, conforme
regulamento constante na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
De acordo com
a lei, os recursos do
Fundo Soberano podem ser utilizados com a finalidade de promover investimentos
em ativos no Brasil e no exterior, formar poupança pública, fomentar projetos
de interesse estratégico do país e mitigar os efeitos dos ciclos econômicos.
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