
A inflação,
medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), este ano vai
chegar a dois dígitos e passar longe do teto da meta de 6,5%. A projeção do
Banco Central (BC) é que a inflação feche este ano em 10,8%. A estimativa
divulgada em setembro era 9,5%. A última vez que a inflação ultrapassou dois
dígitos foi em 2002, quando chegou a 12,53%.
A previsão
consta no Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente pelo BC. Para 2016,
a estimativa para o IPCA subiu de 5,3% para 6,2%. Em 2017, a inflação deve
ficar em 4,8%.
Essas
projeções são do cenário de referência, elaborado com base na taxa básica de
juros, a Selic, no atual patamar (14,25% ao ano), e o dólar a R$ 3,90. O BC
também divulga estimativas do cenário de mercado, em que são usadas projeções
de analistas de instituições financeiras para a taxa Selic e câmbio. Neste
caso, o IPCA também deve ficar em 10,8%, ante 9,5% previstos em setembro.
Para 2016, a
estimativa de mercado foi ajustada de 5,4% para 6,3%. Em 2017, a inflação deve
ficar em 4,9%.
O Conselho
Monetário Nacional (CMN) definiu como meta de inflação 4,5% para 2016 e 2017,
sendo que o limite de tolerância é 2 pontos percentuais no ano que vem e 1,5
ponto em 2017.
Quando a meta
é ultrapassada, o presidente do BC tem de enviar carta aberta ao ministro da
Fazenda, com as explicações para o descumprimento. A última vez que isso
aconteceu foi em 2003, quando a inflação atingiu 9,3%.
Preços
administrados
O BC projeta
que o preço da gasolina vai subir 20,7%, este ano, e estimativa para o preço da
energia elétrica é 51,6%. A projeção para o conjunto dos preços administrados é
18,2%, ante a estimativa anterior, divulgada em setembro, de 15,4%.
Para 2016, a
projeção para a variação do conjunto é 5,9%, ante 5,7% considerados no
relatório anterior. “Essa projeção considera, para combustíveis, que os preços
domésticos da gasolina e do óleo diesel encontram-se acima dos praticados no
mercado internacional, restringindo, dessa forma, eventuais elevações”, diz o
BC, no relatório.
Para os preços
da energia, diz o BC, a projeção de 4,6% para 2016 leva em conta redução da
tarifa em dólar da usina de Itaipu e ausência de mudanças no valor definido
pelo sistema de bandeiras tarifárias em 2016, muito embora os riscos hídricos
tenham evoluído favoravelmente e tenha ocorrido desligamento de usinas térmicas
de maior custo.
A projeção de
reajustes dos itens administrados, em 2017, é 5%.
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