Com o dólar
mais caro, os gastos de brasileiros em viagens internacionais caíram quase pela
metade (46,99%), em setembro deste ano, na comparação com igual período do ano
passado.
De acordo com o Banco Central (BC), no mês passado, essas despesas somaram US$ 1,260 bilhão. Tais gastos são os menores para o mês, na nova série histórica do BC, atualizada de acordo com nova metodologia e iniciada em janeiro de 2010.
De janeiro a
setembro, os gastos chegaram a US$ 14,139 bilhões, com queda de 27,78% na
comparação com igual período de 2014 (US$ 19,579 bilhões).
As receitas de
estrangeiros em viagem ao Brasil ficaram estáveis em setembro deste ano (US$
486 milhões), na comparação com o mesmo mês de 2014. De janeiro a setembro,
eles gastaram no país US$ 4,333 bilhões, com queda de 18,99% na comparação com
igual período do ano passado (US$ 5,349 bilhões).
Com esses resultados
de gastos e receitas, a conta de viagens internacionais ficou deficitária em
US$ 774 milhões, em setembro, e em US$ 9,806 bilhões, nos nove meses do ano.
As viagens
internacionais fazem parte da conta de serviços, que também tem dados de
receitas e despesas com transportes, seguros, serviços financeiros e
aluguel de equipamentos, entre outros. Segundo o chefe adjunto do Departamento
Econômico do BC, Fernando Rocha, os serviços são um dos itens da conta total de
transações do Brasil com o exterior, que apresentam saldo negativo menor este
ano.
Esse saldo
negativo menor das transações com o exterior é influenciado pela alta do dólar,
o que torna mais favorável a venda de produtos e oferta de serviços de
brasileiros no exterior e mais caro comprar de estrangeiros. Rocha disse que o
resultado das transações brasileiras com o exterior também é influenciado pela
“fraca atividade econômica”.
Em setembro, o
saldo negativo das transações correntes, que são as compras e vendas de
mercadorias e serviços do país com o mundo, ficou em US$ 3,076 bilhões e
acumulou US$ 49,362 bilhões nos nove meses do ano.
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