O juiz Sérgio
Moro condenou hoje (22) o ex-deputado federal André Vargas, seu irmão Leon
Vargas e o publicitário Ricardo Hoffmann pelos crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro, na negociação de contratos de publicidade com o governo. O esquema
foi descoberto durante as investigações da Operação Lava Jato.
O ex-deputado
foi condenado a 14 anos e quatro meses de reclusão e seu irmão a 11 anos e
quatro meses de reclusão. Já o publicitário foi condenado a 12 anos e 10 meses
de reclusão. Leon Vargas é o único dos três que não está preso. Ele chegou a
ser preso em
abril, junto com Hoffmann e o irmão, mas foi solto posteriormente.
De acordo com
as investigações, Vargas recebeu propina de Hoffmann para a contratação de uma
agência de publicidade com a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde.
De acordo com a denúncia, teriam sido pagos R$ 1,1 milhão de propina entre 2010
e 2014.
A agência
Borghi/Lowe, onde Hoffmann trabalhava na época, contratou as agências E-noise,
Luis Portela, Conspiração, Sagaz e Zulu e orientou que pagamentos de bônus de
volume (comissões pela veiculação) fossem feitos às empresas Limiar e LSI,
controladas por André Vargas e seus irmãos Leon e Milton. Para justificar os
recebimentos, a Limiar e a LSI teriam simulado a prestação de serviços.
Em sua
decisão, Moro também determinou os três condenados a pagarem R$ 1.103.950,12,
corrigido monetariamente até o pagamento, a título de “valor mínimo necessário
para indenização dos danos decorrentes dos crimes, a serem revertidos à Caixa
Econômica Federal e ao Ministério da Saúde”.
André Vargas
foi cassado em dezembro pela Câmara dos Deputados. Os parlamentares decidiram
condená-lo por envolvimento em negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso
pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por participação em um esquema de
lavagem de dinheiro.
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Dag Vulpi