Vídeo divulgado pelo Estado Islâmico mostra dois reféns japonese e pede resgate (Foto: AP) |
Prazo após
pedido de resgate milionário de reféns terminou há 24 horas.
Governo asiático diz que tenta confirmar se os cidadãos estão vivos
Governo asiático diz que tenta confirmar se os cidadãos estão vivos
O governo do
Japão segue sem ter notícias neste sábado (24) dos dois japoneses sequestrados
pelo Estado Islâmico (EI), um dia depois que completou o prazo dado pelo grupo
jihadista para o pagamento de um resgate no valor de US$ 200 milhões.
O ministro das
Relações Exteriores japonês, Fumio Kishida, revelou que o governo continua
tentando confirmar se os reféns estão vivos e que, "por enquanto, não há
nenhuma informação sobre seu estado".
Kishida falou
com a imprensa após uma reunião de crise em Tóquio na residência do
primeiro-ministro, Shinzo Abe, à qual também compareceram outros membros do
Gabinete.
Por sua vez, o
vice-ministro das Relações Exteriores, Yasuhide Nakayama, responsável pela
equipe especial que está em Amã, a capital da Jordânia, para tentar solucionar
a crise dos reféns, disse que a situação permanece "tensa" e
"difícil", uma vez que o prazo dado pelos jihadistas acabou e sem
que, aparentemente, o EI tenha feito qualquer anúncio desde então.
"Vamos
continuar focados em conseguir informações de diversas fontes e agir em
consequência", explicou Nakayama aos meios de comunicação japoneses na
noite de sexta, na capital jordaniana. Além disso, o vice-ministro garantiu que
a prioridade do governo é "salvar vidas humanas".
Entenda
o caso
Em um vídeo publicado na internet na última terça-feira, um suposto membro do
grupo jihadista deu um prazo de 72 horas ao governo do Japão para pagar US$ 200
milhões e evitar a execução de dois reféns de nacionalidade japonesa.
Uma vez
cumprido o prazo nesta sexta-feira, as autoridades de Tóquio garantiram que
continuarão fazendo o possível para libertar os reféns.
O governo
revelou que mantém contato com países como Jordânia e Turquia para, através
deles, conseguir chegar a autoridades religiosas e líderes locais que ajudem o
Japão a conseguir a libertação dos dois reféns.
Muhammed
Ibrahim, um membro do grupo opositor sírio Coalizão Nacional Síria (CNFROS),
revelou, por sua vez, à emissora pública japonesa 'NHK' que seu grupo está
ajudando o Japão a conseguir a libertação dos dois reféns.
Ibrahim
explicou que alguns membros da coalizão estão recolhendo informações sobre os
reféns a pedido do governo japonês.
Os dois
japoneses sequestrados pelo Estado Islâmico são Kenji Goto, um conhecido
jornalista freelancer de 47 anos, e Haruna Yukawa, um homem de 42 anos que
aparentemente viajou à Síria para montar uma empresa de segurança e que acabou
se unindo a um grupo rebelde, rival do EI
Do G1
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