A pobreza na região mais desigual do mundo foi o principal tema da 3ª
Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em San
José, na Costa Rica. Mas, desta vez, além de dar declarações, os líderes dos 33
países assumiram um compromisso por escrito: erradicar a pobreza extrema e a
fome na região ate 2025. O plano para atingir essa meta foi apresentado pelo
brasileiro José Graziano da Silva, diretor-geral da Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Segundo Graziano, a meta é possível, desde que haja vontade política e
apoio aos países mais pobres da América Central e do Caribe. Em seu discurso,
nessa quarta-feira (28), a presidenta Dilma Rousseff citou como exemplo o
Brasil, que em 11 anos de programas sociais conseguiu ficar “fora do Mapa da
Fome da FAO” e avançou no combate à miséria.
“Criamos um piso de renda abaixo do qual nenhum brasileiro deve estar.
Passamos a complementar a renda das famílias e, com isso, 22 milhões de
brasileiros superaram a extrema pobreza, somente nos últimos quatro anos”,
disse Dilma Rousseff. Mas, apesar dos avanços registrados tanto no Brasil
quanto em muitos países, a região ainda ostenta os maiores índices de
desigualdade no mundo. Segundo o presidente de Cuba, Raúl Castro, as
estatísticas mostram a dura realidade: 167 milhões de pessoas ainda vivem na
extrema pobreza.
A Celac insiste que a solução é investir em programas de inclusão
social, apesar da conjuntura econômica mundial desfavorável.
Agência Brasil
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