Em uma de suas
mais recentes criações, o cartunista e diretor de publicações do Charlie
Hebdo, Stéphane Charbonnier, ou Charb, como era mais conhecido, publicou um
desenho que o jornal francês Le Monde chamou de premonitório: um alerta sobre o
perigo dos ataques terroristas ao país.
Na charge,
publicada logo no início deste ano, a chamada em francês diz “A França segue
sem sofrer atentados” acima da imagem de um suposto terrorista armado, que
ameaça: “Atenção. Esperem até o final de janeiro para comemorar”.
Charb está entre
os 12 mortos do ataque terrorista a sede do veículo, no coração de Paris, nesta
quarta-feira (7).
A publicação
era famosa por fazer duras críticas a religiões, incluindo o Islã. Por causa
dessas sátiras, o diretor era escoltado por policiais desde 2011, quando
um incêndio criminoso tomou a sede da revista após a publicação de
caricaturas de Maomé.
Nascido em 21
de agosto de 1971 em Conflans-Sainte-Honorine, Charb havia mencionado em
outra matéria do jornal francês que não tinha medo das represálias por causa de
seu trabalho.
“Prefiro
morrer de pé do que viver de joelhos”, disse ele em uma dessas ocasiões.
Além das 12
mortes, segundo o boletim divulgado mais recentemente, os terroristas deixaram
20 feridos, quatro deles em estado grave. Os homens estavam armados com um
fuzil kalashnikov e um lança-foguete, disseram autoridades francesas.
Testemunhas
contaram que, antes de deixarem o local, os homens teriam gritado “Vingamos o
profeta!”, segundo o jornal Le Monde. Há ainda três feridos internados em
estado grave.
Rocco
Contento, porta-voz do sindicato dos policiais local, disse aos jornalistas que
três suspeitos fugiram em um carro dirigido por um quarto homem. O veículo
seguiu no sentido de Port de Pantin, onde o grupo teria roubado outro carro e
fugido, de acordo com o jornal inglês The Guardian.
Do IG
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi